As pinturas e os textos abaixo foram coletados do livro edtado pelo antigo Leal Senado de Macau e Serviços Receativos e Culturais em 1996, sob a coordenação geral de António Conceição Júnior, quando Macau ainda era portuguesa (a transição para a China ocorreu em 1999). O livro sob o título do artista chinês nascido em Macau, tem o sub-título de Retrospectiva de Pintura de 1960 a 1996. Possui 79 itens, entre pinturas, caligrafias e desenhos e que foram objeto de exposição na Galeria de Exposições Temporárias do Leal Senado em Julho de 1996. Estive lá pois encontrava-me em Macau na ocasião, e comprei o livro. Aprecio bem a arte chinesa. Para quem não saiba, a caligrafia chinesa é arte na China.
Introdução
Mestre U Kwan Vai, pintor, escritor e poeta, originário de Tai Shan, Guang Dong, nasceu em Macau em 1928 e licenciou-se na Faculdade de Artes da Universidade do Povo Republicano.
Montanhas e água, flores e plantas, pequenos pássaros e peixes são os seus temas de eleição. Mas, este poeta-pintor não se limita a desenhar paisagens: interpreta-as poeticamente e expressa sentimentos profundos através de pinturas encantadoras.
A predominância da tinta da China nos seus trabalhos vem ao encontro do seu gosto pelas cores. Com o negro pinta a cor. De acordo com a Bíblia Budista – “colorido é vazio” – , ele liberta-se das amarras da cor para aceder a outros níveis artísticos. A sábia combinação da arte tradicional chinesa com a arte moderna ocidental, confere uma feição muito própria ao estilo de U Kwan Vai.
Há 36 anos, realizou-se em Macau a sua primeira exposição. Desde então, participou em diversas exposições, individuais e colectivas.
“Após desperdiçar 36 anos,/ Não perderei mais tempo!”. Estes versos, escritos pelo artista, não correspondem, de forma alguma, à verdade. Ao longo destes anos, U Kwan Vai tem trabalhado diariamente na sua arte e participado em várias associações artísticas.
Actualmente (em 1996), é vice-presidente da Associação de Convergência de Arte de Hong Kong, consultor principal da Fraternidade de Encontro Artístico, presidente da Associação Mundial para o Intercâmbio Artístico e Cultural de Macau, consultor da Academia das Artes Visuais de S. Paulo e secretário-geral da associação “Pen of Macau”.
Em 1990, o Governo de Macau atribuiu a U Kwan Vai a ” Medalha de Mérito Cultural”. As suas obras foram expostas em vários países: Portugal, Coréia do Sul, Japão e República Popular da China.
Esperamos que U Kwan Vai obtenha os mais brilhantes sucessos nesta área infinita.
Li Cheng Jun
Impressões sobre a “Exposição de Pintura do Mestre U Kuan Wai“
Encontrei-me pela primeira vez há dez anos com o Mestre U Kuan Wai, na cerimónia de inauguração da exposição de obras do Instituto de Belas-Artes Chinesas de Xangai realizada em Zhuhai.
Fiquei impressionado com a sua simplicidade e simpatia. É um artista que gosta de pintar montanhas e águas, figuras de homens e mulheres. É apreciador de caligrafias, pinturas, selos e relógios antigos. Tem uma particularidade interessante que é o gosto pelos bailes ocidentais, apreciando a valsa e o fox.
Apreciei algumas obras do Mestre U Kuan Wai, pintadas ao estilo tradicional chinês. Este pintor consegue transmitir aos apreciadores os sentimentos e emoções das pessoas que residem fora do seu País.
Foi realizada há trinta e seis anos a primeira exposição do Mestre U Kuan Wai. Espera-se com grande ansiedade uma exposição colectiva das suas obras-primas.
Nam Yang Dou Lu, 31 de Março de 1996
Han Tian Heng
Peónia (pintura num leque) 1983
Peixes Dourados 1995
Pinheiro e Grou 1984
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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