Nesta postagem, vou contar a nossa viagem com uma parada curta em Beijing ou Pequim, o Visto de Trânsito gratuito no novo aeroporto Daxing, o transporte via metrô para o hotel e passeio pelas suas redondezas e o delicioso café da manhã, mais um pequeno almoço, como se diz em Portugal.
Publicação e fotos de/photos by Rogério P D Luz
A caminho para Macau, antigo território português no Sul da China, via British Airways, optamos por uma parada de 3 dias em Beijing ou Pequim, tendo como foco principal o passeio pelas Muralhas da China, a Cidade Proibida e o Palácio de Verão.
Para curta permanência, a China instituiu o Visto de Trânsito gratuito, ou “permissão de entrada provisória (temporary entry permit) que se obtém no aeroporto de Beijing após o desembarque, válido por 144 horas, ou 6 dias, conforme carimbo no passaporte. Assim, não seria necessário dirigir-se ao Consulado da China no Brasil para obter previamente o visto que tem um custo relativo.
Antes da viagem fizemos pesquisa na internet para saber qual o prazo certo deste visto, que ora dizia 72 horas (3 dias) ou essas 144 horas. Acabamos acreditando nas 144 horas de uma fonte mais fidedigna, embora tanto fazia para a gente pela permanência escolhida na capital da China.
O carimbo no passaporte indicava a data de entrada e o vencimento da validade, além do aeroporto de desembarque. Pelo fato de termos desembarcado num e partida noutro, ambos em Beijing, não criou problemas na alfândega. No entanto o carimbo especificava a validade do visto apenas para circulação no município de Beijing e Tianjing e a província de Hebei, que fazem fronteira uma à outra.
Após sair do avião já se vê placas indicando o caminho para o balcão a fim de obter o Temporary Entry Permit. Você deve apresentar a passagem aérea e a reserva do hotel do próximo destino, que será confirmado pelo fiscal por telefone, caso contrário esse visto não será fornecido.
Quando compramos as passagens pela British Airways – BA em agosto, estava previsto que o desembarque seria no único aeroporto internacional de Beijing (Beijing Capital International Airport-PEK), porém em setembro veio comunicado de alteração para o novo aeroporto – Beijing Daxing International Airport, o maior do mundo, inaugurado em 25 de setembro de 2019.
O novo aeroporto Daxing, após dois meses da inauguração, ainda estava bastante vazio com pouca circulação de passageiros, pois as empresas aéreas ainda estavam adequando seus voos para o novo destino na capital da China. O que se pode sentir na ocasião foi o bom e simpático atendimento, talvez pela novidade. Pena que não deu para passear pelo Daxing e conhecer a sua grandeza e modernidade.
O aeroporto é bem servido de transportes ferroviários e rodoviários para a capital. O moderno metrô (subway) nos serviu bem para chegarmos próximo ao nosso hotel. Ainda na bilheteria, a língua não era problema, pois o funcionário que só falava chinês-mandarim, esclareceu as nossas dúvidas mediante um eficiente aparelho tradutor amplamente utilizado no comércio. Até queríamos comprar um, porém o preço estava bastante alto.
Para irmos ao nosso hotel, Novotel Beijing Peace (não confundir com outro Novotel Xin Qiao, a duas quadras abaixo) pegamos o confortável e moderno metrô (subway) dentro do aeroporto sentido à estação CaoQuiao (ou Cao Quiao separado), cuja passagem, em novembro de 2019, era de RMB 35,00.
Nessa época, do aeroporto até CaoQuiao, ponto final, havia apenas uma estação intermediária, a Daxing Xincheng. A viagem durou aproximadamente 20 minutos, a uma distância de 40 km. Como o aeroporto era novo, havia espaço e assentos de sobra.
Nos vagões há espaço suficiente para acomodar as bagagens, e a sinalização é bem explicativa, conforme foto abaixo.
Da janela do trem, vista da rodovia e os amplos espaços da região.
Para chegar ao nosso hotel, na estação terminal teríamos que apanhar o metrô da linha azul até a estação Songjiazhuang, comprando nova passagem. De lá, pegamos o trem da linha roxo, fazendo baldeação, sentido à estação Dengshikou que fica a duas quadras do hotel Novotel Beijing Peace orientando-nos pelo Google Maps, embora tivemos que pedir ajuda para qual direção seguir mostrando o local em caracteres chineses, pois poucos falam inglês.
