Localizada ao lado da Igreja e Convento de São Francisco, dividindo a mesma parede lateral, fica a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco com sua imponente fachada em pedra arenito lavada e decorada em altos-relevos. Somente duas igrejas no Brasil possuem este tipo de fachada, com similar apenas na Igreja de Nossa Senhora da Guia em Lucena na Paraíba, embora com mais simplicidade. O estilo chamado de ‘plateresco’ é muito usado em igrejas da América Hispânica.
Outro destaque da igreja é o grande acervo de azulejos portugueses pintados e distribuídos por vários espaços do complexo, como as galerias, corredores e claustro, vindos de Portugal, e que retratam a Lisboa antes do terremoto de 1755, com cenas do cortejo do infante Dom José e Dona Maria Ana de Bourbon em seu casamento em 1729.
Publicação e fotografias de/photos by Rogério P D Luz
Veja também outra postagem com detalhes do interior da igreja, dos ambientes e dependências, as imagens sacras, azulejos portugueses e o museu.
Fonte: textos da Wikipédia
A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco é uma igreja católica da cidade brasileira de Salvador, Bahia.
É um expressivo exemplar da tradição barroca no país, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e foi uma das indicadas para a eleição das 7 Maravilhas do Brasil. Sua notoriedade advém principalmente da sua fachada ricamente decorada em altos-relevos, um caso raro no Brasil, com similar apenas na Igreja de Nossa Senhora da Guia em Lucena na Paraíba, que também possui fachada em rocha sedimentar (calcário). Seu interior foi reformado no século XIX, substituindo-se a decoração original barroca por altares neoclássicos, considerados a obra magna do mestre José de Cerqueira Torres. A igreja faz parte de um dos principais conjuntos monumentais de Salvador, que inclui a Igreja e o Convento de São Francisco, que lhe ficam anexos.
As Ordens Terceiras
As ordens terceiras eram confrarias católicas de homens brancos leigos (não eram padres). Seus integrantes não possuíam papel específico na hierarquia católica, mas tinham grande prestígio e importância na construção de templos e nos eventos religiosos ou sociais, em geral. (Bahia Turismo)
História
A fundação da igreja se deve à Ordem Terceira de São Francisco, que iniciou suas atividades na Bahia em 1635. Em 1644 a Ordem ergueu sua primeira igreja, que foi substituída pela presente construção. A autoria do projeto é atribuída ao mestre Gabriel Ribeiro, também o construtor do edifício. A pedra fundamental foi lançada em 1º de janeiro de 1702 e as obras correram com grande rapidez, sendo concluída a estrutura em 22 de junho de 1703. Porém, a fachada só foi finalizada em 1705.
Fachada – na mesma época das reformas, a fachada foi toda recoberta de argamassa, considerada fora de moda, sendo esquecida sua decoração original por mais de um século. Em 1932, por acidente, foi redescoberta, quando um eletricista estava fazendo a instalação de luzes. Durante o trabalho, deu marteladas na fachada, fazendo cair parte do reboco. Em 1939 o IPHAN encaminhou o seu tombamento.
A igreja é precedida de um pequeno adro com cerca de ferro e pilares em alvenaria, ladeando um grande portal de pedra decorado com relevos e um frontão impositivo. A fachada, ricamente ornamentada com relevos, é um caso único no Brasil, remetendo, segundo o IPHAN, às decorações platerescas que tiveram uma voga na Espanha e suas colônias americanas. Ela tem apenas um similar, muito menos rico, na Igreja de Nossa Senhora da Guia, na Paraíba.
Cercanias da Igreja, vendo-se do lado esquerdo a torre da Igreja de São Francisco, a “igreja dourada”.
A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco fica na rua do lado esquerdo da Igreja e Convento de São Francisco (foto), uma das Sete Maravilhas do Mundo Português, com seus altares dourados.
No início do século XIX decidiu-se renovar o interior. Os altares primitivos foram substituídos entre 1827 e 1828 com a talha de José de Cerqueira Torres, e a douração foi contratada em 1830 com Franco Velasco. A igreja foi reconsagrada e reaberta em 4 de julho de 1835.
O teto da nave, elaborado em 1831, é decorado com pinturas atribuídas a Franco Velasco, inseridas nos caixotões.
A decoração interna primitiva, em estilo Barroco, foi substituída em sua maior parte entre 1827 e 1828 por seis altares laterais e uma capela-mor em estilo Neoclássico com talha dourada, que constituem o principal trabalho do mestre entalhador José de Cerqueira Torres, ainda em excelente estado de conservação.
Os altares laterais possuem imagens de santos que pertenceram à ordem franciscana, e também à ordem terceira.
A Casa dos Santos, preserva um importante conjunto de Santos de roca e de vestir, instalados em uma série de capelas neoclássicas que circundam o aposento.
Estátua de roca ou imagem de roca designa a tipologia de imagens sacras que se destinam a ser levadas em procissão e que são vestidas com trajes de tecido. Este gênero de imagens adquiriu considerável importância no culto católico especialmente durante o período barroco, estendendo-se até meados do século XIX.
Grande série de azulejos pintados estão distribuídos por vários espaços do complexo, como as galerias, corredores e claustro, vindos de Portugal e importantes por retratarem Lisboa antes do terremoto de 1755 e cenas do cortejo do infante Dom José e Dona Maria Ana de Bourbon em seu casamento em 1729.
A Sala da Mesa é uma das mais significativas do gênero e é aonde a confraria da Ordem Terceira se reúne.
No último piso da igreja pode-se ver um acervo de imagens sacras, vestimentas utilizadas por padres nas missas e cerimônias religiosas, móveis, arcas, vitrolas e outras antiguidades.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
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