Na edição de Novembro de 1999, um mês antes de Portugal devolver Macau para China, o jornal de língua inglesa “Macau Travel Talk” publicava o anúncio para o último Grande Prémio de Macau sob administração portuguesa: a 46ª edição. Também trazia imagens do André Couto, piloto português nascido em Lisboa e radicado em Macau, sendo condecorado com a medalha de mérito esportivo pelo então presidente do Leal Senado, José Luís Sales Marques.
André Couto disputava os GPs de Macau de Fórmula 3 inclusive na Europa, ostentando no seu carro o nome de Macau (vide foto). Porém nunca venceu durante a administração portuguesa e por ironia do destino, veio a vencer logo no 1º GP realizado após Macau ter sido devolvido para a China, no ano 2000. Assisti esta corrida no Brasil, ao vivo/em directo, pela RTP internacional. Lembro que o André, ao comemorar a sua vitória, e politicamente correto, agitou a bandeira da RAEM (Região Administrativa Especial de Macau) que era a nova bandeira (chinesa) de Macau, após ouvir o hino chinês pois ele representava a terra agora China. Os locutores comentaram assim, meio estupefatos ou escandalizados, “olha ele a agitar a bandeira …”, e porque não dizer que eu também fiquei meio chocado, pois ainda ressentia o fim da era portuguesa em Macau. Mas hoje, já acostumado com a idéia da inevitável transição, e porque não dizer “justa” pois colónias dificilmente podem ser justas (a não ser que os colonizadores sejam potências, como os EUA no Hawai ou Havaí, pois ninguém contesta, muito menos o povo, mas convenhamos …), posso dizer que o André agiu corretamente. Afinal era residente em Macau e era patrocinado pelo governo. Não havia como ele agitar a antiga bandeira do Leal do Senado, embora não seria muito errado se agitasse a de Portugal pela sua nacionalidade e naturalidade. Digamos, poderia agitar as duas juntas que acho o Chefe não iria achar ruim.
André Couto em 2011 disputou o campeonato japonês de Turismo GT, e em Macau, a última etapa do WTCC – campeonato mundial de carros de turismo com um SEAT. Dizia ser seu sonho chegar a Fórmula 1, mas infelizmente ficou só no sonho … como tantos outros pilotos!!!
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.


Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.


cartaz de Ung Vai Meng

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

ESTE ANO, NA FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS,A PROCISSÃO VOLTOU A SAIR À RUA Texto e fotografias de Manuel V. Basílio Este ano, realizou-se no dia 8 de Outubro, na igreja de São Lourenço, a festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios, que até meados do século passado era a principal […]

Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]

No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.



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