O BAIRRO TAP SIAC, UM BAIRRO DE GRATAS RECORDAÇÕES
Artigo, fotografias e legendas de Manuel V. Basílio (Macau)
Durante séculos, a cidade de Macau apenas ocupava o território situado a sul das muralhas que os portugueses construíram, a partir de 1622, para a sua defesa, as quais dividiram praticamente a península em duas partes. Toda aquela área fora dos muros até ao istmo da península era designada por “Campo”, onde viviam agricultores chineses, e cuja área, conforme afirmavam as autoridades chinesas, estava sob a sua jurisdição, embora os habitantes da cidade pudessem atravessar a Porta do Campo, sem restrições, e circular pelo Campo (1).
Não muito distante da Porta do Campo, estendia-se então um largo vale bastante fértil, devido à abundância de água proveniente sobretudo da encosta da colina da Guia, de forma que algumas zonas dos campos de cultivo ficavam alagadas, formando, aqui e além, pequenas lagoas (2) ou charcos (ch’i t’óng 池 塘 ). Dado que existiam condições favoráveis à actividade agrícola e à criação de aves e animais domésticos no Campo, há muito que ali se fixaram pequenos agricultores chineses que, com o decorrer dos tempos, criaram em certas localidades povoações ou aldeias chinesas, e as que floresceram próximo do vale foram a Tap Siac Chün (aldeia de Tap Siac) (3) e a Lông T’in Chün (aldeia de Lông Tin) (4). Com o aumento gradual de população destas duas aldeias, as condições sanitárias tornaram-se deploráveis, não só por causa dos costumes pouco higiénicos a que os agricultores estavam habituados, mas também devido à poluição das águas retidas nos charcos, à acumulação de fezes humanas usadas como adubo na produção hortícola e, ainda, ao deficiente escoamento das águas das chuvas, de forma que algumas zonas da várzea do Tap Siac se transformaram em autênticos pântanos, imundos e fétidos, constituindo estas e outras causas um autêntico foco de infecção. Perante esta situação, o governador José Maria de Sousa Horta e Costa determinou que se procedesse ao saneamento da várzea do Tap Siac, cuja obra ficou a cargo do então director das Obras Públicas, engenheiro Augusto César de Abreu Nunes, não faltando a intervenção directa do próprio governador Horta e Costa, porquanto ele também era formado em engenharia (5). Desta forma, Abreu Nunes conseguiu resolver um grave problema que ameaçava a saúde pública, bem como lançar as necessárias bases à expansão e desenvolvimento da cidade.
Para a execução das obras de saneamento da várzea do Tap Siac e regularização do respectivo terreno era necessário extrair grandes quantidades de terra e, deste modo, escolheu-se o sítio mais próximo para o efeito, que era o local anteriormente conhecido como “Campo dos Arrependidos” (6), bem como uma zona da encosta da colina da Guia. Com as terraplanagens, que entretanto foram feitas junto à encosta, criaram-se condições para a abertura de novas vias públicas, designadamente a maior e mais larga avenida de então, que viria a ser denominada Avenida de Vasco da Gama (7).
Por que se chama Tap Siac?
Tem-se lido e escrito, em publicações de autores portugueses, que o termo “Tap Siac”, em chinês, quer dizer “torre de pedra”. Na realidade, embora o nome da rua, em chinês, esteja escrito 塔 石 (que se pronuncia, em cantonense, “t’áp sék”, sendo “t’áp” (塔), torre ou pagode, e “sék” (石), pedra, rocha ou rochedo), estes dois caracteres, na forma como estão posicionados, não significam, de modo algum, “torre de pedra” ou “pagode de pedra”. Para ter o significado de “torre ou pagode de pedra”, os respectivos caracteres teriam que estar escritos na forma invertida, ou seja, em vez de 塔 石 (t’áp sék), seriam escritos 石 塔 (sék t’áp). Não é este o primeiro caso na toponímia de Macau em que um caracter é escrito incorrectamente, por deturpação de pronúncia (no presente caso, de “táp” para “t’áp”), tendo, desta forma, alterado o seu verdadeiro significado, passando a ser um topónimo sem sentido lógico, ou mesmo inexplicável, na língua chinesa. Efectivamente, deveria escrever-se 疊 石 (táp sék), significando 疊 (táp), sobrepor, amontoar ou empilhar, e 石 (sék), pedra, rocha ou rochedo, cujo termo seria então traduzido por “rochas ou rochedos sobrepostos”. Na realidade, nunca lá existiu qualquer torre de pedra. O que se conta e que está comprovado através de um desenho atribuído a George Chinnery, existiu, de facto, naquela localidade, antes das obras de saneamento, um conjunto de rochas ou rochedos sobrepostos, a que os habitantes da aldeia lhe deram o nome “Táp Sék” (疊 石 e não “T’áp Sék” 塔 石 ). Infelizmente, apesar de oposições por parte da população chinesa, aquele conjunto de rochas ou rochedos sobrepostos foram, em princípios do século XX, despedaçados com dinamite, no decurso das obras de regularização do terreno, desaparecendo, assim, para sempre, um marco outrora tão prezado pelos habitantes daquela localidade, do qual originou o verdadeiro e correcto topónimo “Táp Sék” (疊 石), ou seja, rochas sobrepostas. Além deste, existem ainda vários topónimos em língua chinesa que foram deturpados por dicção incorrecta, ou por outro motivo, porquanto havia topónimos adoptados pelos chineses ao longo dos tempos que não estavam oficialmente fixados, os quais eram transmitidos oralmente, de geração para geração. De salientar que, nos primeiros marcos de vias públicas em granito, bem como nas antigas placas toponímicas, só estavam gravados os topónimos em português, sem os respectivos nomes usados em língua chinesa, resultando daí divergências, que ainda existem, em antigas vias públicas de Macau.
