Beijing (Peking) : Forbidden City (or Palace Museum) and the Outer Court in detail
Na região metropolitana de Beijing (Pequim), no mínimo, duas atrações turísticas são imperdíveis e roteiros obrigatórios mesmo que a estadia seja curta. São: a Grande Muralha e a Cidade Proibida que nesta postagem vai ser mostrado o Pátio Externo que servia para cerimoniais dentro das suas muralhas, com fotos detalhadas e explicativas. Noutra postagem, visitaremos o Pátio Interno que compreende as instalações do imperador e familiares.
Chama-se Cidade Proibida pois foi construída, com seus 720 mil metros, toda cercada de muros para residência do imperador e recintos para eventos e cerimoniais presididos pelo mandatário por mais de 500 anos. Neste magnífico complexo que abriga 9.999 construções e instalações (que inclui, além de palácios e templos, também lagos e parques) era proibida a entrada de qualquer cidadão comum, salvo os que trabalhavam para o imperador e aqueles designados para cerimoniais específicos, havendo controle com rígido sistema de segurança.
O primeiro acesso para a área da entrada oficial para o complexo cercado se faz pelo Portão Tiananmen (acima), a famosa construção com a fotografia de Mao Tse Tung que fica diante da Praça da Paz Celestial.
Imagem abaixo: áreas assinaladas dos Pátios Externo e Interno. Para visitar por completo todo o complexo entre os muros que circundam a Cidade Proibida e cercada por um fosso de água exigiria quase o dia todo, embora para uma visita rápida já pode ser feito em pouco menos de meio dia. Infográfico de autoria desconhecida.
Publicação e fotos de/photos by Rogério P D Luz – Fonte e textos da Wikipédia
Wikipédia
A Cidade Proibida (chinês: 紫禁城; pinyin: zǐ jìn chéng; literalmente “Cidade Proibida Púrpura“) foi o Palácio Imperial da China desde meados da Dinastia Ming até ao fim da Dinastia Qing. Fica localizada no centro da antiga cidade de Pequim, acolhendo atualmente o “Palácio Museu“. Durante quase 500 anos serviu como residência do Imperador e do seu pessoal doméstico, sendo o centro cerimonial e político do governo chinês.
O título de Cidade Proibida surgiu pelo fato de somente o imperador, sua família e empregados especiais terem permissão para entrar no conjunto de prédios do palácio. Trata-se de uma cidade dentro de outra cidade. Sede de um governo burocrático que comandou o império mais populoso da Terra, é o maior palácio do planeta, cujos rumores sempre apontavam a existência de 9 999 divisões. Durante séculos, apenas a família do imperador, além dos oficiais e empregados mais graduados tinham permissão de entrar no local. Qualquer outra pessoa que ousasse atravessar seus portões sem a devida autorização, era sujeita a uma execução sumária e dolorosa.
No século XX, a Cidade Proibida sofreu uma transformação extraordinária. O século começou com o fim de uma dinastia e a expulsão do último imperador, Puyi. A sua queda em 1912 marcou o fim de séculos de imperialismo e 500 anos da Cidade Proibida como capital do Império Chinês. O palácio foi aberto como museu em 1925, mas sofreu com a ofensiva japonesa em 1931, quando cerca de 19 mil caixas contendo artefatos foram retiradas da Cidade Proibida. Os objetos voltaram a Pequim após a Segunda Guerra Mundial, mas o palácio estava totalmente degradado. O trabalho de recuperação começou em 1950. Notáveis e inesperadas descobertas ainda estão sendo feitas à medida que técnicas antigas são combinadas com a tecnologia moderna para restaurar um dos palácios mais magníficos da Terra.
A Cidade Proibida está dividida em duas partes: o Pátio Exterior (Outer Court), ou Pátio Frontal, que inclui as seções Sul e foi usado para propósitos cerimonias, e o Pátio Interior (Inner Court), ou Palácio Traseiro, que inclui as seções Norte e servia como residência do Imperador e da sua família, sendo ainda usado para os assuntos de Estado cotidianos.
