Nesta postagem, complementando a de ontem “Cenas de Macau chinesa de 1958“, trago o vídeo publicado por Michael Rogge no seu canal de You Tube, embora não seja de sua autoria como tantos outros, com o título – Macau refugee problem in 1958 (problemas de refugiados em Macau, em 1958) – de onde extraí várias imagens que aqui tem o enfoque mais em vistas da Macau do ano em questão.
O filme de 16mm comentado em francês, o que caracteriza a procedência, Michael descreve na apresentação que Macau recebeu grande volume de refugiados que fugiram da política de Mao Tsé Tung de “O Grande Salto em Frente”. Diz que “muitos fugiram do continente chinês a nado. Muitos perderam as suas vidas. Vê-se neste filme aqueles que tiveram sucesso na fuga, entre eles os cegos. Instituições ocidentais de caridade ofereceram ajuda assim como o governo de Macau. Em 1966 havia em Macau 80.000 refugiados.”
As imagens capturadas do vídeo não estão nítidas como desejado, pois nem a photoshop consegue fazer todos milagres, já que é uma cópia de um filme de película, no caso de 16 mm. Para quem não saiba, e se não houver outra tecnologia que eu conheça, para copiar um filme deste tipo, que pode ser de Super 8, 8 mm, 16 mm ou 35mm, ele é projetado numa tela e o copiador utiliza uma máquina de filmar de vídeo para gravá-lo. Depois pode editá-lo no computador e ainda melhorar um pouco a resolução, a cor ou contraste, isto é se o prestador de serviço tiver esta preocupação.
No vídeo podemos ver soldados do exército português, inclusive landins, e membros da Mocidade Portuguesa, a auxiliar na distribuição de suprimentos aos refugiados. Lembro-me bem da época e pouco posterior, na minha infância e juventude, a ver grupos de refugiados conduzidos por policiais a pé pelas ruas, umas vezes subindo a Av. Almeida Ribeiro vindo do Porto Interior. Muitos traziam sorrisos de alívio nos rostos pelo sucesso da fuga. Alguns dos cegos eram vistos nas arcadas de São Domingos. Tempos interessantes vividos na minha terra, que pouca importância dávamos ao fato na época, mas hoje são históricos e representaram uma fase importante da terra.
O vídeo “Macau refugee problem in 1958”:
As imagens capturadas do vídeo:
(clicar nas fotos menores para ampliar)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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