Poderia falar do próprio Teatro Oriental, em Macau, contar a sua história, mas por enquanto não, aliás preciso ver onde tem algo que fale dele. Vou fazer um pequeno comentário da Saída, que fica na parte de trás do Teatro. Sabem porque? É que ficava exatamente defronte à casa onde eu morava na Calçada do Tronco Velho nº 15. Veja na foto que para nós, era um “luxo”. Havia um recuo e tranquilamente lá meu irmão Álvaro Luz estacionava o nosso Herald (à direita da foto) e o meu cunhado Manuel Ramos, parava o seu conversível (muito estilo) que depois te digo a marca, deu um branco geral na memória agora!
Um detalhe ainda viva na memória dessa saída do Oriental, remonta ao “1, 2 e 3” dos anos 60. Sabem bem, não? Aqueles tumultos da guarda vermelha do Mao que aconteceu em Macau. Lembro que numa tentativa para conter os ânimos bem exaltados dos maoístas, desceu uma formação de policiais da Delegacia/Esquadra que ficava perto da Escola Comercial. Eram uns 20 talvez, mais ou menos enfileirados. Imaginem só … para conter centenas! Pois bem, mal durou menos de 15 minutos, lá os policiais, coitados, magrinhos, voltaram correndo a subir o Tronco Velho, outros, acreditem, desciam do muro que delimitava a área da Saída do Oriental. Era uma altura e tanto. Não sei como escalaram do outro lado e de onde vieram. Penso que seja da parte de trás do Leal Senado, ou da rua que fica na lateral do Teatro Apolo (porta de saída). Era um pânico geral! Seria hilariante, se não fosse pela gravidade e tristeza pelo que estava a ocorrer e que mudou a história de Macau. (Para sua orientação, o muro fica atrás dos carros estacionados, na foto).
Quem estudava na Escola Comercial deve-se lembrar bem dos carros, dessa saída e da gente que morava no nº 15 da Calçada do Tronco Velho. Quanto ao Teatro Oriental, lembro que ia de vez em quando assistir uns filmes china, ou de lutas marciais, ou aqueles de extrema tristeza ou super drama (hôu chám) em que no final é aquela choradeira. Sempre morre alguém! Saía sempre com lágrimas nos olhos.
Noutra foto menor podem ver a Calçada do Tronco Velho, a saída e a nossa casa no nº 15 e o Teatro Oriental. Saudades? Nem fala, “saudadérrima” se existe esta palavra, ou seja, muitaaaaaaaassssss saudades dessa época. Oh Deus, éramos tão felizes e não sabíamos! A propósito, subindo a Tronco Velho, com estilo, hehehe, eram os meus amigos António Canhota e António Mendonça.
Aliás, se o Teatro exibia filmes, porque não chamávamos Cinema em vez de Teatro? Tomo por exemplo aqui no Brasil em que há essa distinção. Penso que o termo vem de longa data, história.!!! Desculpe-me por qualquer ignorância …
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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