Construído entre 1406 e 1420, o complexo consiste em 980 edifícios sobreviventes, com 8.707 seções de salas e cobre 720 mil metros quadrados. O complexo exemplifica a arquitetura palaciana tradicional chinesa, tendo exercido influências culturais e arquitetônicas desenvolvidas na Ásia Oriental e um pouco por todo o lado. A Cidade Proibida foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade em 1987, estando listado pela UNESCO como a maior coleção de antigas estruturas de madeira preservadas no mundo.
A História da Cidade Proibida estende-se por cerca de seis séculos, desempenhando o papel de palácio imperial durante 500 anos, desde a época do Imperador Yongle, terceiro soberano da Dinastia Ming, até ao final da Dinastia Qing, em 1911. Na década de 1920 foi transformado em museu, função que desempenha até à atualidade com o nome de “Palácio Museu”.
Tradicionalmente, a Cidade Proibida está dividida em duas partes; o Pátio Exterior (外朝), ou Pátio Frontal (前朝), que inclui as seções Sul e foi usado para propósitos cerimonias, e o Pátio Interior (内廷), ou Palácio Traseiro (后宫), que inclui as seções Norte e servia como residência do Imperador e da sua família, sendo ainda usado para os assuntos de Estado cotidianos. A linha imaginária, representada na planta abaixo, mostra a divisão aproximada dos dois pátios. Geralmente, a Cidade Proibida tem três eixos verticais. Os edifícios mais importantes situam-se no eixo central Norte-Sul.
Planta acima da Cidade Proibida: A linha tracejada em vermelho representa a divisão aproximada entre o Pátio Interior (Norte) e o Pátio Exterior (Sul). Legenda: A: Portão Meridiano / B: Portão da Grandeza Divina / C: Portão Glorioso Oeste / D: Portão Glorioso Este / E: Torres de canto / F: Portão da Harmonia Suprema / G: Galeria da Harmonia Suprema / H: Galeria da Eminência Militar / J: Galeria da Glória Literária / K: Três Lugares Sul / L: Palácio da Pureza Celeste / M: Jardim Imperial / N: Galeria do Culto Mental / O: Palácio da Longevidade Tranquila.
O PORTÃO MERIDIANO tem duas alas salientes, formando três lados de um quadrado (Praça Wumen, ou do Portão Meridiano) em frente deste. O portão tem cinco entradas. A entrada central faz parte da Via Imperial, um caminho de pedra que forma o eixo central da Cidade Proibida e da própria antiga cidade de Pequim, e que liga o Portão da China, a Sul, ao Jingshan, a Norte. Apenas o Imperador podia caminhar ou passear na Via Imperial, com exceção da Imperatriz por ocasião do seu casamento, e estudantes de sucesso após o Exame Imperial.
Já dentro da Cidade Proibida, vista do Portão Meridiano (a entrada) do Pátio Externo
Entrando pelo Portão Meridiano encontra-se uma grande praça, perfurada pelo serpenteante Rio Interior de Água Dourada, o qual é atravessado por cinco pontes. Para lá da praça ergue-se o Portão da Suprema Harmonia (“F” no mapa acima). Mais além fica a Praça da Galeria da Suprema Harmonia[46] A partir desta praça eleva-se um terraço em três camadas de mármore. No topo deste terraço erguem-se três galerias, o foco do complexo palatino. A partir do Sul sucedem-se, a Galeria da Harmonia Suprema (太和殿), a Galeria da Harmonia Central (中和殿) e a Galeria da Harmonia Preservada (保和殿).
Sobre a Água Dourada que flui de oeste para leste, cinco pontes de mármore que simbolizam cinco virtude do confucionismo e que fazem ligação com o Portão da Suprema Harmonia ,a primeira edificação do Pátio Externo:
Sobre a ponte de mármore (acima), vista do Portão da Suprema Harmonia (abaixo):
O Portão da Harmonia Suprema que precede a Galeria de mesmo nome, de dois beirais e 24 metros de altura, passou a ser ocupado em banquetes na Dinastia Qing (1644-1912).
As escadarias de mármore com a rampa central esculpida de dragões:
Acima, abaixo e seguinte, fotos de edificações laterais:
SIMBOLISMO: O desenho da Cidade Proibida, do seu esboço geral ao mais pequeno detalhe, foi meticulosamente planejado para refletir os princípios filosóficos e religiosos, e sobre todos os simbolismos a majestade do poder Imperial. Entre os mais notáveis exemplos simbólicos incluem-se:
• o Amarelo, como a cor do Imperador. Desta forma, quase todos os telhados da Cidade Proibida ostentam telhas amarelas vidradas. Existem apenas duas exceções.