Desenho atribuído a George Chinnery, em que mostra várias rochas sobrepostas ou empilhadas, as quais originalmente deram o correcto nome “Táp Sék” (疊 石 e não T’áp Sék塔石 ) a toda aquela zona. Este desenho tinha sido anteriormente postado em Crónicas Macaenses por MV Basilio, para ilustrar um comentário que fez em 21.01.2016.
Urbanização da zona do Tap Siac
A plano de urbanização da zona do Tap Siac teve início após o saneamento e a conclusão das obras de regularização do terreno, e cujas obras decorreram entre finais do século XIX e princípios do século seguinte. No entanto, já em 1895 começou a abertura de uma nova e principal artéria, com início na Rua do Campo, a que foi dado o nome de Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida (8), em homenagem a José Bento Ferreira de Almeida, que naquele ano tinha sido nomeado para o cargo de ministro da Marinha (9). Junto daquela nova avenida e dentro da zona do Tap Siac, construiu-se nas primeiras décadas do século XX um conjunto de edifícios com características neoclássicas (10), tendo-se também edificado outros conjuntos de moradias, de estilo mais sóbrio, na zona tardoz, entre a Rua do Tap Siac propriamente dita e a Rua da Esperança, formando, assim, todas aquelas edificações, o chamado Bairro Tap Siac.
Conforme consta do Cadastro de Vias Públicas, é conhecida por Tap Siac “a área da cidade situada de um e outro lado da Rua do Tap Siac, área esta mais ou menos limitada pela Rua da Esperança, parte da Estrada de Adolfo Loureiro, parte da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida e parte da Estrada do Cemitério”. No entanto, é tido também como fazendo parte integrante de Tap Siac, o campo desportivo defronte aos edifícios neoclássicos, conhecido por Campo do Tap Siac.
Prédio com moradias geminadas, respectivamente nºs. 89-A e 89-B, onde actualmente funciona a Biblioteca Central de Macau
Conjunto de moradias geminadas, junto da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, no troço transformado em zona pedonal e já integrado na Praça do Tap Siac . O novo edifício multi-pisos que se vê atrás é designado por Lótus Vista, construído em 2005, no terreno resultante da demolição do antigo edifício “Bispo D. Belchior Carneiro”
O Campo do Tap Siac
O nome inicialmente dado era Campo do Coronel Mesquita. No entanto, era vulgarmente mais conhecido por Campo do Tap Siac, onde mais tarde se fez um campo relvado, destinado essencialmente à prática do hóquei em campo. Foi ali que muitos macaenses iniciaram a aprendizagem desta nova modalidade de desporto, cuja primeira iniciativa partiu de um jovem tenente de infantaria, Filipe Augusto O’Costa, tendo em 1926 reunido um grupo de rapazes e homens no Campo do Tap Siac, e lhes incutiu o interesse e gosto pelo hóquei em campo, uma modalidade que ele próprio aprendeu em Alemanha e na Inglaterra. Desde então, e durante décadas, foi a modalidade desportiva preferida e praticada por muitos macaenses, vários dos quais se destacaram em diversas competições locais e no exterior.
Prática de hóquei no Campo do Tap Siac, vendo-se ainda no lado esquerdo o edifício do Ginásio do Liceu
Durante largos anos, o Campo do Tap Siac foi palco de imemoráveis competições desportivas, quer em “interports” com equipas de Hong Kong, quer em campeonatos inter-escolares, tão populares naqueles tempos.
O Campo do Tap Siac era também o local escolhido para outras actividades, designadamente as celebrações anuais do 1º dia de Dezembro, data da Restauração da Independência Nacional, pela Mocidade Portuguesa, onde vários actos cívico-religiosos se realizavam, incluindo a missa campal, celebrada pelo Bispo de Macau, depois de o Governador passar revista à guarda de honra que a Mocidade lhe prestava.
Actividades da Mocidade Portuguesa no Campo do Tap Siac (foto anteriormente publicada em Crónicas Macaenses)
Pode-se dizer que mudança do Liceu Central de Macau (11), em 1924, para o edifício do Asilo de Órfãos, tendo ali funcionado até 1958, contribuiu também para a dinamização do Campo do Tap Siac.
