Manuel V. Basílio é colaborador do blogue Crónicas Macaenses, com várias postagens contando histórias de Macau no passado. Nossos parabéns ao autor desses novos livros que contribuirão para eternizar a memória da nossa terra.
Recentemente, o Instituto Internacional de Macau (IIM) editou, em dois volumes, uma nova obra de Manuel V. Basílio, intitulada “SÍTIOS COM HISTÓRIAS“. Esta nova obra vem na sequência de outros 4 volumes já publicados, da série PÁTIOS, BECOS E TRAVESSAS, cujos textos foram, de tempos a tempos, publicados em Crónicas Macaenses e, subsequentemente, por iniciativa do IIM, foram coligidos e publicados em livros, na colecção Mosaico. Dois dos referidos 4 volumes foram já traduzidos e publicados em língua chinesa, estando os restantes dois volumes em fase de tradução para serem editados num futuro próximo.
No Volume 1, da nova série, estão incluídos, também, artigos já publicados em Crónicas Macaenses, os quais, entretanto, foram revistos e actualizados, designadamente o artigo “Igreja e Bairro de São Lourenço”, com a inclusão de mais antigos moradores e, além disso, foram identificadas quase todas as pessoas que aparecem nas fotografias publicadas. Incluídos no Volume I, estão os artigos sobre “Igreja, Largo e Rua de S. Domingos”, “Rua do Mastro”, “Rua do Gamboa”, “Bairro da Felicidade” e, ainda, um novo artigo, não publicado em Crónicas Macaenses, relativo à “Sé Catedral”, no qual o autor abordou a questão de qual teria sido a primeira igreja matriz da Diocese de Macau, como era a configuração da igreja antes da reconstrução segundo o projecto de José Tomás Aquino e, ainda, as zonas circundantes.
Os temas publicados no Volume 2 são todos inéditos, relacionados com a história de Macau, desde o estabelecimento dos portugueses no “Porto do Nome de Deus de Amagao”, incluindo uma análise, baseada em pesquisas nos diferentes dialectos de “fujian” (ou Fôk Kin, em cantonense), e também no de “hakká”, sobre a origem do nome “Macau”; descrição sobre as principais “Fortificações da Cidade de Macau”, as respectivas construções e ampliações, após a invasão dos holandeses em 1622; o alargamento da cidade, com recurso a “Obras de Aterro no Século XIX” e que motivaram o desaparecimento de algumas localidades, tais como a Praia Pequena, a Praia do Manduco e a Ponta da Rede, bem como a criação de novas zonas da cidade, para habitação e comércio; a concretização da primeira “Obra concessionada”, requerida por Miguel Ayres da Silva, mediante a apresentação de um “projecto de obras em todos os seus detalhes, plantas, perfis, alçados e mais trabalhos especiais”, que, com parecer favorável do Conselho Técnico das Obras Públicas, mereceu aprovação do então governador Carlos Eugénio Correia da Silva, tendo, então, sido formalmente assinado o primeiro contrato de concessão entre o governo e o concessionário; expansão territorial da cidade na segunda metade do século XIX, através de expropriações e saneamento das zonas rurais, situadas a norte da península, de forma que as “Urbanizações extramuros” deram lugar à extinção de povoações rurais, à abertura de novas vias públicas, designadamente as principais avenidas, e à renovação urbana; e, por fim, uma narração sobre a vida de Cheong Pou Chai (normalmente conhecido pelo nome romanizado Cam Pao Sai ou Apo-chai), desde que ele foi raptado, quando tinha cerca de 15 anos, por um chefe de piratas, passando a viver com ele, até se tornar, mais tarde, o mais temível pirata do sul da China, no primeiro quartel do século XIX. Apesar do seu poderio naval, Cheong Pou Chai acabou por sofrer uma pesada derrota num confronto com a frota portuguesa, tendo, por fim, aceite a sua capitulação ao Vice-Rei de Cantão, sob a mediação do Ouvidor Arriaga, a fim de testemunhar a concessão da prometida liberdade, bem como sua a nomeação para um cargo de mandarinato. Cheong Pou Chai viveu em Macau, por um período da sua vida, assim como mulher, que, após o falecimento de Cheong Pou Chai, ocorrido no mar, próximo das ilhas dos Pescadores, regressou com os seus filhos para Macau, onde passou o resto da sua vida.
Os “Sítios com Histórias” baseiam-se na história de Macau e, tal como nas anteriores publicações, a narração daquelas histórias não é feita em linguagem técnica ou literária, mas sim numa forma simples e atraente, facilmente compreensível por qualquer leitor.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
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