Felipe Nasr, piloto brasileiro que disputa o Grande Prémio de Macau de 2012 de Fórmula 3, no seu blog – http://www.felipenasr.com/ – faz um interessante relato do Circuito da Guia, que pedindo a sua permissão, publico o texto integralmente abaixo.
Estreou em 2012 na categoria de acesso à Formula 1, a GP2, onde terminou a temporada em 10ª posição e ganhou o Dallara Award for Best Comeback – A Melhor Recuperação, Felipe Nasr foi campeão britânico de Fórmula 3 em 2011 e campeão europeu de Fórmula BMW m 2009. Em 2011 participou do Grande Prémio de Macau e terminou na 3ª posição.
Felipe Nasr escreve no seu Blog
(fotos de Paolo Pellegrini)
De caça ao tesouro a confirmação de talentos, a prova é um clássico sem igual em todo o cenário de competições a motor
Macau 14 de novembro de 2012 – Desde 1954 se repete na área do Porto Exterior e da colina da Guia uma corrida incomparável, criada apenas como uma “Caça ao Tesouro” e transformada em um desafio permanente para carros e pilotos. Sejam eles de Turismo, GT, Motocicletas ou de Fórmula (Libre e Pacific) a partir de 1961 e de F3, àquela que estamos acostumados hoje em dia a partir de 1983.
6km e mais 120 metros de comprimento com dezenove curvas no total que ligam grandes retas com curvas velozes, ganchos inacreditáveis e que varia de 7 a 14 metros de largura. Como todo circuito de rua tem os guard-rails sempre por perto, tem o piso irregular, mas como nenhum circuito de rua combina uma explosão de espaços abertos. Da marginal junto ao mar que se apresenta com quatro retas seguidas e velocíssimas acrescidas de curvas e contracurvas que vão se enrodilhando na colina da Guia. De 60km/h a 290km/h varia a velocidade, de zero a 30 metros varia a altitude, de mínima a máxima varia a necessidade de carga aerodinâmica, de 1ª a 6ª o câmbio trabalha 33 vezes a cada volta, usando 2ª, 3ª, 4 a e 5ª marchas em profusão.
E o piloto tem que estar preparado para tudo isso, preparado para acertar o carro e preparado para aguentar quase uma hora de prova (somando a Bateria de Classificação de 10 voltas e a Principal de 15) com quase 1000 trocas de marchas e no mínimo umas 100 freadas fundamentais nas curvas do Hotel Lisboa, Dona Maria e Melco, aquele grampo que faz a alegria das imagens. E mais ainda umas 60 cerradas de dentes nas curvas de alta dos Pescadores (onde tem um pequeno desnível) e na R. É que quem se der bem lá, pode chegar para a freada (depois de uns 20segundos de pé no fundo) da curva do Hotel Lisboa aquela de 90º à direita perto dos 290km/h, reduzindo de 6ª para 2ª, tendo aproveitado melhor as retas ligadas pela curva Mandarim que é curva mesmo apenas no papel.
Depois da Lisboa tem a subida da calçada de São Francisco onde dá tempo de respirar até chegar na curva da Maternidade, passar pelos “esses” da Solidão que se vai a fundo em 4ª a uns 170km/h, até passar o Ramal dos Mouros e atingir a nobre Dona Maria já em descida e para a esquerda antes de fazer a Melco bem apertada e para a direita. 2,5G para um lado, 2,5G para o outro e segue em frente. Sem perder a concentração e evitando aos que se desconcentram.
Essa, senhores, é a magia do circuito da Guia que premia os ousados, os constantes, os atentos, os que aceleram e os que contam com uma dose de sorte que é sempre imprescindível. Como Roberto Moreno, Ayrton Senna, Maurício Gugelmin, Lucas di Grassi, Michael Schumacher (todos de F3), Augusto Farfus (de Turismo) que venceram ou como Christian Fittipaldi, Adrian Sutil, Robert Kubica, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton que tentaram e alguns quase conseguiram.
Então para que correr em Macau? Perguntamos ao Felipe Nasr e ele respondeu de bate-pronto: “Basta dar uma volta, uma voltinha só, para ficar para sempre hipnotizado pelo Circuito da Guia. Foi isso que aconteceu quando estive aqui pela primeira vez de Fórmula BMW em 2009 onde estava liderando e fui jogado para fora. Agora em 2012 vai ser a terceira vez que corro de F3, depois de ter chegado em 2º no ano passado. Third time lucky, diriam os ingleses? Espero que sim” terminou Felipe antes de ir visitar o Museu onde fez uma foto à frente do F3 de Senna, vencedor em 1983.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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