Quem visita o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida percebe logo uma enorme cruz acima do altar central da basílica nova, a 8 metros de altura. É a Cruz do Nada, de aço, com 25 mm de espessura, pesando cerca de 800 quilos e com a figura de Cristo vazada a laser
Instalada em 2007, foi abençoada no dia 25 de abril do mesmo ano por Dom Raymundo Damasceno Assis, que na época era arcebispo de Aparecida. A Cruz do Nada representa a presença do Cristo Ressuscitado no meio de nós. Uma obra de Cláudio Pastro, responsável pela arte sacra do Santuário de Aparecida, o crucifixo que possui o desenho de 12 sementes, número que simboliza a perfeição absoluta, recorda, conforme descreveu seu autor, que Cristo é o centro da vida de todo o cristão, sendo Ele, o grande tronco da Árvore da Vida.
O crucifixo faz parte do acabamento da cúpula central, cuja obra de arte traz a própria Árvore da Vida, que se complementa com o Baldaquino, onde é contemplado o Paraíso que Deus criou para a humanidade habitar, assim descreve a publicação do Santuário.
Baldaquino, em arquitetura, se refere a qualquer obra de arquitetura ou remate escultórico constituído por uma cúpula sustentada por colunas e que resguarda um altar, um retábulo, uma escultura ou um portal. (Wikipedia)
A silhueta de Cristo no crucifixo é vazada que tem o significado que está presente apenas em espírito.
Conforme o posicionamento do devoto diante do crucifixo nos quatro corredores da basílica, fica quase invisível, pela sua espessura, nas naves Leste e Oeste, numa delas a entrada oficial, o que, segundo a assessora do Santuário, Zenilda Cunha, remete à reflexão da passagem bíblica que diz “Feliz daquele que acredita sem ver”. (Jo 20, 29).
Agora, nas naves Norte e Sul, do nicho da imagem original de Nossa Senhora Aparecida pode-se visualizá-lo com o vitral azul/vermelho do lado oposto. E interessante que pode-se posicionar de tal forma que permita o encaixe o ponto vermelho desse vitral no coração de Jesus na cruz.
Zenilda Cunha explicou na entrevista ao site da Arquidiocese de São Paulo, que: “no Baldaquino está a representação dos biomas brasileiros, as diferentes regiões que também acolheram o Mistério Pascal de Jesus. Bem acima do altar, a cruz é uma extensão da árvore da vida. Nessa árvore, a imagem de alguns pássaros em extinção no Brasil simboliza os peregrinos acolhidos pela Sabedoria de Deus”.
Fotografias de/photos by Rogério P D Luz
Cláudio Pastro (São Paulo, 15 de outubro de 1948 – São Paulo, 19 de outubro de 2016) foi um artista plástico brasileiro dedicado a trabalhos de arte sacra. Considerado por especialistas, o maior nome da arte sacra em seu tempo. Em 2001, a convite de Dom Aloísio Lorscheider, foi oficializado como o único artista a dar andamento nas obras internas da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, local onde, talvez, está a maior concentração de suas obras artísticas. Entre as obras mais recentes do artista, estão o monumento em honra a Nossa Senhora Aparecida nos Jardins do Vaticano e a medalha comemorativa pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.
É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano. É a maior catedral do mundo, visto que a Basílica Vaticana não é uma catedral. Também é o maior espaço religioso do país, com mais de 143 mil m² de área construída ao longo de todo o Santuário.
A estrutura foi solenemente consagrada em 4 de julho de 1980, pelo Papa João Paulo II, na sua visita ao Brasil pela primeira vez. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a nova basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a “Passarela da Fé”, que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas pelos romeiros. Já recebeu a visita de três papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Em novembro de 2016, por decreto do Papa Francisco, a basílica foi elevada à dignidade de Igreja-Catedral da Arquidiocese de Aparecida, título transferido da Igreja de Santo Antônio, em Guaratinguetá. O santuário é visitado anualmente por números que contabilizam acima de dez milhões de romeiros de todas as partes do Brasil e muitos do Exterior.
Foi em 1717 que uma imagem simples e quebrada transformou a fé de um povo, até receber o título de Padroeira do Brasil.
Tudo começou quando os pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia foram encarregados de conseguir peixe para o banquete que a Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá iria oferecer a Dom Pedro de Almeida e Portugal, o Conde de Assumar, que na época também era o Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, e estava visitando a região, no período de 17 a 30 de outubro de 1717.
Foi após várias tentativas que os três pescadores tiraram das águas escuras do Rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora, que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o corpo e, em seguida, rio abaixo, a cabeça.
De acordo com a publicação da Arquidiocese de São Paulo, Zenilda Cunha, assessora do Santuário, revela o que muitos desconhecem, que “a imagem de Aparecida se trata de uma representação de Maria grávida de Jesus. “Ela é Nossa Senhora da Conceição e se tornou Aparecida porque foi encontrada”.
João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, depois de colocar a imagem dentro do barco, puderam vivenciar a ação da Mãe de Deus. Os pescadores, que antes não tinham conseguido pescar nada, encheram as suas redes com uma quantidade abundante de peixes.
Antes de levarem os peixes para o banquete, entregaram os pedaços da estátua a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João, que reuniu as duas partes com cera e a colocou num pequeno altar na casa da família, agradecendo a Nossa Senhora o milagre dos peixes.
Nascia ali uma devoção, reunindo todos os sábados os moradores da região para rezarem o terço e cantarem a ladainha.Mais
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
ESTE ANO, NA FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS,A PROCISSÃO VOLTOU A SAIR À RUA Texto e fotografias de Manuel V. Basílio Este ano, realizou-se no dia 8 de Outubro, na igreja de São Lourenço, a festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios, que até meados do século passado era a principal […]
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No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
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