Passaram-se sete anos apenas. Não tanto tempo assim, mas ao rever fotos antigas das atividades da Casa de Macau de São Paulo, uma constatação chamou atenção, ao que me levou a fazer esta postagem. Rememorar esta festa de Fevereiro de 2007 seria uma forma de homenagear quem já deixou o nosso convívio, tanto por terem alcançado o descanso eterno ou por limitações impostas pela idade avançada.
Na época exercia a função de secretário geral da administração de Júlio Branco, e costumávamos celebrar grandiosamente o Ano Novo chinês. Dentro da programação de 2007, como de hábito, havia a Cerimônia de Chá, na qual ofertava-se uma xícara (chávena) de chá às pessoas idosas de idade acima de 80 anos. Uma forma de respeito e consideração. Em troca, elas davam um “lai si” de valor simbólico à jovem que participava da cerimônia.
Diante do palco, a fila de oito cadeiras estava preenchida por associados que aceitaram participar da cerimônia. Dos oito idosos, a constatação que seis já partiram para o descanso eterno e dois sofrem limitações impostas pela idade avançada. Um momento para reflexão. Um momento para saudar a sua memória.
Vejamos as mais de 30 fotos aqui publicadas, que também contam que houve um desfile e concurso de trajes chineses, a participação da simpática consulesa chinesa que doou lembranças das Olimpíadas de 2008 em Beijing para serem sorteadas, a dança do leão e música com o coral formado por associados:
da esq. Teddy Skinner, Marie Remedios, Cecília Senna Fernandes, Maria Silva Santos, Angelina Colaço, Larry Skinner, Rigoberto Rosário e Eduardo Sales.
A cerimônia de chá com as jovens que fizeram as oferendas:
A dança de leão por jovens da Casa de Macau em 2007, a receber um “lai si” da consulesa da R.P. da China:
O coral da Casa de Macau que depois se apresentava pela primeira vez no Encontro das Comunidades Macaenses de 2007 sob a regência de Vainer Dias Gomes
Souvenirs das Olimpíadas Beijing 2008 foram doados pela consulesa da RPC para sorteio entre os associados
Marie dos Remedios ao centro foi a vencedora do concurso e a Isabela Ramos e Angelina Colaço se classificaram em seguida
A festa foi motivo de um artigo meu no Jornal Tribuna de Macau. Veja:
Isto foi em 2007. Serve para nos lembrar que a comunidade macaense em São Paulo ainda é bastante numerosa. Talvez apenas entre 10 a 20% dos seus membros ainda têm alguma ligação com a Casa de Macau. É pouco. Muito pouco! Andamos muito esparramados por aí. Cada um com seus motivos. Algo que ao longo do tempo pela frente se deve criar mecanismos, meios de relacionamento e condições de consenso para reverter este quadro. É uma tarefa árdua mas possível se houver boa vontade e condições para superação. “Nada está perdido, tudo se consegue transformar. Depende de nós”.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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