‘O Mar‘, este mar que esconde mistérios nas suas profundezas, que dá uma sensação de liberdade vendo o horizonte sem fim, e desperta esperança pois além dele há novos mundos para serem explorados. O sol quando se põe no horizonte do mar, exibe toda a sua beleza e veste de vermelho. Assim, após a bem visitada postagem de “O pôr do sol em frases e poemas“, este blog produz a segunda, “O Mar, em frases, poemas e imagens” coletadas do site O Pensador com atribuição de autoria:
(Fotografia de/photos by Rogério P D Luz)
Veja também:
“O Mar”, em frases, poemas e imagens
O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.
– Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, / Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar / Para que fosses nosso, ó mar!
– Valeu a pena? Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador / Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que espelhou o céu.
Se todos os rios são doces, de onde o mar tira o sal?
Como sabem as estações do ano que devem trocar de camisa?
Por que são tão lentas no inverno e tão agitadas depois?
E como as raízes sabem que devem alçar-se até a luz e saudar o ar com tantas flores e cores?
É sempre a mesma primavera que repete seu papel?
E o outono?… ele chega legalmente ou é uma estação clandestina?
Cantiga
– Nas ondas da praia / Nas ondas do mar
Quero ser feliz / Quero me afogar.
– Nas ondas da praia / Quem vem me beijar?
Quero a estrela-d’alva / Rainha do mar.
– Quero ser feliz / Nas ondas do mar
Quero esquecer tudo / Quero descansar.
Quem nasceu mesmo moreno,
moreno de vocação
gosta de mar e sereno,
de estrela e de violão.
Pode até gostar de alguém
Mas nunca deixa a solidão.
Azul da cor do mar
– Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar / Dizer que aprendi
– E na vida a gente tem que entender
Que um nasce pra sofrer / Enquanto o outro ri
– Mas quem sofre sempre tem que procurar
Pelo menos vir a achar / Razão para viver
– Ver na vida algum motivo pra sonhar
Ter um sonho todo azul / Azul da cor do mar
Os pescadores sabem que o mar é perigoso e a tormenta terrível, mas este conhecimento não os impede de lançar-se ao mar.
Aqui nessa pedra, alguém sentou para olhar o mar O mar não parou para ser olhado Foi mar pra tudo que é lado
Homem livre, tu sempre gostarás do mar.
Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867) foi um poeta francês, considerado um dos precursores do Simbolismo, tendo influenciado a poesia internacional de tendência simbolista.
Sentei-me na praia
e quando dou pela coisa
o mar me beijava.
Canção
– Pus o meu sonho num navio / e o navio em cima do mar;
depois, abri o mar com as mãos, / para o meu sonho naufragar.
– Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos / colore as areias desertas.
– O vento vem vindo de longe, / a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo / meu sonho, dentro de um navio…
– Chorarei quanto for preciso, / para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça.
– Depois, tudo estará perfeito; / praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras / e as minhas duas mãos quebradas.
Vou imprimir novos rumos / Ao barco agitado que foi minha vida
Fiz minhas velas ao mar / Disse adeus sem chorar
E estou de partida / Todos os anos vividos
São portos perdidos que eu deixo pra trás / Quero viver diferente
Que a sorte da gente / É a gente que faz
Quando a vida nos cansa / E se perde a esperança
O melhor é partir / Ir procurar outros mares
Onde outros olhares nos façam sorrir / Levo no meu coração
Esta triste lição que contigo aprendi / Tu me ensinaste em verdade
Que a felicidade está longe de ti
as ondas beijam
os lábios da praia –
bocas do mar
Tenho a impressão de ter sido uma criança brincando à beira-mar, divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da verdade continua misterioso diante de meus olhos.
A riqueza influencia-nos como a água do mar. Quanto mais bebemos, mais sede temos.
Homem livre, tu sempre gostarás do mar
mar não tem desenho
o vento não deixa
o tamanho…
São todos maus descobridores, os que pensam que não há terra quando conseguem ver apenas o mar.
“Mãe, o que é que é o mar, Mãe?” Mar era longe, muito longe dali, espécie duma lagoa enorme, um mundo d´água sem fim, Mãe mesma nunca tinha avistado o mar, suspirava. “Pois, Mãe, então mar é o que a gente tem saudade?”
um pescador remando
o mar rimando
alguém admirando
Varrendo folhas secas
lembrei-me do mar distante:
chuá de ondas chegando.
DO MAR
Aqueles de um país costeiro, há séculos,
contêm no tórax a grandeza
sonora das marés vivas.
Em simples forma de barco,
as palmas das mãos. Os cabelos são banais
como algas finas. O mar
está em suas vidas de tal modo
que os embebe dos vapores do sal.
Não é fácil amá-los
de um amor igual à
benignidade do mar.
Dois Barcos
Quem bater primeiro à dobra do mar
Dá, de lá, bandeira qualquer
Aponta pra fé e rema
É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto os teus sinais
Pode ser da vida acostumar
Será, morena?
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar, dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora, o amanhã, cadê?
Doce o mar, perdeu no meu cantar
Doce o mar, perdeu no meu cantar
Só eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar, dedicou-se mais
O acaso a se esconder
Acordo cedo e vejo o mar se espreguiçando; o sol acabou de nascer. Vou para a praia; é bom chegar a esta hora em que a areia que o mar lavou ainda está limpinha, sem marca de nenhum pé. A manhã está nítida no ar leve; dou um mergulho e essa água salgada me faz bem, limpa de todas as coisas da noite.
NO MAR
Ele sustém eternos murmúreos
Nas praias desoladas, e com soberbas cristas
Inunda vinte mil cavernas, até que o sortilégio
De Hécate as deixe com seu velho e assombroso som.
Muitas vezes se encontra tão tranqüilo,
Que até a menor das conchas permanece dias imóvel
Desde o desenlace dos ventos celestiais.
Vós, cujos olhos se enchem de tormento e tédio,
Regozijai-os com a imensidão do mar;
Vós, cujos ouvidos estão atordoados pelo rude ruído,
Ou enfastiados pela música melosa –
Sentai-vos na boca de uma velha caverna, e meditai
Até que escuteis, como se cantassem, as ninfas do mar!
Seja como as ondas do mar
que mesmo quebrando contra os obstáculos,
encontram força para …
recomeçar.
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar.
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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