18 anos se passaram desde aquele almoço no bom restaurante chinês no bairro de Moema em São Paulo. Assim foi fundada a Associação da Casa de Macau. Porque não, Casa de Macau de São Paulo? O que me contaram na época, foi por questões técnicas e contábeis.
Na realidade, nem poderia ser chamada “de São Paulo” na sua fundação, talvez “do Brasil”, pois pensava-se que seria uma única Casa de Macau no País. O Rio de Janeiro seria uma espécie de “sucursal ou filial” da sede em São Paulo. Tanto que foram convidados membros da comunidade do Rio, inclusive eles foram signatários da homologação (ufa … escrevi certo, pois no meu video-foto-clip, errei e escrevi por engano “homogação”).
No entanto, o Rio fica a 500 km de São Paulo e lá a comunidade macaense tem um considerável número de membros. Obviamente que seria muito incómodo a eles, terem que vir “pedir massa” em São Paulo e ainda apresentarem seus motivos. Daí partiram para o seu grito de autonomia e depois de muita insistência, conseguiram o grande feito. Foi fundada a Casa de Macau do Rio de Janeiro, e com uma vantagem. A sede é própria.
Diferentemente de São Paulo, que tem uma imponente sede, “um modelo” como se diz e de facto tem impressionado muito aos seus visitantes, mas, ela não pertence à comunidade macaense local. A sede foi adquirida pela Fundação Oriente e cedido para usufruto através de um contrato por comodato, por tempo indeterminado. Após adquirida, a comunidade mobilizou-se e conseguiu recursos de várias fontes, inclusive da própria Fundação, e lá foram construídos um ginásio, piscina, reforma das instalações do prédio principal e a construção da residência, o nome oficial de hoje, pois tem lá várias denominações, e etc. etc. Na verdade, o imóvel hoje, com certeza, tem um valor comercial muito maior, graças ao empenho da comunidade e as várias constribuições recebidas. Não cito nomes para não criar polémicas e cometer injustiças por omissão involuntária.
Eu, particularmente, preferiria que a comunidade de São Paulo tivesse uma sede própria, tal como qualquer pessoa que tem o sonho da casa própria. Mas é um assunto delicado.
E assim, com os seus 18 anos (seria maioridade?), a Associação da Casa de Macau (de São Paulo) vai sobrevivendo nas suas instalações de cerca de 5.000 m2, com um custo mensal alto (que venham mais subsídios e auxílios). Uma comunidade, que ao rever as fotos nesse meu video-foto-clip, percebi … como nos envelhecemos !!! Tanto o esforço pela nova geração para uma conscientização da sua continuidade no futuro, isso eu apoio, embora, a sobrevivência nos próximos anos, ainda esteja na mão dessa gente que envelheceu, mas, não tanto, e que faz parte da próxima (ou actual) geração, digamos, hoje na faixa dos seus 45 em diante, algo assim, pode ser menos também (assim politicamente correcto falando). Não refiro a mim, pois não sou candidato a nada na próxima eleição e nem condeno a iniciativa de qualquer pessoa fora dos parâmetros citados. Tenho meus projectos próprios, como esse do Projecto Memória Macaense, que mesmo (lá sei, num mundo imaginário) venha se tornar uma ONG, nunca será uma proliferação de Casas de Macau, pois tem um objetivo específico, diferente de uma CM. Somente seria uma colaboradora, como de facto, na festa desses 18 anos, fez um ensaio do que poderia ser, ao exibir dois video-foto-clip (com atribuição de iniciativa ao PMM) que conseguiu cativar o público e mantê-lo, na sua maioria (salvo uns que se distrairam com outros assuntos), em silêncio. O facto é que o PMM é uma realidade hoje, mesmo que exista só virtualmente no mundo da Internet, sem ser uma pessoa jurídica. Algo que me deixa pensativo.
Gratificante foi ouvir comentários de brasileiros, que com o video puderam assim conhecer um pouco mais de Macau. Gratificante, também, foi ouvir de alguns conterrâneos, que se emocionaram ao rever os velhos tempos da nossa gente e da nossa terra. Tanto que tratei de divulgar os videos-foto-clips no YouTube.
É isso !!!
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.


Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.


cartaz de Ung Vai Meng

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

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Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]

No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
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