Em 2004, numa viagem curta para Portugal, atendendo à convocação para uma reunião sobre a constituição do Conselho das Comunidades Macaenses, viajei como membro da Direção da Casa de Macau de São Paulo na companhia do presidente da associação. Ao término dos trabalhos, no dia seguinte livre, fiz uma viagem rápida para Óbidos utilizando ônibus/autocarro de carreira com poucas opções de horários, fato que me permitiu poucas horas de permanência nesta pitoresca vila dentro de um castelo, algo que me fascinava de ouvir.
Foi uma pena pois consegui só visitar metade da vila e tirar fotos apressadamente. Coisa ruim para a fotografia, é quando o fotógrafo está consciente que tem que ser rápido e além de tudo também fazer turismo de conhecimento. Naquela época ainda no início da fotografia digital, os cartões de memória cabiam poucas fotos como a minha pequenina e discreta câmera. Já recusava utilizar máquinas de rolos de filme. Mesmo assim, tenho material suficiente para dar uma idéia de como é esta cidade ou vila, muito tranquila, até demais, sem gente na rua salvo os turistas. Aliás uma característica de Portugal quando se visita vilas, ou pequenas cidades. Muito sossego e paz de espírito. Uma beleza!
Então, vamos viajar para Óbidos pelas minhas fotos e três da Wikipédia, e ler um resumo histórico da cidade conforme o seu site/sítio oficial:
Pela sua excelente localização junto ao mar e como os braços da Lagoa chegavam ao morro, estas terras desde sempre foram habitadas, o que se confirma pela estação do Paleolítico Inferior do Outeiro da Assenta. Aqui se formou um castro Celtibero, voltado a poente. Sabe-se que aqui comerciaram os fenícios, e hoje com mais propriedade que os Romanos aqui se estabeleceram, sendo provável que a torre sul do Facho, tenha tido a sua origem numa torre de atalaia de construção romana, como posto avançada da cidade de Eburobrittium, grande urbe urbana encontrada e em fase de trabalho arqueológico.
Em 11 de Janeiro 1148, o primeiro rei, D. Afonso Henriques, apoiado por Gonçalo Mendes da Maia, tomou Óbidos aos árabes, após o cerco de Novembro anterior. O Cruzeiro da Memória é um singelo monumento da época, mais tarde restaurado. Óbidos pertenceu ao pentágono defensivo (dos cinco castelos), do centro do reino, idealizado pelos Templários.
Com a oferta de Óbidos como prenda de casamento de D. Dinis a sua esposa D. Isabel, a Vila ficou pertença da Casa das Rainhas, só extinta em 1834, e por aqui passaram a maioria das rainhas de Portugal, deixando grandes benefícios. D. Catarina manda construir o aqueduto e chafarizes. A reforma administrativa de D. Manuel I dá a Óbidos em 1513 novo Foral, sendo esta época muito intensa em requalificações urbanas.
O terramoto (terremoto) de 1755 fez sentir-se com intensidade na Vila, derrubando partes da muralha, bem como alguns templos e edifícios, tendo ainda alterado alguns aspectos do traçado e do casco árabe e medieval. Também Óbidos foi palco das lutas da Guerra Peninsular, tendo aqui sido a grande batalha da Roliça, que no tempo pertencia ao “termo” de Óbidos.
Mais recentemente a Vila foi palco da reunião preparatória da Revolta do 25 de Abril, ficando assim ligada ao corajoso e heróico movimento dos capitães.
Daqui em diante somente fotos do autor – Rogério P.D. Luz
Dados gerais: Dados da página na Wikipédia informa que Óbidos tem cerca de 12.000 habitantes e a sua área é de 142,17 km2 (julgo compreendendo a área interna e externa do castelo). O município foi fundado em 1195 e quem mora em Óbidos chama-se obidense.
Ao contrário do que se possa pensar, o nome Óbidos não deriva da parónima óbitos, mas sim do termo latino oppidum, significando «cidadela», «cidade fortificada».
Um dia hei-de voltar para uma visita completa e tirar umas centenas de fotos !!!
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
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