A Igreja de São Francisco de Assis localizada na cidade histórica de Ouro Preto, Brasil, Patrimônio Mundial pela UNESCO, é uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa do Mundo, classificação recebida em 2009. Revi-a 30 anos depois na minha viagem no início deste mês de Agosto de 2012. É uma obra prima do barroco brasileiro com inovações arquitetônicas de Aleijadinho e pinturas do Mestre Athayde. Vejamos o que a enciclopédia virtual Wikipédia descreve a respeito da igreja:
(fotografias de Rogério P.D. Luz, salvo as da parte interna da Igreja com atribuição de autoria específica para cada uma – clicar para aumentar)
A Igreja de São Francisco de Assis, é uma igreja da cidade de Ouro Preto construída em estilo barroco, que constitui uma etapa posterior, na evolução do barroco mineiro.
Sua construção teve início em 1766, com projeto arquitetônico, risco da portada e elementos ornamentais como púlpitos, retábulo-mor, lavabo e teto da capela-mor da lavra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e pinturas de Manuel da Costa Ataíde. Os dois artistas, nascidos respectivamente em Vila Rica (hoje Ouro Preto), e Vila do Carmo (hoje Mariana) são considerados os dois mais importantes nomes da arte colonial brasileira. O forro da nave, em forma de gamela, é totalmente coberto pela pintura de Ataíde, que representa a assunção de Nossa Senhora da Conceição (padroeira dos franciscanos, ordem terceira leiga, que construiu o templo), numa revoada de anjos, de várias faixas etárias – crianças, jovens e adultos – todos mulatos e músicos. Esta igreja é considerada por especialistas como Germain Bazin e Silvio de Vasconcelos, como a obra-prima de Aleijadinho e Ataíde, opinião compartilhada pelo historiador Diogo de Vasconcelos. À época que a igreja foi construída, Ouro Preto vivia o ápice da sua história, por isso a magnitude da construção em diversos sentidos (tamanho, detalhamento, peças de ouro). A construção é um marco religioso, social, artístico da cidade e do estado.
Sobre a magia impactante da expressão barroca, nesta igreja, há um poema de Carlos Drummond de Andrade, publicado em seu livro “Claro Enigma”, intitulado “São Francisco de Assis”, algumas estrofes estão transcritas abaixo:
São Francisco de Assis
– Senhor, não mereço isto.
Não creio em vós para vos amar.
Trouxeste-me a São Francisco
e me fazeis vosso escravo.
– Não entrarei, senhor, no templo,
seu frontispício me basta.
Vossas flores e querubins
são matéria de muito amar.
– Mas entro e, senhor, me perco
na rósea nave triunfal.
Por que tanto baixar o céu?
por que esta nova cilada?
– Senhor, os púlpitos mudos
Entretanto me sorriem.
Mais do que vossa igreja, esta
Sabe a voz de me embalar.
– Perdão, Senhor, por não amar-vos.
A interessante feira permanente de artesanato defronte à Igreja tem muitos trabalhos realizados em pedra-sabão, entre outros.
A fachada da Igreja de São Francisco de Assis:
O interior da Igreja que infelizmente não se pode fotografar nem filmar, uma pena, talvez desnecessária pois impede o visitante bem intencionado fotografar para lembrar posteriormente da visita. Há vigilância permanente de monitores. Assim, coletei fotos de outros fotográfos e da Wikipédia para lhes mostrar como é o seu interior:
Foto de Enzosanctorum
Foto do blog Museu Madre Carmen Sálles
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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