Macaense é isso aí … sempre na maior das dúvidas!!! Afinal, somos mais portugueses ou somos mais chineses??? Você tem certeza? Certeza absoluta na sua resposta?
Pra começar, vamos lá !!! Quando vamos viajar para outro país, se tivesse, numa suposição, 2 passaportes, o português e o chinês. Acho que não precisa dizer que você lá vai correndo para a sua gaveta, e pronto!!! O passaporte da Comunidade Européia, o português, logo será verificado se está dentro da validade. Aí somos portugueses 100%, sem hesitação …
Digamos, chega lá em São Francisco, nos EUA, na terra das 3 associações macaenses reunidas sob a denominação MCC-Macau Cultural Center, será que você irá procurar um portuguese-town para almoçar aquele bacalhau, tentando ser coerente com o seu passaporte CE? Que nada, macaense, você vai correndo para o chinatown, pois ali estão os melhores cozinheiros chineses que emigraram para a terra do Tio Sam. Aí somos mais chineses !!!
E na casa do macaense? Até que achamos um galo do Barcelo, alguns azulejos portugueses com gravações de Portugal, Fátima e lá vai … mas, a maioria dos enfeites que decoram a sua estante, são chineses. Até santo china e Buda tem, embora seja católico.
Mas, de repente, há uma partida de futebol com o selecionado português e tocam o hino nacional “Lá vamos, cantar o hino …”. Logo você se levanta em sinal de respeito e patriotismo, põe a mão no peito, canta junto, e lágrimas de saudades até podem escorrer pelo seu rosto. Português patriota não?
Mas,novamente, após a partida em que Portugal ganha a partida e você deu pulos de alegria, é exibido um filme português, mas antes passam os comerciais. Aí você com o controle remoto vai mudando de canal para dar uma olhada, enquanto não começa o filme. Daí depara que também acaba de começar um filme chinês no HBO, daqueles de kung fu, falado em cantonense … ah, dúvida, volta para o filme português do Manuel e Maria, ou fica nesse daí produzido em Hong Kong? Olha lá a opção de coração? Acho que fica no chinese movie … sim ou não?
Um dia, vai passear em Lisboa, desabafa nos bacalhaus, caldo verde, carneiro, peixada, etc! Mas, num passeio pelo orla marítima, passa por Estoril, ah … que tal uma paradinha naquele restaurante chinês que tem Tim Sum? Não resiste, hein?
E a história vai por aí e tanta coisa para comparar. O caso é que o macaense, por mais que ostente o seu nome comprido português, carregue consigo o passaporte português, orgulha-se do seu BI português, morre de saudades dos tempos antigos de pré-transição, torce pelo Benfica etc etc, acaba sempre pendendo pelos costumes chineses, especialmente a comida. Se for natural de Macau, nasceu no meio de 95% da população chinesa. Precisa explicar mais?
Obviamente que não estou a generalizar, nem posso dizer que todos pensam assim, mas que pitorescamente vê-se com freqüência.
Macaense sã assi … sempre meio a meio !!!
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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