Edifício onde funcionou o Liceu Central de Macau (1924-1958), vendo-se nesta foto dos anos 40 do século passado o célebre poço das 9 da noite, onde a partir daquela hora a rapaziada se juntava para se divertir, contar histórias e pôr a conversa em dia
Já antes da mudança, o então professor do Liceu, Fernando Lara Reis, no desejo de auxiliar os estudantes mais necessitados, tinha iniciado a angariação de fundos e apoios necessários para a criação de uma Caixa Escolar. Construiu-se depois um edifício na extremidade sul do campo para a instalação da Caixa Escolar, o qual foi inaugurado em 1925. A partir de então o campo desportivo passou a ser também conhecido por Campo da Caixa Escolar.
Aspecto do Campo do Tap Siac, também conhecido por Campo da Caixa Escolar, devido ao edifício da Caixa Escolar, que se vê ao fundo.
Originalmente, era o edifício da Caixa Escolar. Agora é designado por Pavilhão de Exposições e Espectáculos Artísticos para Jovens
O espaço situado junto ao edifício da Caixa Escolar era o local que habitualmente servia de campo de recreio aos alunos do Liceu. Com a mudança do Liceu para um novo edifício sito nos aterros da Praia Grande, aquele espaço veio, mais tarde, a ser dividido em 3 partes, para a criação de 3 pequenos campos, revestidos de cimento, destinados à pratica de várias modalidades desportivas, dois dos quais sobretudo para basquete e vólei, e o terceiro, era um ringue de patinagem, que foi aproveitado para a prática de hóquei em patins, tendo esta modalidade de desporto sido introduzida em Macau pelo padre salesiano Francisco Santos, em finais dos anos 60 do século passado e, portanto, os primeiros praticantes foram alunos do Colégio de D. Bosco. Aquele ringue serviu também para a prática de futebol de cinco, cuja modalidade tinha sido introduzida e incentivada pelo então médico radiologista dos Serviços de Saúde, Dr. Júlio Gil Agostinho, mais conhecido por Dr. Gil, um ex-futebolista da briosa Associação Académica de Coimbra.
Do lado esquerdo, vê-se o campo de hóquei e, do lado direito, um espaço dividido em 3 pequenos campos para a prática de outras modalidades de desporto.
Moradores do Bairro Tap Siac
Vamos, seguidamente, fazer menção de várias famílias, quase todas macaenses, que viveram no Bairro Tap Siac. Por falta de confirmação ou informação mais detalhada, um bom número de famílias e respectivos membros de família ou parentes não estão aqui incluídos e, desta forma, a menção de um dos familiares serve apenas de referência para uma futura actualização ou rectificação, caso haja novas informações ou confirmações. Houve famílias que ali viveram por largos anos e outras por períodos relativamente curtos, gerando assim algumas incertezas, devido a mudanças de residências no decurso do tempo. Decerto houve ainda pessoas que ali viveram e que por ora não estão mencionadas, porque a memória das pessoas inqueridas também vai faltando. Das pesquisas efectuadas, ficamos a saber que:
Junto ao troço da Ave. do Conselheiro Ferreira de Almeida, desde a Calçada do Cemitério até à Rua de Afonso de Albuquerque, a seguir aos actuais edifícios do Instituto Cultural de Macau (12) e do Centro de Saúde do Tap Siac (13), está localizado o primeiro prédio, que compreende duas moradias geminadas, respectivamente nºs. 89-A e 89-B, nas quais viveram a família de Mário Barros e a família de Manuel Vieira, então conhecido por tenente Vieira e, mais tarde, Francisco Barros.
Os prédios entre a Rua de Afonso de Albuquerque e a Rua de Sacadura Cabral
No prédio nº 91, que faz esquina com a Rua de Afonso de Albuquerque, viveu no r/c a família de Anízio Rómulo Luiz; e, no 1º andar, viveram o capitão Afonso de Veiga Cardoso e mulher Francisca Xavier de Azevedo e, também, Jorge Rangel e filhos, Luísa e Jorge Alberto; no prédio nº 93, junto à Travessa do Tap Siac, viveu no r/c a família de Pompilio da Silva Pedruco e, no piso superior, o médico Alberto Manuel de Sequeira Basto, sua mulher Ivone Augusta Simões, e filhos Carlos Alberto, Ana Maria e Jorge.
No prédio nº 95, que faz esquina com a Travessa do Tap Siac e, na outra extrema, com a Rua de Sacadura Cabral, viveram Viríssimo Francisco do Rosário, sua mulher Albertina Alves, e filhos Ângela Isabel, Rui Hugo, Rigoberto, Rogério, Viríssimo Francisco Jr., José Victor (e sua mulher Albertina Dias, mais conhecida por Miss Dias, e filhos, José e Cíntia), Maria Lucinda, Eurico e Henriqueta; e, no lado direito desta moradia geminada, viveu, no 1º andar, a família Sousa (Porfírio Zeferino Sousa, sua mulher Alice Fátima, e filhos Raquel, Bernardo, António Zeferino, Orietta, Pedro e Porfírio) e, no r/c, a família Almeida, nomeadamente Pedro e Paulo.
