Complementando a publicação anterior de Batalhão de Artilharia de Macau -1845 a 1876, esta postagem fala dos seus Uniformes e Distintivos:
UNIFORMES
do livro 400 ANOS DE ORGANIZAÇÃO E UNIFORMES MILITARES DE MACAU – edição de 1999
autor Manuel A. Ribeiro Rodrigues
Os panos para os fardamentos das praças de pré eram exclusivo das Fábricas Nacionais de Portugal e seus domínios, de onde eram enviados com a antecedência necessária, por conta do Cofre da Fazenda Pública de Macau.
Grande uniforme para oficiais:
Farda de pano azul-ferrete, assertoada pelo direito, com duas ordens de oito botões ovados com as armas reais gravadas, as abas pela altura do dedo médio, estando o militar perfilado, com quatro vistas vermelhas, portinholas verticais com três botões e um vivo vermelho.
Gola encarnada com uma granada bordada de ouro em cada extremo. Carcela e vivos da cor da gola.
Barretina de pêlo com tampo de prato envernizado, pala preta redonda igualmente envernizada, penacho de penas encarnadas com um palmo de comprimento, oliva e roseta dourada, laço nacional azul e branco. A chapa é dourada em figura de estrela, tendo no centro a letra “M” de prata em relevo, com uma coroa na parte superior. Francalete com escamas de metal dourado.
Luvas brancas de malha. Espada com punho e guarnições de metal amarelo. Bainha preta com ponteira e bocal amarelo. Talabarte branco de anta colocado a tiracolo, para grande uniforme, com chapa de metal dourado com as armas reais gravadas. Fiador da espada e pêra de couro preto.
Banda de seda cor carmesim com borlas de oito polegadas de comprimento do mesmo, torcidas, devendo ser atadas em nó ao lado direito, e as borlas caídas na altura do joelho.
Pequeno uniforme para oficiais:
Sobrecasaca de pano azul-ferrete assertoada e abotoada pelo direito com oito pares de botões iguais ao do grande uniforme, gola direita de pano encarnado, com uma granada bordada de ouro em cada extremo.
Calça igual à do grande uniforme.
Barretina preta de oleado com tampo de couro guarnecido com um galão de seda preta na parte superior, e de uma correia com fivela na parte inferior, com alhetas que prenderão no tope da barretina. A chapa é igual à barretina de pêlo.
O grande uniforme para oficiais inferiores e mais praças de pré era regulado pelo fardamento estabelecido para os oficiais, no que correspondia a cada praça, seguindo-se geralmente o que estava determinado para os Corpos do Exército de Portugal.
Pequeno uniforme para oficiais inferiores e praças de pré:
Fardeta azul-ferrete, abotoada por uma só ordem de botões com gola encarnada, tendo uma granada de pano azul-ferrete em cada extremo. Canhões da cor da fardeta.
Calça de cor correspondente à farda ou branca na estação competente. Boné azul–ferrete, sem pala e com uma lista de pano encarnado em toda a volta tendo na frente um “M” de latão amarelo. No tempo de chuva este podia ser coberto por um oleado preto.
Tanto os oficiais como os soldados calçavam sapatos abotinados de couro preto.
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DISTINTIVOS
Tenente-Coronel, Comandante do Batalhão:
Duas dragonas de ouro, sendo de palmatória de liga lisa, com meia-lua de metal amarelo, guarnecido com um canutilho de linha e meia de diâmetro que servirá para cobrir o cosido dela e da franja, sem mais algum armamento, com franjas de canotão n.° 6 (grosso) todo liso. Terá nas duas dragonas o distintivo da arma, duas peças em cruz, com um ramo de louro e uma coroa de prata na dragona direita, um pouco acima do distintivo, e simplesmente o distintivo na esquerda.
Major:
O inverso do Tenente-Coronel.
Capitães e Subalternos:
Duas dragonas de canutilho, sendo as dos capitães de n.° 2, e as dos subalternos n.° 1/4, distinguindo-se as graduações com o emblema da arma sobre uma ou as duas dragonas como ficou estabelecido para os oficiais superiores.
Primeiro-Sargento:
Quatro ângulos em cada braço de galão de ouro, virados para baixo, assentes sobre pano vermelho.
Segundo-Sargento:
Três ângulos da mesma forma que os anteriores.
Furriéis:
Dois ângulos virados para o cotovelo e um outro mais pequeno virado ao ombro, igualmente dourados e assentes em pano vermelho.
Cabos e Anspeçadas:
Dois e um galão, respectivamente, com os ângulos virados para o cotovelo nos dois braços, e de cor vermelha.
*Conforme consta do livro: todas as gravuras e ilustrações são da colecção do autor ou da sua autoria.
Aguarelas/aquarelas: Rui Belo
Agradecimentos ao autor Manuel A. Ribeiro Rodrigues e o editor Instituto Cultural de Macau
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
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