Nos cruzeiros marítimos que fiz pelos navios MSC Armonia e Costa Victoria nos Natais de 2010 e 2011, produzi várias fotos que procuravam transmitir a imagem da solidão, que o mar provoca no nosso íntimo. Quando no mar, a gente é um grão de areia naquela imensidão a provar que o mundo é redondo. O mar não mede a condição social da pessoa. Diz que somos todos iguais, quando à mercê das suas ondas, ora tranquilas ora furiosas, a embalar aquilo que chamamos de navio. Eu respeito o mar e amo essa solidão, que me traz paz de espírito.
Convido assim aos amigos leitores para verem estas imagens da paz, e sintam a solidão do mar regada por poemas:
fotografias de/photos by Rogério P.D. Luz
(clicar nas fotos para tamanho maior)
Solidão
Imensas noites de Inverno, com frias montanhas mudas, é o mar negro, mais eterno, mais terrível, mais profundo.
(…)
A noite fecha seus lábios – terra e céu – guardado nome. E os seus longos sonhos sábios geram a vida dos homens.
Geram os olhos incertos, por onde descem os rios que andam nos campos abertos da claridade do dia.
Cecília Meireles, in ‘Viagem’
Poeta/escritora – Brasil – 1901/1964
Solidão
Estás todo em ti, mar, e, todavia, como sem ti estás, que solitário, que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante, qual minha fronte, tuas ondas, como os meus pensamentos, vão e vêm, vão e vêm, beijando-se, afastando-se, num eterno conhecer-se, mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes, pulsa-te o coração e não o sente… Que plenitude de solidão, mar solitário!
Juan Ramón Jiménez, in “Diario de Un Poeta Reciencasado” Tradução de José Bento – Espanha – 1881/1958
Canção do Mar
Fui bailar no meu batel Além do mar cruel E o mar bramindo Diz que eu fui roubar A luz sem par Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel Não vou ao mar cruel E nem lhe digo aonde eu fui cantar Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Vem saber se o mar terá razão Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel Não vou ao mar cruel E nem lhe digo aonde eu fui cantar Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
letras da canção portuguesa de autoria de Frederico de Brito (letras) / Ferrer Trindade (música)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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