Os prédios entre a Rua de Sacadura Cabral e a Rua do Bispo Medeiros
São dois prédios, cada um com duas moradias geminadas. O prédio nº 95-A, que faz esquina com Rua de Sacadura Cabral viveu a família de José Neves Catela e, no nº 95-B, a família de Damião Rodrigues; a seguir, no prédio nº 95-C, viveu a família de Tranquilino da Silva e, no 95-D, o cónego António Maria de Morais Sarmento, mais conhecido por Pe. Sarmento, tendo depois ali residido Júlio de Assis.
Por fim, o prédio entre a Rua do Bispo Medeiros e a Estrada de Adolfo Loureiro
Este prédio é constituído por três moradias, com os nºs, 95-E, 95-F e 95-G. No nº. 95-E, viveu a família de Abílio Basto e, depois, a de Fernando Batalha da Silva; na moradia do meio, a família do sargento Branco e, depois, a de Alexandre José Airosa; e na última moradia, João Braga, sua mulher Maria Teresa Cameirão, e filhos Arnaldo e António.
Na Rua do Tap Siac
Desde o início da Rua do Tap Siac até à intersecção com a Rua de Afonso de Albuquerque viveram as seguintes famílias e/ou familiares de:
António Xavier Nogueira; John Franklin Barnes; Francisco Xavier do Rosário; Artécia do Rosário; Clementina, António e Geraldo Rodrigues; João Aires da Silva; Leonel Barros; Manuel Jesus, sua esposa Aida, e filhos Sónia, Carolina e Manuel; José Guerra; José Herculano do Rosário, João Brito da Silva e Fernanda Silvano, no lado de numeração ímpar; Alberto Pompeia dos Santos, pai de José Nuno, José Luis, José Vasco, José Manuel, Maria Fátima, etc.; Graça e Paulo Pedruco e, também, Aldegundes Pedruco, no lado de numeração par.
Nas moradias desde a Rua de Afonso de Albuquerque até Estrada de Adolfo Loureiro, viveram, designadamente:
José Ferreira, sua mulher Beatriz, e filhas Regina, Irene, Olinda, Elsa e Ivone; Adriano da Silva e sua mulher, Alice; Manuel Lata e sua mulher Filomena; Armando Abrantes e filhas Silvina, Conceição e Olga; João Almeida dos Santos; José dos Santos, sua mulher Laura, e filhos Judite, Hermínio, Júlio e Domingos; Américo da Cruz Coelho; José Achiam; Teresa Botelho e filhos Jorge e Fernanda; Fátima Badaraco; Natércia, António, Elvira, Jorge e Benjamim Coimbra; Joaquim da Paz; Fernando Baptista; Maximino Rocha, sua mulher Luísa Sequeira, e filhos Herculano (conhecido por Josico), Duarte e Natália.
Nas moradias viradas para a Rua de Afonso de Albuquerque, entre a Rua do Tap Siac e a Rua da Esperança:
José dos Santos Ferreira (Adé); Lisbelo da Luz, sua mulher, e filhos Lurdes, Melba, Lisbelo Jr. Manuel e Carlos; Francisco Xeque do Rosário, sua mulher Maria Fátima, e filhos Isabel, Teresa, Jerónimo, Ilda, Isaura, Geraldo, Generoso, Gervásio, Gaspar e Gonçalo.
Na Rua da Esperança
Desde o início da Rua até Rua de Afonso de Albuquerque, viveram:
Zamora Lisboa; António Correia Gageiro, sua mulher Ana, e filhos Teresa, Alberto, Armanda, Arminda, Alda, Albertina, João e Luísa; Leonel Borralho; Celeste Gonçalves; Roberto, João Maria e Bartolomeu Silva; Helena Silva; Fernando Rosa, António Joaquim; e, a partir de Rua de Afonso de Albuquerque até Estrada de Adolfo Loureiro, viveram, designadamente, Alice Gomes; António, Philip, Deolinda, Pedro, Glória e Lancelote Xavier; Albino dos Santos, irmã Ivone e mãe; Susana Marques, seu marido e filho Vítor; Santiago Agostinho Badaraco, sua mulher Cecília, e filhos Daniel, Orlando, Alfredo e Virgínia.
Edifício “Bispo D. Belchior Carneiro”
Dentro do Bairro do Tap Siac existiu um edifício, denominado Bispo D. Belchior Carneiro, situado no quarteirão limitado por Rua do Tap Siac, Rua do Bispo Medeiros, Rua da Esperança e Estrada de Adolfo Loureiro, no qual habitaram várias famílias, designadamente:
No bloco com entrada pela Rua do Tap Siac
Laertes Leopoldo da Costa; Belarmino da Silva; Henrique Rosa dos Santos; Emídio Custódio Tavares; Henrique José Manhão Jr.; António Freire Garcia; Leonel Borralho; Mário Correia de Abreu; Rigoberto Rosário Jr.; António Lopes do Rosário; Alice Maria da Silva; Joana Carvalho; Rita Drummond; Leolinda Vicente; João Novikoff Sales; Júlia dos Santos; Adriano da Silva; Alberto Correia Gageiro; Gabriela Siqueira; Beatriz Siqueira; Livínia Gomes da Silva; Filomeno da Rocha; Beatriz Ferreira; Joaquim Madeira de Carvalho; Jaime Mendonça.