Importante salientar que, em todas as estações de metrô, você passa por fiscalização e raios-x como nos aeroportos.
Ao lado da estação de metrô Dengshikou fica o terminal de ônibus aeroporto-cidade-aeroporto, a Airport Shuttle Bus, que na ocasião servia apenas a conexão para o antigo aeroporto Beijing Capital International Airport-PEK, já que o Daxing ainda era novo. Bom conferir se, na ocasião da sua viagem, a linha foi expandida para o novo aeroporto. O terminal fica perto do hotel que nos hospedamos, podendo ir a pé.
Escolhemos o hotel após pesquisas, por estar próximo às atrações turísticas, como a Cidade Proibida e a Praça da Paz Celestial, também conhecida como Praça Tianamen, e também o principal calçadão do centro, a larga rua Wangfujing com diversos shopping centers e variado comércio, além do preço, avaliação positiva e a marca. O hotel Novotel Beijing Peace fica na – 3 Jinyu Hutong.
O hall, como todo bom hotel da Beijing, é amplo tendo uma ala com bar/lanchonete, além de um terminal para efetuar o câmbio.
O nosso quarto estava localizado no anexo, nova ala do hotel.
O quarto era suficientemente amplo e confortável, e a vista da nossa janela era a da foto abaixo, destacando que muitos prédios de Beijing têm telhados tipicamente chineses.
Um dos nossos principais pontos de pesquisa de hotel para hospedagem é procurar ver fotos e opiniões sobre o café da manhã. Adoramos tomar café da manhã de hotéis, um momento especial da hospedagem. Assim, procuro fotografar esse ambiente e o que é servido, e não foi diferente neste hotel que surpreendeu e adoramos pela variedade e pratos chineses que estavam simplesmente deliciosos.
Para quem tem preferência pelo sabor ocidental não se decepciona pois também tem grande variedade para os adeptos.
Canja, macarrão chinês feito na hora, ou “van tan/wonton”, tudo isso é servido, havendo vários acompanhamentos orientais para incrementar o mix de sabores.
O bom de um hotel é a sua localização, especialmente em cidades grandes, para passear à noite e ter opções para um bom jantar, no caso, de comida chinesa. Para escolha, pesquisamos bem no Google as proximidades com cálculo de distância, embora só estava disponível imagens por satélite e opinião dos viajantes. Na China não foi permitida a circulação com fotografia das ruas daquele carro da Google, exceto em Macau e Hong Kong que são regiões de administração especial pelo acordo de transferência da soberania por Portugal e Inglaterra.
Como se pode ver, a região tem muitos prédios modernos e imponentes em ruas espaçosas, podendo fazer passeios à noite com sensação de segurança. Em todas as ruas que circulamos não percebemos nenhum sinal de perigo.
A cerca de 10 minutos a pé do hotel fica o calçadão mais famoso de Beijing – a Wangfujing Street – com muitas lojas e shopping centers para suas compras, além de lanchonetes e restaurantes, tanto na própria rua como nas transversais. Pode-se passear com toda segurança, pois além de tudo tem forte policiamento ao longo do calçadão.
Logo no começo da rua, nas foto abaixo o acesso lateral do bom e moderno shopping center APM, e mais abaixo a área interna onde se pode fazer o selfie no painel. Veja noutra postagem o passeio pela Wangfujing Street tanto de dia como à noite.
A Igreja de São José, conhecida como Igreja Wangfujing ou Dongtang, é uma igreja do Renascimento Românico do início do século XX, uma das quatro igrejas católicas históricas da Arquidiocese Católica Romana de Pequim:
Numa rua transversal do calçadão, encontramos o restaurante abaixo com boa comida chinesa com fartos pratos.
A especialidade deste restaurante é a sopa de van tan ou wonton (consiste em folhas muito finas de uma massa de farinha de trigo e ovos recheado com camarão ou carne). Neste estava recheado com camarão em 12 unidades com preço módico, aliás, a alimentação não é cara em Beijing, desde que não seja em restaurantes de luxo.
O simpático chef e dono do restaurante posou conosco para uma foto de recordação.
Aquela Beijing ou Pequim de antigamente com inúmeras bicicletas já não existe mais. Hoje a qualidade de vida melhorou e as bicicletas foram substituídas por carros.
Umas bicicletas, por conta do frio intenso, são revestidas por uma espécie de cobertor que ajuda manter as pernas aquecidas.
Como em muitas cidades grandes há bicicletas para aluguel como as abaixo.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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