(clicar na foto para aumentar)
A foto faz parte do livreto que o Seminário publicou com resumo do ano lectivo 1962-1963 – 1963-1964. Graças a Deus que naqueles tempos já era meio saudosita e trouxe na minha bagagem de imigrante. Ainda tenho de 1961 e de 1965-1966 – 1966-1967. Nesta última época, o Seminário São José só tinha 2 classes. Já há tempos que deixou de ter o curso primário, e o secundário ia ano a ano elimando as classes. Era o fim do Seminário para alunos externos. Uma pena!!! Quando aluno já sentia o fim se aproximando e ficava triste de um modo. A cada ano era menos gente. Não sei o porque do motivo!
Com relação aos professores que vêm na foto, só saudades e lembranças, boas e ruins, mas no final, tudo valeu para o nosso bom aprendizado. Uma lembrança marca bem, a do professor de Inglês – Eliseu Décio Botelho. Ele está logo atrás do Bispo D.Paulo J.Tavares. Num dia comum de aula, quando eu ainda no Curso Primário, um aluno escrevia no quadro negro. O prof. Botelho sentado na mesa diante dos alunos, num momento, apoiou a cabeça sobre os seus braços como se estivesse tirando um cochilo. Estranhámos! E à medida que o tempo passava, ele não levantava para continuar a aula. O chamámos e nenhuma reação! Fomos correndo para avisar o Prefeito na secretaria, não me recordando se já era o Padre Marta. E veio a constatação típica do falecimento de uma pessoa. O prof. Botelho tinha falecido na nossa frente, porém passou desta para o melhor de forma muito suave. Teve uma boa morte, tranquila! Penso que seria o desejo de muita gente, já que é inevitável que isso acontecerá a todos nós. Que ele já esteja descansando em paz desde a época. Era uma pessoa tranquila, não nos dava raspas (broncas) e muito menos carregava uma rota consigo para as devidas palmatórias.
Comentar de todos os professores tanto dos alunos externos como internos (seminaristas) iria prolongar demais esta postagem. Se vocês tivessem o costume de comentar, poderiam enriquecer esta postagem, mas entendo que o jeito de ser do macaense é de uma certa reserva. Não somos assim de falar abertamente. Somos de facto mais reservados e discretos. Também sou assim, só por acaso tenho sites e blog onde sou um pouco mais expansivo.
Mas é interessante ver e lembrar o Alberto Remédios, professor de dactilografia. Eram aquelas máquinas de teclas redondas e de cor preta, sempre com algum defeito. Fico a imaginar se hoje existem aulas de “teclar”. Sem aulas, o jovem é mais jovem que a gente antigamente, que até competiamos para ver quem era mais rápido. Lembram daquele exercício de “a s d f g” que era o começo do aprendizado? Cada dedo numa tecla. Nada de usar o dedinho indicador para todas as teclas. Além dele, Padre Marta que hoje reside no litoral de São Paulo, parece que aposentou-se. Há tempos que não temos notícias dele. Padre Nunes característico pela sua barba e óculos escuros e o Padre Vaz que gostava de temperos e comida picante. E do prof. Sapage? Muito rigoroso que não perdoava umas boas palmatórias com a rota. “Ui …”. Ah, o Padre Mendes que se emocionava nos seus sermões nas missas “obrigatórias” para os alunos, algumas de 3 horas. Também dava um puxão ou melhor torcida das orelhas quando erravamos. Observando bem, falta o Padre e Maestro Áureo. Pena que não aproveitei bem as aulas dele para aprender solfejo. Achava e ainda acho muito difícil. Assim, toco viola/violão de ouvido.
Não deixem de ver no Projecto Memória Macaense o último Encontro dos antigos alunos do Seminário de São José, neste ano em Macau. Oriente-se pela Página-Guia de Memória Macaense. Os livretos acima irão me ajudar a montar uma publicação mais completa sobre a minha escola, o Seminário, mas no site que cumpre a sua missão de Memória Macaense.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Foi graças a um dvd distribuído por um dos seus filhos, que possibilitou ao Projecto Memória Macaense – PMM montar diversos vídeos filmados por Hércules António que nos trazem velhas e memoráveis lembranças daquela Macau antiga que mora no coração dos macaenses e daqueles que tiveram vivência no território. Os vídeos publicados no YouTube nos […]
No livro “Meio Século em Macau” de J. J. Monteiro (José Joaquim Monteiro) composto por dois volumes, nas últimas páginas do Volume II estão as letras da canção “Macau (linda)”, que infelizmente não temos a gravação e nem se sabe se houve, talvez nos arquivos pessoais de algum macaense ou familiares. Trata-se de uma música […]
Os Brasões de Macau portuguesa são todos inspirados nos estilos heráldicos tradicionais da Europa. O primeiro brasão de armas de Macau foi usado até ao final do século XIX. É apenas constituído pelas armas de Portugal cercado pela inscrição Cidade do Nome de Deus, Não Há Outra Mais Leal. O segundo brasão de armas foi […]
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