No bloco com entrada pela Rua da Esperança
Dr. Júlio Gil Agostinho; Alexandre José Airosa; Abel Paulo Sequeira; António Augusto Canhota; António Francisco Xavier; José da Silva Martins; Eulália Sales de Oliveira; Alberto Colaço; Mário Corrêa Pais de Assumpção; Manuel Joaquim Pinto; Francisco Xavier Lobato de Faria; José Simões; Alberto Lopes da Silva; Alice de Souza; Florinda Cardoso; Virgílio de Carvalho; António Agostinho; Eulália de Oliveira; José Noronha Amorim; Romeu Xavier; João Gageiro; João Cordeiro; Celeste Rosário; Regina Santos; Manuel Fonseca; André Cheong.
O edifício “Bispo D. Belchior Carneiro” era um conjunto de dois blocos, com 4 pisos, construído de raiz para fins residenciais, para o qual se mudaram, a partir do ano de 1964, sobretudo famílias macaenses, incluindo algumas que então residiam no Bairro do Tap Siac, tendo lá vivido durante décadas até quando todo o prédio foi vendido e depois demolido, a fim de o terreno ser aproveitado para a construção de um novo edifício multi-pisos, denominado Lótus Vista, que ficou concluído em 2005.
Requalificação do Campo do Tap Siac e dos edifícios do Bairro do Tap Siac
A fim de transformar o Campo do Tap Siac num espaço destinado a fins culturais e recreativos, todos os campos, quer de hóquei, quer de outras modalidades desportivas, foram destruídos em 2005, tendo-se iniciado, em Maio desse ano, a construção da maior praça de Macau, com a área de 13.000 m2, toda ela revestida de calçada à portuguesa, a qual ficou concluída em 2007.
É a Praça do Tap Siac (14), que passou a ser assim designada, situada entre a Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida e a Avenida de Sidónio Pais, confinando a sul com a Rua de Filipe O’Costa e, a norte, com a Rua de Sacadura Cabral. Toda a Praça é agora uma zona pedonal, incluindo o troço da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, que nela ficou inserido, passando os veículos a circularem por um viaduto ou túnel, em forma de “U”, por baixo da Praça. Sendo uma Praça muito ampla, tornou-se, desde então, um local popular para a realização de diversos eventos, tendo para lá sido transferida, a partir de 2009, a tradicional Feira na Véspera do Ano Novo Chinês, para os chineses fazerem as suas compras de fim do ano, designadamente plantas e flores alusivas à época. Para estimular a indústria criativa local, é também lá realizada a Feira de Arte do Tap Siac, bem como outras actividades recreativas e culturais, que, de tempos em tempos, se organizam.
A actual Praça do Tap Siac, onde se organizam, de tempos em tempos, actividades recreativas e culturais
Além da requalificação do Campo do Tap Siac, transformando-o numa Praça, os edifícios voltados para a Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida foram também reabilitados e remodelados. Assim, o antigo edifício, que anteriormente serviu para os Serviços de Saúde, foi requalificado em 2005, passando a ser as instalações do Instituto Cultural de Macau. Ao lado, é agora o Centro de Saúde do Tap Siac. A seguir, é a Biblioteca Central de Macau e, mais adiante, o Arquivo Histórico de Macau. O prédio situado, mesmo na esquina, antes do cruzamento da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida com a Rua de Sacadura Cabral, é o Centro de Arte Moderna.
O prédio nº 95 da Ave. do Conselheiro Ferreira de Almeida, em que viveram as famílias Rosário e Sousa. Este prédio, nos anos 80 do século passado, serviu para as instalações da Repartição dos Serviços de Educação. Actualmente, está instalado o Centro de Arte Moderna
Mesmo antes das referidas requalificações, já a partir de meados dos anos 70 do século passado, alguns edifícios do Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida tinham sido aproveitados para instalações de serviços públicos, designadamente o prédio nº 95 F-G para a Repartição de Assuntos Chineses e, anos depois, o prédio nº 95 para a Repartição dos Serviços de Educação. Além disso, os serviços administrativos da Universidade Internacional de Macau, bem como os do Instituto Ricci de Macau também funcionaram, respectivamente, nos prédios nº 95-A e nº 95-E. Desde 2015, está sediada no prédio 95 C-D, a Academia Jao Tsung-I (饒宗頤學藝館), inaugurada em 9 de Agosto do referido ano, a qual foi fundada pelo Governo de Macau, a fim de homenagear o académico Jao Tsung-I, que foi um grande promotor da cultura e artes tradicionais chinesas.
