Mariazinha ousou ao enviar a receita do ló pák kôu ou bebinga de nabo – em patoá/patuá. Orgulhosa diz: iou-sa Bebinga di Nabo sã uide sabroso (iou-sa: a minha ou o meu / sã: é ou são / uide: muito/a / sabroso: saboroso/a).
Agora o desafio aos macaenses, que em termos teriam a obrigação de saber um pouco do patoá: conseguiriam entender o patoá suficientemente para preparar o ló pák kôu da Mariazinha? Ainda ela dále de misturar o inglês e algo em português e chinês/cantonense, seguindo um dos costumes de uma parcela dos macaenses de misturar o patoá com 3 línguas!!! Então vamos lá para a receita:
Bebinga de Nabo
Tánto genti já pedi receita di iou-sa Bebinga di Nabo. Nuncassã gabá, mas quim já comê sabe qui iou-sa Bebinga di Nabo sã uide sabroso. Como iou nuncassã egoista ramendá tánto genti qui caregá receita até tumulo e como iou sã genti antigo, iou já iscrevê na 4 lingu: Português, Inglês, Chinês e Patuá. Si vôs sã maquista di vedade lôgo entendê mas si nunca entendê mandá unga email pa iou, iou lôgo isplicá tim-tim pa tim-tim.
Bebinga de Nabo a Moda de Mariazinha Carvalho
Ingredientes:
Dôs Nabo grandi
Sei tiu láp-chéong
One big láp-yôk
Unchino di há-mâi
Lôk cheak tông-ku
Tres dentes de alho
Two cups of rice or chim-mâi-fân
Sal a gosto
Using a big pan, primeiramente, páu-heóng sin-tâu. Depois cá láp-cheóng, láp-yôk, há-mâi, tông-ku, estunga chincha cortá fino-fino. Deixa cozer até ficar nâm-nâm-têi. Then you add ló-pák chit iât-si iât-si ou ralado se preferir pa ensopá estunga sabor di láp-mêi, j´olá! Cozê unchinho más.
Afterwards, you mix in the rice flour, ou seja, chim-mâi-fân, you can buy at Liberdade (São Paulo Chinatown) or onçôm-onçôm pôde fazê na casa. Very easy, châm mâi overnight, next day botá unchinho di agua no liquidificador batê, cavá jugá dentro di mistura di nabo co láp-mêi. Pegá unga colê di páu virá vai virá vem até chegar o ponto certo. Be very careful, non pôde ficá nem duro-duro nem mole-mole ramendá pet-pet ou papa-papa, understand? A seguir transfere a massa para um pirex. Pa ornamentá, chapá-chapá rodela di láp-cheóng co tông-ku na riva, cavá tân nunga vóc for approximately one hour.
Foto de um ló pák kôu ou bebinga de nábo (não é o da receita nem da Mariazinha) que faz parte da gastronomia macaense, candidata a Património Cultura Imaterial de Macau.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.
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