Uma das principais atrações turísticas de Salvador, capital do estado da Bahia, o Farol e Forte da Barra, ou melhor, Forte Santo Antônio da Barra, é praticamente o lugar onde todo turista vai visitar. Localizada na bela e agradável região da Barra, onde nos hospedamos, com uma ampla praça diante dele, é palco de manifestações culturais, como ponto de parada de trios elétricos no carnaval, e políticas, além de ser um excelente local para assistir o pôr do sol.
Um lugar bem frequentado nos finais de semana, mas também em todos os dias muitas pessoas vão lá para assistir o sol a se pôr nas águas da Baía de Todos os Santos. Quando o sol some no horizonte, o público aplaude o belo e abençoado espetáculo
Vamos então visitar o Forte e o museu marítimo, passear pelo entorno e conhecer a sua história:
(Fotografia de/photos by Rogério P D Luz)
O Farol da Barra ou Farol de Santo Antônio localiza-se na antiga ponta do Padrão, atual Ponta de Santo Antônio, em Salvador, no litoral do estado da Bahia, no Brasil. O farol primitivo foi o segundo existente em todo o continente americano, antecedido somente pelo farol do antigo Palácio de Friburgo no Recife.
A torre atual, de 1839, é troncônica em alvenaria com lanterna e galeria, tem 22 metros de altura e foi pintada com bandas pretas e brancas. O farol está construído no interior do Forte de Santo Antônio da Barra. o novo equipamento de luz catóptrico tem alcance de dezoito milhas náuticas com tempo claro.
História
No século XVII, o porto de Salvador era um dos mais movimentados e importantes do continente, e era preciso auxiliar as embarcações que chegavam à Baía de Todos-os-Santos traficando escravos negros ou em busca de pau-brasil e outras madeiras-de-lei, açúcar, algodão, tabaco e outros itens para abastecer o mercado consumidor europeu.
No fim desse século, após o trágico naufrágio do Galeão Santíssimo Sacramento, capitania da frota da Companhia Geral do Comércio do Brasil, num banco de areia frente à foz do rio Vermelho, a 5 de maio de 1668, o Forte de Santo Antônio da Barra foi reedificado a partir de 1696, durante o Governo Geral de João de Lencastre (1694-1702), vindo a receber um farol — um torreão quadrangular encimado por uma lanterna de bronze envidraçada, alimentada a óleo de baleia —, o segundo existente no Brasil e em todo o Continente (1698). Em 1937, o antigo sistema “Barbier” (incandescente a querosene) de iluminação foi substituído por luz elétrica.
O FORTE
Em 1501, durante a primeira expedição exploradora à América Lusitana, os portugueses aportaram na Barra, negociaram com os índios e instalaram seu padrão de posse no local. Era dia de Todos os Santos e batizaram, com esse nome, a grande baía.
Esse local, que marca a entrada da Baía de Todos os Santos, ficou conhecido como a Ponta do Padrão e, depois, Ponta de Santo Antônio. Nele, foi construído o Forte de Santo Antônio da Barra (século 16) e, em seu interior, um farol (século 17).
O Forte de Santo Antônio da Barra, foi o primeiro do Brasil, teve sua primeira edificação por volta de 1536, realizada pelo donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho. Entre 1583 e 1587, foi reformado e ampliado.
Entre 1596 e 1602, o forte foi reconstruído, em pedra e cal, como uma torre octogonal. Esse projeto é atribuído ao engenheiro-mor de Portugal, o cremonense Leonardo Torriani.
Durante a Invasão Holandesa (1624-1625), o forte teve papel estratégico. Foi ocupado pelos holandeses e recuperado no ano seguinte. A iconografia holandesa dessa época representa o Forte como uma torre redonda.
Após o naufrágio do Galeão Sacramento, em 1668, decidiu-se construir um farol no interior do Forte, que foi reedificado entre 1694 e 1702. O Forte estava construído em um promontório e provavelmente, nessa época, ganhou seu terrapleno.
O Padrão – Em 1501, durante a primeira expedição exploradora à América Lusitana, os portugueses aportaram na Barra, negociaram com os índios e instalaram seu padrão de posse no local. Era dia de Todos os Santos e batizaram, com esse nome, a grande baía. (Os padrões são colunas de pedra com as armas portuguesas e uma inscrição, tendo no topo as quinas portuguesas, destinados a afirmar a soberania portuguesa no local onde eram depostos.).
O Museu de Hidrografia e Navegação foi inaugurado no Forte em 1974. Após obras de restauração das instalações, foi reinaugurado em 1998. No seu acervo o visitante pode ver peças de arqueologia submarina, réplicas de embarcações, equipamentos para navegação, cartas náuticas e outros documentos.
A plateia do pôr do sol todos os dias que aplaude o belo espetáculo da natureza. Na foto, era domingo.
O Farol, o seu interior e vista panorâmica do alto
A estrutura antiga do farol foi instalada em 1698. O atual foi inaugurado em 1839 com 22 metros de altura e 39 metros de altura focal.
Equipamento de luz catóptrico que tem alcance de dezoito milhas náuticas com tempo claro. Em 1937, o antigo sistema “Barbier” (incandescente a querosene) de iluminação foi substituído por luz elétrica.
O Forte
O Santo do Forte – o Forte da Barra recebeu o nome do primeiro padroeiro da Cidade do Salvador: Santo Antônio. Em meados do século 17, a imagem do Santo Antônio do Forte da Barra recebeu a patente militar, no grau de soldado e elevado a capitão em 1705. O Santo do Forte também recebia os soldos correspondentes à sua patente, que somente foi cassada em 1912, quando já era tenente-coronel.
A vista das imediações
O acervo do Museu de Hidrografia e Navegação
O Naufrágio do Galeão Sacramento
O naufrágio do galeão português Santíssimo Sacramento, capitânia da frota da Companhia Geral de Comércio do Brasil, é um dos principais temas do Museu. Na noite de 5 de maio de 1668, o galeão, com cerca de 500 toneladas, naufragou após chocar-se com um banco de areia, próximo ao Rio Vermelho. Morreram mais de 400 pessoas e sua valiosa carga afundou junto com a embarcação.
O alarme do naufrágio ocorreu com um tiro de canhão do Forte da Barra, conforme o protocolo da época. Em 1976, organizou-se uma expedição para resgatar parte da carga e equipamentos do galeão. Parte desse acervo está exposto no Museu. Outra parte continua no sítio arqueológico submarino do Galeão Sacramento (Guia Geográfico – Bahia Turismo)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
Maravilhoso o relato…com vontade de conhecer o forte. Obrigada.
Também agradeço Ana Magalhães. Vale a pena conhecer o forte e Salvador, assim que passar o coronavírus.