Prédios nºs. 95-A, 95-B, 95-C e 95-D, cada um com duas moradias, localizados entre a Rua de Sacadura Cabral e a Rua do Bispo Medeiros
Todo o conjunto de edifícios com características neoclássicas está classificado e faz parte do Património da UNESCO.
Vista parcial do bairro do Tap Siac, em que se vê a Praça revestida de calçada à portuguesa. O novo prédio, de cor amarela, situado entre a Rua do Tap Siac e a Rua da Esperança, foi construído no mesmo terreno em que estava o antigo prédio
Do lado esquerdo, é o edifício da Biblioteca Central de Macau, e do lado direito, é o do Arquivo Histórico de Macau, cujos edifícios estão separados pela Rua de Afonso de Albuquerque
Na foto vê-se um veículo automóvel, de cor branca, depois de sair do túnel que passa por baixo da Praça do Tap Siac, continuando a circulação pela Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida
Outro aspecto do prédio nº 95, localizado na intersecção entre a Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida e a Rua de Sacadura Cabral, onde presentemente funciona o Centro de Arte Moderna
O prédio que compreende duas moradias geminadas onde viveram, do lado esquerdo, a família Catela, e do lado direito, a família Damião Rodrigues, respectivamente nºs 95-A e 95-B
O prédio que compreende duas moradias geminadas onde viveram, do lado esquerdo, a família Tranquilino da Silva, e do lado direito, a família Assis, respectivamente nºs. 95-C e 95-D. Presentemente, é a sede da Academia Jao Tsung-I
Prédio com 3 moradias, com os nºs 95-E, 95-F e 95-G, onde viveram, respectivamente, as famílias Batalha da Silva, Airosa e Braga
Entrada lateral para o pátio do prédio nº 95 C-D, no qual se vê um poço. Quando eram duas moradias, havia uma parede divisória a separar o poço ao meio, podendo assim ser partilhado pelas respectivas famílias
O antigo prédio situado entre a Rua do Tap Siac e a Rua da Esperança. Depois de demolido, no mesmo terreno, foi construído um novo prédio, designado “The Serenity”. (Foto de Jorge Basto)
O novo prédio, designado “The Serenity”, localizado entre a Rua do Tap Siac e a Rua da Esperança. Do lado esquerdo, vê-se uma placa toponímica, que assinala o início da Rua do Tap Siac.
Um aspecto da Rua da Esperança, no troço junto ao cemitério de S. Miguel Arcanjo, com o novo prédio “The Serenity” no lado esquerdo
O prédio de estilo chinês, de cor ocre, está construído mesmo na esquina onde termina a Rua da Esperança, após a demolição de um antigo prédio, que era uma bonzaria. No lado direito, situa-se o Jardim Lou Lim Ieoc, cercado por um muro de granito. A via pública que se vê na foto – a Estrada de Adolfo Loureiro, é um dos limites do Bairro do Tap Siac
A Rua da Esperança vista a partir da Estrada de Adolfo Loureiro. Curiosamente, a designação “Estrada” ainda se mantém, embora toda a zona envolvente esteja já urbanizada. Do lado esquerdo, é o edifício Lótus Vista, construído no terreno resultante da demolição do edifício “Bispo D. Belchior Carneiro”
A memorável escadaria de pedra junto da Rua de Sacadura Cabral. No lado direito da escadaria, funcionou no passado e durante largos anos a tendinha “Chün Kei”, que vendia o saboroso “chü ch’eong fân”.
Edifício do Asilo dos Órfãos, cujo estabelecimento foi encerrado em 1918, por razões económicas, tendo a partir de 1924 sido utilizado para outras finalidades
Vista parcial do Bairro Tap Siac, ainda com o campo relvado (antes de ter sido substituído por relva sintética). A via pública que se vê na foto é a Rua de Afonso de Albuquerque.
NOTAS:
(1) Sobre esta matéria, ler também “O bairro de São Lázaro de Macau e antecedentes históricos” (https://cronicasmacaenses.com/2018/08/17/o-bairro-de-sao-lazaro-de-macau-e-antecedentes-historicos/)
(2) Uma das lagoas foi aproveitada para a construção do Jardim Lou Lim Ieoc, sendo esta a única que resta.
(3) O nome “Tap Siac”, inscrito no Cadastro de Vias Públicas, é no entanto pronunciado “T’áp Sék”, em cantonense, conforme a romanização que consta do Dicionário Chinês-Português, editado pelo Governo, em 1962. Por conseguinte, no texto, este nome também aparece escrito, na forma romanizada, “T’áp Sék”, em vez de “Tap Siac” (anteriormente, também se escrevia “Tap Seac”).
(4) Lông T’in Ch’ün (sendo Lông, dragão; T’in, campo cultivado ou várzea; e, Ch’ün, aldeia) era uma povoação outrora existente no local mais ou menos ocupado pelas actuais Ruas de Leôncio Ferreira, de Alves Roçada, de António Basto, parte da de Silva Mendes e, ainda, parte do Jardim Lou Lim Ieoc, que confina com a Estrada de Adolfo Loureiro, sendo esta via um dos limites do Tap Siac.
