Nesta 19ª edição do Festival de Inverno de Paranapiacaba, em 2019, já lá fomos no primeiro dia, em 20 de julho, e pudemos perceber grande afluência de público, desde cedo, dando impressão que o evento anual está se tornando mais popular com ajuda da divulgação pela internet e meios de comunicação. Afinal de contas, a antiga vila inglesa fica logo aí, a pouco mais de 60 km de São Paulo de carro, ou viagem de uma hora e meia via metrô (da Paulista)/trem e ônibus via Rio Grande da Serra, ponto final do trem da CPTM, até menos dependendo do ponto de partida. Esta última opção é a que adotamos. De carro você tem que estacionar num pátio designado pouco antes da vila, pagar a estadia e de lá te levam de ônibus fretado.
Também se pode constatar que os organizadores aprimoraram o seu trabalho com cerca de 100 atrações (veja a extensa lista no site oficial) entre apresentações musicais, de dança, teatro, literatura e exposições espalhadas pelas ruas e recintos fechados. Havia várias barracas de atendimento e informações turísticas, além de monitores, espalhados pelas ruas. Podia-se perceber que as casas, fora umas e outras, passaram por reforma com pintura nova, além da Igreja matriz na Parte Alta da Vila que no seu Largo, barracas de alimentação ofereciam bons salgados e pastéis, algo que não havia no ano passado. Enfim, este ano representou uma grande melhora do Festival, o que dava gosto ir lá.
Nesta edição, já tendo feito muitas fotos anteriormente de Paranapiacaba, com nevoeiro e com sol, decidi fazer as fotos apenas com a lente grande angular de 10-18 mm da Canon. Ainda bem que até o fim do nosso passeio já no meio da tarde, o céu continuou azul com flocos de nuvens, sem nevoeiro, nuvem baixa e frente fria, como no ano passado, que acabou causando uma gripe danada por falta de precaução em levar agasalho para essas situações, o que é peculiar em Paranapiacaba. Assim, mesmo com calor, vá preparado para uma descida de temperatura e um nevoeiro que só dá para enxergar uns 10 metros ou menos do seu entorno, de uma hora para outra.
Fotografia de/photos by Rogério P D Luz
A sequência das fotos segue o roteiro do nosso passeio, que no entanto deixou de passar em alguns pontos turísticos que já foram vistos em visitas nos anos anteriores. Veja mais abaixo os links dessas visitas.
A Igreja que foi totalmente restaurada, bem como o seu entorno, se encontra na Parte Alta, no acesso principal para a Parte Baixa onde é realizado o festival.
Da mureta da igreja pode-se ver várias barracas de alimentação oferecendo bons salgados e pastéis a preços acessíveis.
Na lateral da Igreja há mirantes para uma vista panorâmica da Vila.
A ladeira para atravessar a ponte metálica e alcançar a Parte Baixa, onde estão as atrações do Festival. Para descer é moleza, mas para subir … haja fôlego.
Na ladeira há estabelecimentos de comidas e bebidas.
A fruta cambuci é farta na região, também utilizada para produção de sucos, licores e maceração em bebidas alcoólicas.
O acesso para a Parte Baixa passa por ruas residenciais da Parte Alta assim denominada de Vila Portuguesa. As casas são de propriedade privada, ao contrário da Parte Baixa que pertence à Prefeitura, e foi fundada pelos portugueses após a chegada dos ingleses com seus trabalhadores para construção da ferrovia. Procurou-se construir moradias similares a povoados portugueses.
Antes de iniciar a travessia da ponte metálica, pode-se ver a Torre do Relógio, cujo relógio foi consertado e passou a funcionar neste ano. Sua principal característica foi ser similar à torre em Londres, assim conhecida como Big Ben. Foi erguida em 1898.
Paranapiacaba é uma vila onde um grupo inglês denominado de San Paulo Railway Company Ltd. se instalou e construiu o sistema ferroviário na Serra do Mar. Isto aconteceu quase no final do século XIX. As casas e a organização da Vila seguiram os padrões britânicos, que hoje, preservadas, constituem um patrimônio histórico e ponto turístico bastante visitado.
Veja também:
O acesso para a Parte Baixa é feita pela ponte metálica acima.
Os trens que fazem o trajeto para o litoral santista são exclusivamente de carga.
A Parte Baixa de Paranapiacaba. Cartaz saúda os visitantes.
Logo na entrada para a Parte Baixa está a Rua Direita com vários restaurantes e posto principal para informações turísticas.
No galpão abaixo da Rua da Estação, passou a funcionar uma feira de artesanato bem variado, substituindo os boxes de alimentação nos festivais anteriores que migraram para as ruas
No Espaço Viradouro aconteceu a apresentação de Taiko Kiendaiko (tambores japoneses) no primeiro dia do Festival.
A Estação Expresso Turístico e o trem de passageiros ligando a Estação da Luz em São Paulo com Paranapiacaba. Bastante requisitado, exigindo a reserva com muita antecedência, funciona aos domingos, porém nos dias do Festival funciona também as sábados. Para reservas e conhecer melhor os trajetos, visite o site da CPTM aqui.
No Palco Rua Fox, apresentação da banda Opium Dei de música experimental eletrônica.
Clube União Lira Serrano é a união da Sociedade Recreativa Lira da Serra e do Serrano Atlético Clube os dois incentivados pela São Paulo Railway. Sua sede foi edificada na década de 1930. No Festival o espaço é explorado pelo SESC desenvolvendo múltiplas atividades.
O espaço interno é bom para descansar, participar de diversas atividades (veja o site oficial) ou degustar uns salgados na lanchonete, tomar um bom café, aí no fundo da foto abaixo.
Ao fundo, o Palco Mercado.
O antigo mercado foi construído em 1899 para abrigar um empório de secos e molhados, e, posteriormente, uma lanchonete. Após muitos anos fechado, foi restaurado pela prefeitura de Santo André e tornou-se um centro multicultural. Nos dias do Festival funciona o comércio, principalmente, de geleias, sorvetes, sucos, licores, maceração em bebidas alcoólicas, mousse e bolo feitas à base da famosa fruta da região, o cambuci.
Vista de Paranapiacaba no Caminho do Mena que liga à Rua Direita.
No Palco Rua Direita, pudemos assistir ao show do bom rock da banda Fenícios, formada nos anos 90. Arrepiava a excelência da guitarra solo.
Retorno para apanhar o ônibus regular para Rio Grande da Serra e de lá pegar o trem da CPTM até a Estação Tamanduateí, onde há integração com o metrô. Até a Av. Paulista, o tempo total da viagem foi de uma hora e meia, mais rápido que ir de carro.
As casas de madeira de Paranapiacaba
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
Lindas imagens.
Por favor, o que é uma imagem em grande angular?
Outra curiosidade.
Qual o endereço da Casa de Macau?
Obrigada
Obrigado Maria Tereza. Grande angular é uma imagem que abrange um campo maior para captura do cenário. Digamos que numa foto com objetiva normal, por exemplo de 55mm, de um ambiente com uma mesa ao fundo e uma janela lateral, consegue-se apenas fotografar a mesa. Agora usando uma objetiva de 10mm você consegue incluir na foto a janela além da mesa. O endereço é R. Mario Martins de Almeida, 190 – Interlagos, São Paulo – SP, 04772-135. Espero que tenha conseguido explicar.