Bandeira histórica de Macau, representou o território administrado por Portugal até 20/12/1999 quando ocorreu a transição de soberania para China.
24 DE JUNHO – UMA DATA HISTÓRICA
Todos os povos têm as suas datas históricas. Para os Macaenses não poderia ser diferente. O dia 24 DE JUNHO – DIA DE MACAU, DIA DE SÃO JOÃO BAPTISTA – PADROEIRO DE MACAU é uma data histórica, que não pode ser esquecida. Em 2019, completa 397 anos, à espera dos 400 anos em 2022.
Nos tempos de Macau administrada pelos portugueses (por 440 anos), 24 de Junho era comemorado como o Dia da cidade de Macau e do seu Padroeiro. Deixou de ser comemorado oficialmente após a transição de soberania de Macau para a China em 20 de Dezembro de 1999, e esta última data passou a ser celebrada como uma data do território que em 2019 completa 20 anos. No entanto, de uma forma ou outra, a data ainda é comemorada pelas comunidades macaenses da diáspora. Em Macau é festejada com arraial digno de festas juninas para celebrar o Dia de São João Baptista.
ISTO FOI EM 1964: O CLARIM do dia 25 de Junho de 1964, em sua edição especial, comemorativa da data, falava da nossa terra, noticiava acontecimentos com a nossa gente, trazia farta propaganda.
Uma perspectiva do que poderia ter sido o ataque das forças holandesas a Macau que resultou na sua derrota
O MOTIVO DE COMEMORAÇÃO DA DATA
Quando o padre jesuíta Rho disparou um tiro de canhão e acertou com precisão, um vagão carregado de pólvora pertencente às forças invasoras holandesas, no dia 24 de Junho de 1622, Dia de São João Baptista, iniciava-se a história que originou o DIA DE MACAU.
Oitocentos soldados holandeses desembarcaram na praia de Cacilhas, hoje região do reservatório, para tentar tomar Macau. Sessenta europeus e noventa macaenses tiveram que retroceder das areias de Cacilhas diante da sua inferioridade numérica. Os sinos tocavam insistentemente, as senhoras refugiavam-se em São Paulo e os tesouros foram guardados no Seminário. A cidade do Santo Nome de Deus estava desprotegida. A maior parte dos portugueses viajara para o estrangeiro, comum naquela época do ano. Os holandeses, felizmente, não sabiam disso.
Avançando com cautela, sofreram pesado bombardeio de canhões da cidadela do Monte e um tiro disparado pelo padre jesuíta Rho acertou, em cheio, aquele vagão de pólvora. Isto desconcertou as forças invasoras. Dirigiram-se então ao cume a Ermida da Guia onde foram detidos pelas forças lideradas por Rodrigo Ferreira. O golpe final aos holandeses deu-se com a junção de dois grupos de combate de Macau que os atacaram quando se dirigiam a outra elevação. Em debandada, os holandeses ainda foram atacados pela população local. No combate final em Cacilhas, os holandeses, derrotados, jogaram-se ao mar na tentativa de alcançar os barcos. Muitos se afogaram e um dos barcos, superlotado, afundou-se. Dizem os registros portugueses que cerca de 350 holandeses morreram em combate ou afogados. Do nosso lado, os mortos foram 4 portugueses, 2 espanhóis e vários negros, para uma batalha que durou cerca de duas horas.
Para Macau, desprevenida, a vitória foi considerada um milagre. Após os combates, foram todos à Catedral para uma solene ação de graças, tendo o Senado e os moradores feito votos de comemorar este dia daí em diante, cuja salvação da cidade foi atribuída a São João Baptista. Conta a lenda que pelo seu manto, foram desviados os tiros dos inimigos.
24 DE JUNHO – DIA DE MACAU foi assim instituída para comemorar esta gloriosa vitória. É o dia em que se comemora a Macau, que hoje somos nós, os macaenses, pois se tivesse ocorrido a vitória e a ocupação holandesa, a formação do nosso povo teria sido diferente, não teríamos existido. É o dia em que ser Macaense é motivo de orgulho. É o dia em que, sem o qual, Macau não teria assistido ao dia 20 de Dezembro de 1999. Já pensaram uma Macau holandesa? Poderia ter acabado muito antes daquela data e não haveria histórias para contar, como temos hoje.
Preserve o DIA 24 DE JUNHO, DIA DE MACAU como uma data histórica, DIA DE SÃO JOÃO BAPTISTA, padroeiro da Cidade de Santo Nome de Deus, Não Houve Outra Mais Leal. É o dia em que se comemora a existência do povo Macaense. Não ofende o grande povo chinês, com quem temos que manter um convívio harmonioso.
*Fonte de consulta: “Macau Histórico” de C.A Montalto de Jesus – Livros do Oriente.
A missa celebrada na Sé Catedral, em Macau, por ocasião do Dia de Macau e do seu Padroeiro, São João Baptista. Noticiado na edição do Clarim acima.
MACAU NOS TEMPOS ANTIGOS
JARDIM DA VITÓRIA – MACAU
O Jardim da Vitória situado na Av. Sidónio Pais abriga o monumento comemorativo da vitória portuguesa sobre os holandeses em 24 de Junho de 1622. Veja as fotos que fiz em 2006:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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