(5) O Capitão de Engenharia José Maria de Sousa Horta e Costa tomou posse como Director das Obras Públicas de Macau em 2 de Novembro de 1885, tendo mais tarde sido nomeado governador de Macau por duas vezes, a primeira de 1894 a 1897, e a segunda, de 1900 a 1902.
(6) O antigo local conhecido como “Campo dos Arrependidos” foi onde se travou parte dos combates contra os invasores holandeses, no dia 24 de Junho de 1622. O Monumento da Vitória, da autoria do escultor Manuel Maria Bordalo Pinheiro, inaugurado em 1864, foi colocado “no mesmo lugar onde uma pequena cruz de pedra comemorava a acção gloriosa dos portugueses”.
(7) Avenida Vasco da Gama, aberta em 1898, por ocasião do IV Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia. Essa avenida tinha 500 metros de comprimento e 65 de largura, sendo então a mais larga via pública. Pena é que, a partir de 1935, a avenida foi progressivamente retalhada para dar lugar à construção da Escola Primária Oficial “Pedro Nolasco da Silva”, da Escola Luso-Chinesa “Sir Robert Ho-tung”, de uma piscina municipal e do edifício do Clube Nocturno “Sân Fá Ün” que, depois de demolido, no mesmo local, se construiu em 1963, o edifício do Hotel Estoril e Casino Estoril, da nova concessionária de jogos de fortuna e azar – a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM). A respeito do Hotel Estoril, ler também ‘Memórias da minha juventude’ no Hotel Estoril (https://cronicasmacaenses.com/2017/12/30/memorias-da-minha-juventude-no-hotel-estoril-em-macau-recorda-manuel-basilio/)
(8) A construção desta importante avenida deve-se a Abreu Nunes, já traçada na altura da urbanização da zona do Tap Siac. Pelas importantes obras que realizou, enquanto Director das Obras Públicas, Abreu Nunes bem merecia que o seu nome fosse dado àquela avenida. No entanto, por a obra ter sido executada antes da obtenção da devida autorização do governo central, e tendo o Conselheiro Ferreira de Almeida sido, naquela altura, nomeado ministro da Marinha (8), resolveu portanto atribuir o nome desse ministro à nova avenida, apesar de ele nunca ter vindo a Macau, para homenageá-lo (ou talvez para não o enfurecer, visto que tinha mau feitio, a fim de aprovar a obra sem demora).
Consta que, após os invasores holandeses terem sido derrotados, em 1622, vários deles ficaram prisioneiros e se fixaram nas imediações do “Campo dos Arrependidos”, ali cultivando umas hortas. Por isso, em chinês, aquele local ficou conhecido por Hó Lán Yün, ou seja, “horta dos holandeses”. Apesar de a avenida ser designada por Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, em chinês, é simplesmente conhecida por “Hó Lán Yün Chêng Kái” (sendo “Hó Lán Yün” , horta dos holandeses e, “Chêng Kai”, rua principal), em vez da complicada transliteração do nome do referido ministro “Á Mei Tá Fei Lei Lá Tai Má Lou”. O engenheiro Abreu Nunes, embora tenha sido o grande obreiro daquela e de outras avenidas, o seu nome apenas figurou, numa modesta via secundária, paralela àquela nova avenida, denominada Rua de Abreu Nunes, cujo topónimo em chinês é bem elucidativo – Hó Lán Yün Yi Má Lou (ou seja, “Hó Lán Yün”, horta dos holandeses, e “Yi Má Lou”, a segunda via ou via secundária), mais conhecida apenas por “Yi Má Lou”.
(9) Até 1910, o Ministro da Marinha, além de se ocupar de assuntos marítimos, era também responsável pelos assuntos do Ultramar Português e só a partir de 1911 é que se criou o Ministério das Colónias.
(10) Projecto do arquitecto espanhol J. M. Casuso, o mesmo arquitecto que planeou o Bairro de S. Lázaro.
(11) Quando foi criado, chamava-se Liceu de Macau, cuja denominação foi alterada em Julho de 1924 para Liceu Central de Macau e, posteriormente, a partir de Agosto de 1937, passou a designar-se Liceu Nacional Infante D. Henrique.
(12) O edifício foi originalmente construído para servir de Asilo dos Órfãos, criado em 1900, mas por razões económicas, foi extinto em 1918. Em virtude de o Governo de Macau ter comprado em 1923 o edifício do Hotel Boa Vista (posteriormente, alterado para Hotel Bela Vista), o Liceu Central de Macau que estava instalado naquele edifício, teve que se mudar, em 1924, para Tap Siac e instalar-se no antigo edifício do Asilo dos Órfãos. Com a inauguração do novo edifício para o Liceu, em 1958, construído nos aterros da Praia Grande, aquele prédio da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida passou mais tarde a ser utilizado pela Repartição Provincial dos Serviços de Saúde e Delegacia da Saúde e, depois, Serviços de Saúde de Macau.
