O palco montado na Praça da Liberdade recebeu apresentações variadas. Leões e dragões que participaram do desfile se concentraram diante dele.
A festa é chinesa, mas em São Paulo, quem comemorou com euforia a entrada do Ano do Porco em 2019, foram os brasileiros, na maioria, no bairro oriental da Liberdade próximo ao centro da cidade.
Com novos organizadores desde 2018, a chinesa de Hong Kong, Heida Li, da Associação de Amizade Brasil-China (ABC), comandou a organização da festa de 2019 que não fugiu da regra de variada programação nos dois dias do fim de semana, iniciando-se no sábado de 9 de fevereiro.
A rigor, o ano novo chinês na China teve início no dia 5, com o Cão a entregar o reinado para o Porco, mais especificamente o Porco de Terra (ou Porco Marrom), ou ainda, Javali. No calendário chinês é o ano 4716. que encerra um ciclo de doze anos do mesmo número de animais do zodíaco chinês.
No palco, crianças com trajes simbolizam a saída do Ano do Cão e a entrada do Ano do Porco. Heida Li, à esquerda, na cerimônia ao lado do Prefeito de São Paulo, Bruno Covas.
Conforme explica a Wikipédia:
O Ano Novo Chinês é uma referência à data de comemoração do ano novo adotada por diversas nações do oriente que seguem um calendário tradicional distinto do ocidental, o calendário chinês.
As diferenças entre os dois calendários fazem com que, todos os anos, a data de início de cada Ano Novo Chinês caia em uma data diferente do calendário ocidental.
O calendário chinês é lunissolar, leva em consideração tanto as fases da lua como a posição do sol. O Ano Novo Chinês começa na noite da lua nova mais próxima do dia em que o sol passa pelo décimo quinto grau de Aquário.
Os chineses relacionam cada novo ano a um dos doze animais que teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião. Apenas doze teriam se apresentado e, em agradecimento, Buda os transformou nos signos da astrologia chinesa.
Os doze animais do horóscopo chinês a que correspondem os anos chineses, de acordo com a ordem que teriam se apresentado a Buda na lenda acima citada, são: rato, búfalo/boi, tigre, coelho, dragão, serpente/cobra, cavalo, carneiro/cabra, macaco, galo, cachorro/cão e o javali/porco.
Nesta postagem mostramos o desfile e apresentação da Dança do Dragão e a Dança do Leão. Na postagem seguinte são mostradas imagens das apresentações variadas no palco, com artes marciais, danças típicas e modernas, música, cabaias chinesas …
Dança do Dragão
O início das festividades do Ano Novo Chinês de 2019, deu-se com a Dança de Dragão que era seguida com a Dança do Leão. Isto aconteceu na Rua Galvão Bueno, a via que termina na Praça da Liberdade, no bairro oriental da Liberdade, conhecida como bairro japonês, mas que hoje sente a forte presença chinesa.
O que é? (Wikipédia) A Dança do Dragão é uma forma de dança e de espetáculo tradicionais na cultura chinesa. Em ocasiões de bom augúrio, incluindo o ano novo chinês, abertura das lojas e residências, os festivais incluem frequentemente dança com fantoches de dragão, até em carros alegóricos. Estes fantoches são feitos “sob medida” de pano e madeira e manipulados por uma equipe de pessoas. Elas carregam o dragão com varas no centro de atração e executam movimentos coreografados ao acompanhamento de tambor e música. Os dançarinos levantam, mergulham, empurram, e movem a cabeça, que pode conter as características animadas controladas por um dançarino e às vezes é equipada para soltar o fumo dos dispositivos pirotécnicos. A equipe de dança imita os supostos movimentos deste espírito do rio em uma maneira sinuosa, ondulada. Os movimentos tradicionais no espetáculo simbolizam papeis históricos dos dragões que demonstram o poder e a dignidade. A dança do dragão é um destaque das celebrações Ano Novo Chinês espalhado pelo mundo inteiro em bairros chineses. Ela tem presente muitos pulos e giros com o fantoche.
Acredita-se que os dragões trazem boa sorte as pessoas, que é refletida em suas qualidades que incluem o poder, a dignidade, a fertilidade, a sabedoria e o bom augúrio . A aparência de um dragão é assustadora e audaciosa mas tem uma disposição benevolente, e se transformou algumas vezes então num emblema para representar a autoridade imperial.
Os brasileiros assimilaram tão bem esta dança da cultura chinesa que hoje são praticamente a maioria dos dançarinos de várias academias. Nem se pensava isso nos idos anos 70, por exemplo.
Para animar a dança com tambores e pratos:
Bandeiras vão atrás identificando a escola ou academia:
O grupo abaixo iniciou o desfile na Rua dos Estudantes, ao lado da praça, e inovou na apresentação da dança. Foram de encontro com os grupos que desfilavam pela Rua Galvão Bueno.
Tocar o dragão? Quem sabe para dar sorte.
Dança do Leão
Seguindo a Dança do Dragão vinham os Leões. O que é? A Wikipédia explica:
Dança do Leão é uma forma de dança tradicional na cultura chinesa, na qual os participantes imitam os movimentos de um leão usando uma fantasia do animal. Seria interessante lembrar que não existem leões na China, então, “Leão” é o nome dado a esse ser mítico representativo. O traje de leão pode ser manejado por um único dançarino, que salta e movimenta energicamente a cabeça, as mandíbulas e olhos da fantasia, ou por um par de dançarinos, que constituem as pernas dianteiras e traseiras do animal. O uso do par de dançarinos é visto em exibições de acrobatas chineses, com os dois dançarinos agindo em conjunto para movimentar o animal entre plataformas de várias alturas. A dança é tradicionalmente acompanhada por gongos, tambores e fogos-de-artifício, representando uma chuva de boa sorte.
A dança do leão é especialmente popular na cultura chinesa, com uma história que remonta a mais de mil anos. Existem vários estilos de dança do leão, mas a mais popular são a nortista e a sulista. A dança nortista se originou nas regiões setentrionais da China, onde era usada para o entretenimento da corte imperial. O leão nortista é geralmente de cor vermelha, laranja e amarela (às vezes com pelagem verde para a leoa), é de aparência desgrenhada e têm uma cabeça dourada. A dança nortista é muito acrobática e é realizada principalmente como entretenimento. A dança do leão sulista é de natureza mais simbólica. Ela é realizada geralmente como uma cerimônia para exorcizar espíritos maléficos e para invocar sorte e felicidade. O leão sulista exibe uma vasta variedade de cores e tem uma cabeça peculiar com grandes olhos, um espelho na testa e um chifre único no centro da cabeça.
“O traje de leão pode ser manejado por um único dançarino, que salta e movimenta energicamente a cabeça, as mandíbulas e olhos da fantasia, ou por um par de dançarinos, que constituem as pernas dianteiras e traseiras do animal. “
Todos querem tocar o leão ou tirar uma selfie
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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