Atenção senhores “navegantes” – Macau à vista!!! Talvez devesse assim ser anunciado nos alto-falantes do turbo jet que transportava este macaense residente no exterior, “da diáspora” o tal nome técnico não muito simpático, que retornava à sua terra natal, desde a sua última visita em Agosto de 2008. Aliás, aquela visita para acompanhar o pessoal da TV Globo para pesquisas e preparação para as gravações de cenas (decepcionantemente curtas) da novela Negócio da China, infelizmente, que pouco agradou.
Com Macau a surgir no meio da névoa que insiste em marcar a sua presença em Macau e Hong Kong, muito ruim para fotografia, procuro logo a atualizar o panorama de minha terra. Vejo uma nova construção em forma similar a um 1/2 ovo, perto do Casino MGM, alguns prédios novos, uma espécie de torre no morro da Guia. Procuro adivinhar o que são. Fica a dúvida! O Farol da Guia, então, não serve aos navios que se posicionarem atrás de alguns prédios mais altos, a tamparem a sua luz. Fica valendo nestes casos a iluminação dos casinos!
Tenho umas manias de tradições, coisa simples, mas o restaurante do Pák Ká Piu é um ponto prioritário. Sei que existem melhores, mas algo liga-me a ele. Torna-se o primeiro roteiro. Aí o van tan min matou as saudades. Mas o cansaço da extenuante viagem mandava-me voltar ao hotel.
Outra tradicional visita prioritária é a cantina da APOMAC. Tenho comigo que sempre que visitar Macau, tenho que ter pelo menos uma refeição por lá. A gente sente-se em casa no seu ambiente acolhedor.
Os pratos Galinha de Macau ou Galinha Portuguesa e o Pato a Cabidela, repartidos entre eu e a minha esposa Mia, fizeram a sua parte para matar as minhas e nossas saudades, pois a brasileira Mia adora Macau e cá esteve 6 vezes. Deliciosos! O cordial e ex-colega do Seminário de São José, Francisco Manhão, um dos seus principais fundadores, prestou-se a nos apresentar a APOMAC por completo, onde pudemos conhecer o importante e excepcional trabalho da entidade que agrega cerca de 1.700 associados. Assistia-nos nas apresentações médicas o enfermeiro e também antigo aluno do Seminário (olha a minha escola de novo), o Francisco Assis.
Ainda na APOMAC que falarei mais em postagens posteriores, matei a curiosidade para saber quem era o responsável pela cozinhação macaense, que não atrai só os macaenses mas a população chinesa, até o Chefe do Executivo, assim explicava o Henrique “Átchô” Baptista. “A minha irmã Victória Baptista”, assim dava início a uma detalhada explicação desta actividade gastronómica explorada pelos Baptista. Foi uma boa conversa que também abordarei em postagem posterior.
O Santos que foi da Polícia Marítima, também se prestava a colaborar para mostrar uns pratos especiais, ah … de encherem os olhos … casquinhas de caranguejo … huuummm !!! Mas, atenção, só sob encomenda, alerta o Átchô (desculpe-me, mas acho que assim se escreve o seu alcunha), que também, orgulhoso, dizia que ser o prato predileto do Chefe do Executivo.
Outro macaense presente era o Daniel Ferreira (também ex-Seminário), que tanto fez rir a minha esposa com as suas histórias pessoais recheadas de bom humor. Tivemos uma boa conversa, que também procurarei reproduzir em postagem posterior, a falar da sua vida pessoal até a tal curiosidade que tinha sobre uns rumores sobre a fundação de uma cidade para os macaenses “no Brasil” !!!
Já lá passava das 9 da noite quando deixava a APOMAC, após uma convivência macaense e com um sentimento que fazia o papel inverso de reportagem do Encontro, quando ao invés dos repórteres locais que entrevistam os romeiros da diáspora, eu, nessa última situação, a entrevistar os macaenses residentes, embora a rigor não sou nenhum repórter, apenas um curioso que tem um site e blog macaense, e eventualmente escrevo para o Jornal Tribuna de Macau. Mas percebi a importância de falar da nossa gente que reside em Macau. Pena que pouco posso fazer pois moro no outro lado do mundo, e só nas minha esporádicas visitas a Macau, é que posso fazer este trabalho. Ficava a pensar que talvez alguém, um residente, pudesse colher tantas histórias interessantes que dava até um bom livro. Temos que falar de nós e os residente podem contribuir com boas crónicas.
Assim, alguns tópicos dos meus 2 primeiros dias vividos em Macau, que procuro postar assim que a cara internet do hotel permitir. Aliás muito caro o serviço oferecido, que só é gratuito no recinto do restaurante.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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