Saudades … 1993 foi muito significativo para mim. Após deixar Macau rumo ao Brasil em Dezembro de 1967, nunca mais lá voltei. Após 26 anos, naquele ano, em Novembro, pisei de novo na minha terra natal, ainda portuguesa. Só não beijei o chão, pois estava atordoado, meio fora de si, tomado de muita emoção. Não acreditava que estava lá de novo, beneficiado pelo subsídio dado pelo Governo português de Macau que possibilitou a viagem para o 1º Encontro das Comunidades Macaenses. Até lá, por questões financeiras mesmo, não era possível ensaiar uma viagem a Macau. Lembrava com saudades que em 1967, despedia dos meus pais, os meus cachorros/cães, do Bobby, da casa, dos irmãos, amigos, da Calçada do Tronco Velho … e, num táxi que desceu a Avenida Almeida Ribeiro, contemplava aquela avenida, a pensar, quando voltarei a vê-la e a minha terra? Do navio Fat- San, rumo a Hong Kong para apanhar o navio holandês Tchitchalenka, numa viagem de 3 horas, via Macau aos poucos a desaparecer do horizonte. Foram 49 dias de viagem marítima para o Brasil, com muitas saudades.
Também em Novembro, ontem, dia 30, a folhear a Revista Macau de Dezembro de 1993, vi o artigo da Cecília Jorge e Beltrão Coelho a respeito deste Encontro. Foi o 1º que teve sequência, mesmo após a transição de Macau para a China, completando a 7ª edição em 2010. Que me perdõem, mas para mim, 2010 foi o 7º Encontro das Comunidades Macaenses, embora, seja politicamente correto dizer que foi o 4º realizado “sob os auspícios da RAEM”, pois afinal de contas a 3ª edição em 1999, antes da transição, poderia ter sido a última, como se aventava na ocasião, mas felizmente, não se confirmou. Obrigado RAEM!!!
Assim, para matarem as saudades do 1º Encontro, eis algumas fotos do evento: Você está lá? E, depois leiam outra postagem – “Cecília Jorge, eu fiz a minha parte” – para comentar sobre a mensagem que a Cecília escreveu para o Encontro, assim como o fizeram, outras personalidades e dirigentes das Casas de Macau. Espero poder publicar uma matéria completa no site Projecto Memória Macaense a respeito deste 1º Encontro.
Nota: Para quem não saiba, os Encontros das Comunidades Macaenses são realizados em Macau reunindo as comunidades da diáspora principalmente localizadas na Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Hong Kong e Portugal. O Governo português realizou 3 edições patrocinando parcialmente as passagens aéreas e a promoção de atividades, como almoços/jantares, passeios etc. Após a transição de Macau para a China, esperava-se que os Encontros acabariam, mas o novo Governo chinês decidiu continuar com o apoio, embora discreto no início, mas mais abrangente ultimamente. Já está programado novo Encontro em 2013, normalmente realizado no fim do mês de Novembro com duração de 9 dias. Veja no site Projecto Memória Macaense como foram os últimos Encontros, bem como neste blog a respeito da edição de 2010.
Fotos da Revista Macau (clicar para aumentar): não estranhem que todos estão “irreconhecíveis“. Olha aí o Henrique Manhão, o Delano Pereira, Lourenço Conceição, um dos principais mentores deste Encontro, o Gilberto Silva (até que não mudou muito, passado tanto tempo: não sei como!!!???) e tantos outros. Afinal já se passaram 18 anos e envelhecemos … rsrs
Nesta última foto, as 2 primeiras são do grupo instrumental e o coral da Casa de Macau de São Paulo (que não é o mesmo que você tem visto nos 2 últimos Encontros)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.


Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.


cartaz de Ung Vai Meng

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

ESTE ANO, NA FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS,A PROCISSÃO VOLTOU A SAIR À RUA Texto e fotografias de Manuel V. Basílio Este ano, realizou-se no dia 8 de Outubro, na igreja de São Lourenço, a festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios, que até meados do século passado era a principal […]

Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]

No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.



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