Detalhes do teto bem decorado e com seus guardiões para proteger a construção de incêndios:
A entrada para o Portão da Harmonia Suprema protegida por dois leões de bronze, uma tradição chinesa. O macho é retratado com uma bola sob a parte e a fêmea tem um filhote sob a pata.
SHISHI (língua chinesa: 石獅子) , é um elemento cinoforme presente nos templos chineses, habitualmente em pedra. Traduzido como “LEÃO“, mas também pode se referir a cão, com poderes mágicos e a capacidade de repelir espíritos maléficos. Um par de shishi, tradicionalmente, monta guarda do lado de fora dos portões dos templos shinto e templos budistas (embora templos sejam mais frequentemente guardados por protetores Nio). O shishi aparece com sua boca aberta (para assustar os demônios) ou fechada (para abrigar e manter os bons espíritos).
Outra tradicional explicação para a boca aberta e fechada tem relação com “Ah” e “Un” (“Ah” é a primeira letra do silabário japonês e simboliza boca aberta, enquanto “Un” é a última letra e representa uma boca fechada). Dizem que esta combinação representa simbolicamente nascimento e morte. Essa besta mítica foi provavelmente introduzida no Japão pela China e/ou Coréia, nos séculos VII ou VIII. Para os japoneses, o shishi combina elementos do Koma-inu coreano (cão coreano) e Kara-shishi chinês (leão chinês). Uma teoria considera que o shishi deriva do Foo Dog chinês. À propósito, como os leões não são próprios do Japão, China ou Coréia, supostamente devem ter entrado nessas nações, na forma de arte importada, com antigos traços do animal, aparecendo na dinastia Han (cerca de 208 a.C. a 221 a.C.), podendo também estar relacionado aos tigres, grandes felinos do continente asiático.
Rica decoração do teto da edificação do Portão da Harmonia Suprema:
O interior do Portão da Suprema Harmonia que dá acesso à Galeria de mesmo nome, a Harmonia Suprema.
PORTA DE USO IMPERIAL: Some cada face da porta e verá que cada um possui 9 linhas com 9 cravos de latão somando um total de 81. Correspondem aos números ímpares do yang (elemento masculino associado ao imperador), 3, 5, 7 e o número principal de 9. Considera-se muito afortunado o resultante de 9 vezes 9, tanto assim que as portas de uso imperial geralmente possuem 81 cravos de latão.
A Galeria da Harmonia Suprema (“G”) é a maior e ergue-se cerca de 30 metros acima da praça. É o centro cerimonial do poder imperial, e a maior estrutura em madeira sobrevivente na China. Durante a Dinastia Ming, o Imperador reunia aqui a Corte para discutir assuntos de estado. Durante a Dinastia Qing (1644-1912), uma vez que os Imperadores reuniam Corte com muito mais frequência, a Galeria da Harmonia Suprema apenas foi usada com propósitos cerimoniais, tais como coroações, investiduras e casamentos imperiais.[
Nas três fotos seguintes, a Galeria da Harmonia Suprema vista das escadarias de mármore do Portão do mesmo nome. É a maior sala do Palácio. Em ocasiões importantes, era utilizada para entronização de um imperador.
Nas fotos seguintes, a grande Praça da Galeria da Suprema Harmonia. A partir desta praça eleva-se um terraço em três camadas de mármore. No topo deste terraço erguem-se três galerias, o foco do complexo palatino
Na foto acima e abaixo, as construções laterais que ficam na área entre o Portão da Harmonia Suprema e a Galeria da Harmonia Suprema.
Nas três fotos seguintes, vista do Portão da Harmonia Suprema e a grande praça que deu acesso à Galeria de mesmo nome.
GARÇA: A garça integra a cultura chinesa. Simboliza a longevidade e a pureza, assim costuma enfeitar pátios, telhados de casas e os templos.
Área que antecede a Galeria da Harmonia Suprema, após subir as escadarias:
Na foto abaixo podemos ver o trono dourado do imperador.
