Sete Lágrimas – foto da página oficial no Facebook, com Filipe Faria, Rui Silva, Tiago Matias e Sérgio Peixoto
A canção que bem representa aquela Macau dos velhos tempos dos nossos pais e avós é “Bastiana”. Pouco ouvimos dela, e nem sabemos o seu autor. Cantada em patuá, dialecto de Macau, foi gravada em CD pelo Coral Dinamene, e agora, grata surpresa, graças a uma postagem no grupo “Conversa entre a Malta” no Facebook, vim a descobrir esta bela versão de mais longa duração.
O vídeo publicado no You Tube pelo Auditório Vita do consort Sete Lágrimas, de Lisboa em Portugal, traz como título “Música no Claustro III – Sete Lágrimas: Bastiana (tradicional Macau)”, tem duração de 4m.27s. Sensível, muito linda (gira), perfeitamente desenvolvida com variantes de interpretação, teve a sua execução aumentada para uma música que originalmente dura pouco mais de um minuto. Quero imaginar-me assistindo a apresentação naquelas antigas igrejas, castelos portugueses ou em prédios históricos. Deve ser coisa de arrepiar e de forte emoção.
Sob a direcção artística de Filipe Faria e Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas é um dos mais inovadores consorts europeus, especializados em música antiga e contemporânea, que procura, a cada programa, o diálogo entre a ancestralidade e a contemporaneidade da arte musical e explora a ténue fronteira entre a música erudita e as tradições seculares
Fundado no ano 2000, em Lisboa, sob o nome L’Antica Musica, apresenta-se pela primeira vez em 2001 com a estreia nacional e integral do “Primeiro Livro de Madrigais para Duas Vozes”, de Thomas Morley (1595).
A convite do Centro Cultural de Belém (CCB) alcança o estatuto de Consort Associado da Temporada 2011/2012 com a apresentação de três concertos no Pequeno Auditório desta prestigiada instituição, para além de dois concertos do Festival “Dias da Música” de 2012.
* fonte: partes do texto de apresentação do Sete Lágrimas extraídas da sua página no Facebook: https://www.facebook.com/setelagrimas/info
Texto de apresentação do vídeo no You Tube pelo Auditório Vita:
“As grandes navegações portuguesas dos séculos XV e XVI e o processo de expansão colonial subsequente abriram novos caminhos de comunicação e de intercâmbio cultural entre a Europa e o mundo, nos quais Portugal foi indiscutivelmente pioneiro. Não se tratou – importa sublinhá-lo sem equívocos – de um processo idílico e harmonioso de mero diálogo intercultural: foi marcado, como todos os colonialismos em todas as épocas da História da Humanidade, pela violência, pela agressão militar, pela ocupação territorial, pela exploração económica, pelo tráfico de escravos, pela intolerância religiosa. Mas desde cedo evidenciou, por outro lado, da parte dos colonizadores portugueses, uma curiosidade pela diferença cultural que contrasta com o hermetismo das matrizes civilizacionais de outros imperialismos europeus posteriores, como o francês, o holandês, ou em particular o britânico. A elevada taxa de miscigenação étnica que desde logo marcou as sociedades coloniais portuguesas, consequência prática, é verdade, de uma reduzida presença de mulheres europeias nas primeiras expedições, mas ao mesmo tempo sinal de um desejo menos reprimido pelo preconceito racial, foi acompanhada de uma vontade evidente de provar as cozinhas locais e os seus ingredientes exóticos, do fascínio pelos motivos decorativos dos tapetes, cerâmicas e porcelanas de cada região, da tentação de experimentar canções e danças com ritmos e melodias diferentes e sedutores. A dominação colonial portuguesa procurou, certamente, impor em cada território ocupado uma matriz idêntica à das práticas artísticas e culturais do Reino, em particular as associadas ao Catolicismo, mas não só soube adaptar essa matriz aos materiais específicos disponíveis em cada zona como não hesitou em incorporar em si mesma muitas das facetas das expressões artísticas com que se foi deparando, terra a terra, continente a continente. De todas as potências coloniais europeias, Portugal foi sem qualquer dúvida aquela em cuja Cultura se integraram mais influências asiásticas, africanas e sul-americanas, e o império colonial português revelou-se assim um espaço de intensa circulação, interacção e fusão de modelos culturais.”
* Site oficial do Sete Lágrimas: http://www.setelagrimas.com/programas/diaspora.html
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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