No nosso passeio pelo Salvador Bus, um ônibus de dois andares (double deck) que faz tour turístico pela cidade de Salvador, uma das quatro paradas era o Memorial Irmã Dulce. Após a canonização a Irmã Dulce passou a ser intitulada: Santa Dulce dos Pobres. Mesmo sendo só uma parada de 15 minutos, foi emocionante estar no lugar onde, principalmente, a Santa viveu os últimos dias da sua vida.
Publicação e fotografias de/photos by Rogério P D Luz
Biografia de
IRMÃ DULCE – SANTA DULCE DOS POBRES
Santa Dulce dos Pobres
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (Salvador, 26 de maio de 1914 — Salvador, 13 de março de 1992), conhecida como Irmã Dulce, canonizada com o título de Santa Dulce dos Pobres, foi uma religiosa católica brasileira. Por suas ações humanitárias de caridade e assistência aos desfavorecidos, ficou também conhecida como o anjo bom da Bahia.
Irmã Dulce ganhou notoriedade por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados, obras essas que ela praticava desde muito cedo. Na juventude já lotava a casa de seus pais acolhendo doentes. Ela também criou e ajudou a criar várias instituições filantrópicas: uma das mais importantes e famosas é o Hospital Santo Antônio, que foi construído no lugar do galinheiro do Convento Santo Antônio. Hoje o hospital atende diariamente mais de cinco mil pessoas. Foi uma das mais importantes, influentes e notórias ativistas humanitárias do século XX. Suas obras de caridade são referência nacional, e ganharam repercussão pelo mundo. Seu nome é sempre relacionado à caridade e amor ao próximo. Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz no ano de 1988 pelo então presidente do Brasil, José Sarney, porém não ficou com o título. Em 2001, foi eleita “a religiosa do século XX”, em uma eleição que foi publicada pela revista Isto É. Em 2012, foi eleita uma dos 12 maiores brasileiros de todos os tempos em pesquisa feita pelo SBT, para eleger a personalidade que mais contribuiu para o país.
Em 2014 o governador da Bahia, Jaques Wagner, instituiu por um decreto a data de 13 de agosto como o Dia Estadual em Memória à Bem Aventurada Dulce dos Pobres. Contudo, a data não é feriado no estado, por não ter mais vagas disponíveis no calendário local.
Irmã Dulce foi beatificada em 2011, pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, em Salvador. Em 13 de outubro de 2019, foi canonizada pelo papa Francisco, tornando-se a primeira mulher comprovadamente nascida no Brasil a ser canonizada, e a 37ª santa brasileira.
MEMORIAL IRMÃ DULCE
Inaugurado em 1993, um ano após a morte da freira baiana, o Memorial Irmã Dulce (MID) é uma exposição permanente sobre o legado de amor e caridade do Anjo Bom do Brasil, reunindo mais de 800 peças que ajudam a preservar e manter vivos os ideais da religiosa. O hábito usado por ela, fotografias, documentos e objetos pessoais podem ser vistos no MID, que ainda preserva, intacto, o quarto de Irmã Dulce, onde está a cadeira na qual ela dormiu por quase trinta anos em virtude de uma promessa. Outros fatos marcantes de sua vida são lembrados através de maquetes, livros, diplomas e medalhas.
Entre as peças do acervo, está também a imagem de Santo Antônio, do século XIX, pertencente à família da religiosa, diante da qual ela costumava rezar. Nas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), ela costumava apresentar o santo aos visitantes como o “tesoureiro da casa”. A visita ao Memorial se estende à Capela das Relíquias, no Santuário Santa Dulce dos Pobres, onde, desde junho de 2010, encontra-se o túmulo de Irmã Dulce.
As visitas são feitas com a companhia de um monitor que faz explicações detalhadas do Memorial Irmã Dulce.
O complexo da OSID – Obras Sociais Irmã Dulce
A maquete abaixo mostra uma passagem da década de 50, em que a Irmã Dulce salvou diversas pessoas num ônibus que pegou fogo perto do convento do bairro de Roma, em Salvador.
A imagem de Santo Antônio, do século XIX, pertencente à família da religiosa, diante da qual Ela costumava rezar:
O QUARTO DE IRMÃ DULCE
O hábito usado por Irmã Dulce:
No quarto de Irmã Dulce, está a cadeira na qual ela dormiu por quase trinta anos em virtude de uma promessa:
A VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II
O incentivo para construir a sua obra, Irmã Dulce teve do povo baiano, de brasileiros de diversos estados e de personalidades internacionais. Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouvia do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.
Irmã Dulce e o Papa João Paulo II voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil. João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar a religiosa baiana, cuja saúde já se encontrava bastante debilitada em função de problemas respiratórios. Cinco meses depois da visita do Papa, os baianos chorariam a morte do Anjo Bom do Brasil.
Imagens do vídeo exibido no Memorial
CAPELA SANTO ANTÔNIO
O corpo da Irmã Dulce foi transladado no dia 09 de junho de 2010 da Capela Santo Antônio no Memorial Irmã Dulce para a Capela das Relíquias localizada no Santuário Santa Dulce dos Pobres, em funcionamento desde 2003, e que foi erguido graças à ajuda de fiéis e das doações. O Santuário, em Salvador, localiza-se ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), no Largo de Roma, e tem capacidade para mais de 1.000 pessoas sentadas. A igreja começou a ser erguida em 2002, a partir da Campanha do Tijolo, no mesmo local onde na década de 40 do século XX Irmã Dulce havia construído o Círculo Operário da Bahia e o Cine Roma.
O corpo da Irmã Dulce foi inicialmente sepultado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, depois transladado para a Capela Santo Antônio em Janeiro de 2000 e finalmente, onde repousa, para a Capela das Relíquias no seu Santuário.
A visita ao Memorial Irmã Dulce foi feito no tour turístico através do Salvador Bus:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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