Os Guardiões do Telhado em números ímpares estão presentes em todas as extremidades do telhados das construções. Estão associados à água e deveriam protegê-las de incêndio.
Os telhados de arestas inclinadas dos edifícios estão decoradas com uma linha de estatuetas. O número de estatuetas representa o estatuto do edifício — um edifício secundário deve ter 3 ou 5. A Galeria da Harmonia Suprema tem 10, o único edifício no país com permissão para ter tal número de estatuetas nos tempos imperiais. Como resultado, a sua décima estatueta (denominada de “Hangshi”, ou “décima classificada” é algo único nos edifícios pré-modernos.
Abaixo: os caldeirões em bronze ficavam cheios de água para combater o fogo em caso de incêndio.
O esquema de edifícios segue costumes ancestrais registrados na obra Clássico de Ritos. Por esse motivo, templos ancestrais estão em frente do palácio. As áreas de armazenamento estão colocadas na parte frontal do complexo palatino, e as residências na parte de trás.
Construções laterais para serviços auxiliares. Foto acima, abaixo e seguinte:
O relógio de sol imperial e a placa explicativa em inglês:
Placa na porta lateral da Galeria da Harmonia Suprema indica o acesso à Galeria da Harmonia Central, Galeria da Harmonia Preservada, Palácio da Pureza Celestial, Galeria do Tesouro e a Sala de Relógios.
Área que compreende a parte traseira da Galeria da Harmonia Suprema, a Galeria da Harmonia Central e a Galeria da Harmonia Preservada:
Vista traseira do Portão da Harmonia Suprema que dá acesso ao Portão da Harmonia Central, uma sequência de três construções.
A Galeria da Harmonia Central é uma galeria quadrada mais pequena que a anterior Galeria da Harmonia Suprema, e era utilizada pelo imperador para se preparar e descansar antes e durante as cerimônias. Possui um trono imperial.
Ao fundo a Galeria da Harmonia Preservada.
O trono do imperador na Galeria da Harmonia Central.
DRAGÕES CHINESES: o dragão chinês é um curioso híbrido formado de partes de diversos animais: corpo de cobra, chifres de veado, orelhas de touro, garras de falcão e escamas de peixe. Dotado de características mágicas, voa, nada, transforma-se em outros animais, traz chuva e protege contra os maus espíritos. O dragão de cinco garras representava o poder do imperador e, portanto só podia adornar as construções imperiais. Benéfico, oferece proteção e boa parte. Por isso, seu desenho aparece em telas e em pistas de mármore. Ainda é amplamente utilizado em festividades chinesas, como do Ano Novo chinês.
Galeria da Harmonia Preservada, a qual era usada para ensaiar cerimônias, além de ser o local da última etapa do Exame Imperial. Apresenta trono imperial maior e mais elaborado que a anterior Galeria da Harmonia Central.
A rampa Norte (foto acima e abaixo), atrás da Galeria da Harmonia Preservada, é entalhada numa única peça de pedra com 16,57 metros de comprimento e 1,7 metros de espessura decorada com dragões de cinco patas. Esta pesa cerca de 200 toneladas e é a maior entalhada desta forma na China.
A construção lateral à esquerda.
Outra construção lateral à direita:
Aqui termina o Pátio Exterior, no Portão da Pureza Celeste. Subindo a rampa e passando por uma das três portas, o visitante estará no Pátio Interior, onde, na Dinastia Qing, o Imperador quase exclusivamente lá vivia e trabalhava. O Pátio Exterior era utilizado para propósitos cerimoniais.
O ÚLTIMO IMPERADOR DA DINASTIA QING – A Qing foi a última dinastia imperial da China; os seus imperadores ocuparam a sua capital entre 1644 e 1912, quando, no seguimento da Revolução Xinhai, uma república foi estabelecida e o último imperador da China, Pǔyí Xiānsheng, abdicou. A história foi contada no filme “O Último Imperador” de 1987 do diretor Bernardo Bertolucci.
Nas próximas três fotos, uma vista panorâmica da área final do Pátio Exterior, da direita para a esquerda.
Dois leões guardam o acesso para o Portão da Pureza Celestial. O da direita é o macho com a sua pata em cima de uma bola. A fêmea ao fundo tem um filhote debaixo da pata.
Decoração das paredes laterais do Portão da Pureza Celestial.
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