(13) Anteriormente, era o edifício do Ginásio do Liceu de Macau, inaugurado a 30 de Dezembro de 1934, o qual, para além de práticas desportivas, serviu também para a realização de outras actividades, tais como festas e bailes. Com a mudança do Liceu para os aterros da Praia Grande, o edifício passou depois a servir de Dispensário Anti-Tuberculoso e, presentemente, no novo edifício que se construiu naquele terreno e no terreno anexo, funciona o Centro de Saúde do Tap Siac.
(14) A Praça do Tap Siac foi concebida pelos arquitectos Carlos Marreiros e José Maneiras e pelo engenheiro civil Chui Sai Peng, aliás, José Chui.
Uma nota final de agradecimento a todos aqueles que deram o seu contributo na identificação de pessoas ou famílias que viveram no Bairro Tap Siac, em particular, Telmo Martins, Geraldo Rodrigues, João Gageiro e, ainda, Carlos Lemos, tendo este ajudado a obter a confirmação de nomes de várias pessoas, actualmente residentes fora de Macau.
Muitos obrigado por estas fotografia es minha Terra e meu barrio eu nasci ,vive na rua Tap_seac numero 14 C meus vizinhos são como minha família beijinho e saudades desde Espanha (Valencia)
Obrigado pelo comentário Judite. Bom tem ajudado a você matar as saudades de Macau. Abraços/Abrazos
Falei com o Manuel Basilio , recentemente em Macau no Cafe’ de Santa Casa da Misericórdia . Grande escritor e fotografo. Tenho lido com regularidade os seus artigos, ilustrados com fotografias nas Cronicas Macaenses.
Foi sem dúvida agradável a conversa que tivemos em Macau, no Centro de Convívio da Santa Casa da Misericórida. Agradeço o seu apreço por este e outros artigos meus, publicados em Crónicas Macaenses. Como costumo dizer, sou apenas um pesquisador e o que escrevo destina-se a divulgar coisas de Macau sobretudo a macaenses da diáspora.
Como sempre, o Manuel Basílio deixou escrito um exaustivo trabalho de pesquisa e de memoráveis recordações do Bairro de Tap Siac, especialmente do famoso poço no campo da Caixa Escolar. Eu fiz parte do grupo da rapaziada que frequentava quase todas as noite tal lugar e era também um dos contadores de histórias misteriosas e arrepiantes (1947/1949)…logo, conheci muito bem famílias que viviam naquele Bairro. Da última pesquisa sobre o Bairro de São Lázaro foi igualmente muito valiosa e agradável de ler seu conteúdo. Como em Macau (onde residi 55 anos antes de me fixar em Portugal), não seria má opção de, num breve futuro relatar também os Bairros de “baixo Monte” e “baixo Guia”, bairro de São Lourenço, Lilau, Barra e Santo António, já que (penso eu), foram bairros muito populares e preferenciais dos moradores macaenses. Claro.
que sugerir é uma coisa, pesquisar e desenvolver o conteúdo, é outra coisa bem diferente.
Agradeço o seu comentário e sugestão. Quando possível, vou fazendo as minhas pesquisas, que nem sempre são fáceis. O Bairro de Sto. António está nos meus planos, pois foi onde passei grande parte da minha juventude. O “baixo Monte” também tem interesse, visto que ali viveram muitas famílias macaenses, designadamente os Santos e Silvas. Quanto a Lilau, já existe um artigo em que estão mencionados quase todos os últimos residentes daquele bairro. Se estiver interessado, basta aceder a: https://cronicasmacaenses.com/2017/06/26/macau-de-patane-a-lilau-artigo-de-manuel-basilio-conta-com-detalhes-a-historia-e-os-dias-de-hoje/
Caro Amigo
Muito Obrigado!
Muito Boa investigação sobre este bairro.
Espero que continuemos a beneficiar dos seus estudos!
Estou a fazer o estudo tipologico dos edificios nessa area, mas vai demorar tempo, e e’ preciso contar com o apoio dos Macaenses que viveram nessa area.
Um grande abraco
Francisco Vizeu Pinheiro
Achei muito interessante. Tap Seac onde nasci e vivi (1952-66) mesmo na Trav. do Tap Seac nº1, frente ao Campo. Brinquei ali em criança com a garotada e depois ainda muito jovem fui conhecendo outros residentes que considerava seniores. Na minha casa viveram 3 gerações: a família Simões (da minha mãe) até anos 40s (2ª Guerra), depois meu pai médico Alberto Basto, e então meus irmãos e eu! Como o meu caso, há ainda muito por contar sobre Tap Seac, e que cada contribua para enriquecer esta PRECIOSA PESQUISA consoante entender.
Agradeço o seu comentário e apreço por este meu trabalho. Apesar de ter despendido bastante tempo em pesquisas, há sem dúvida muito mais por contar sobre Tap Siac, designadamente assuntos que já não cabem neste artigo. Relativamente a famílias que viveram naquele bairro, espero que os antigos residentes possam dar um contributo, não só na confirmação, mas também na rectificação ou completamento de nomes daqueles que ali viveram.