A Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Brancos, também conhecida com a Capela do Padre Faria por ter rezado a primeira missa na região, é uma das mais antigas e ricas capelas de Ouro Preto, construída por volta de 1710. A sua simples fachada contrasta com o seu rico interior, decorado em 1740 por irmandades dos brancos poderosos, que foram expulsos da grande Irmandade do Rosário pela maioria dos negros, que depois edificaram a Igreja de Santa Efigênia dos Pretos localizada a uns 400 metros, no alto do morro.
Os altares dourados, a decoração e pinturas da capela possuem curiosos detalhes em vermelho, de influência oriental, chamadas de “chinesices mineiras” que os jesuítas trouxeram de Macau. (Mineiras – do Estado de Minas Gerais onde se localiza Ouro Preto)
O teto da nave traz a pintura da coroação de Nossa Senhora do Rosário, cercada pelos anjos e nos quatro painéis da parede cenas da vida de Maria (2ª foto acima). O interior da capela tem estilo barroco e rococó.
A cruz pontifícia possui três braços. O historiador Diogo de Vasconcellos acredita que o Papa Pio VI, através de três bulas, concedia privilégios e graças à capela, motivo da construção da cruz desta forma. A cruz data de 1756 e é esculpida em arenito.
É a única igreja da região que possui a torre campanário (onde tem o sino) separada do templo, que se sugere ter a forma de templo chinês, outra possível influência oriental de Macau, trazida pelos jesuítas (veja o formato do seu teto).
Experiência e Dica
Decidimos fazer uma caminhada do centro na Praça Tiradentes até o topo do morro onde se localiza a Igreja de Santa Efigênia. Parece uma caminhada aceitável, não muito longe, mas as ladeiras são terríveis, tanto para subir como para descer, devido ao seu piso de paralelepípedos irregulares e por serem bastante ou muito íngremes. O que ajuda um pouco são as calçadas laterais, como se pode ver na foto acima. No entanto, é gratificante a vista da cidade à medida que se vai subindo ou descendo a ladeira, especialmente para quem gosta de fotografar, como eu.
Deu para cansar pois basicamente foi uma terrível subida até o topo do morro da Igreja de Santa Efigênia e depois uma terrível descida, muito íngreme e piso muito irregular até a Capela do Padre Faria, a igreja mais distante do centro no extremo leste da cidade.. Mas … valeu a pena! Também tivemos fôlego pois era o primeiro dia de passeios em Ouro Preto, e não estavamos cansados ainda, o que não se poderia dizer no nosso quarto dia de caminhadas … ufa !!!
No meio da descida tem o Chafariz do Alto da Cruz, mal conservado, tendo no topo (foto abaixo) um pequeno busto feminino, de pedra-sabão, com o rosto desfigurado, datado 1761, e que seria obra de juventude do Aleijadinho, Antônio Francisco Lisboa, nos seus prováveis 19 anos de idade.
Para voltar, após visitar a Capela do Padre Faria, não suba a ladeira da Rua Padre Faria por onde desceu, isto se não quiser se cansar muito. Utilize a rua paralela, a Rua Santa Rita, mais extensa porém menos íngreme. Veja foto abaixo:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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