No aniversário do seu pai em 2005, quando completou 91 anos, Carlos “Naio” Lemos, macaense residente em Toronto, no Canadá, quis homenageá-lo e mesmo não sendo um compositor musical, compôs uma canção “Obrigado Pai e Mãe”. Como ele diz “devemos agradecer os nossos pais, enquanto vivos” e foi esse o intuito da canção que teve versões em três línguas.
“Comecei a melodia com palavras em inglês, porque era mais fácil, visto ter saído de Macau há mais de 30 anos e em seguida escrevi em português. Como a minha mãe era chinesa e não percebia o Português ou Inglês, então, com ajuda de amigos chineses completei as palavras em chinês”, explica Naio que contou com a ajuda musical do Armando Santos e membros do conjunto de Macau – Ecos de Macau – que residem na mesma cidade.
Em 2010, gravou as canções particularmente e andou distribuindo às pessoas por ocasião do Encontro das Comunidades Macaenses realizado em Macau. Foi na ocasião em que ganhei o meu exemplar. No entanto, na sua mente, como um bom macaense, ficou devendo uma versão
em patuá. Mas seu pouco conhecimento do dialecto da sua terra natal e como queria produzir novo fundo musical o fez desistir do intento.
Em 2013, com sugestões dos mestres de patuá, Carlos Coelho e Miguel de Senna Fernandes, conseguiu escrever as letras da canção. Quanto aos arranjos contou a ajuda do seu amigo chinês, Jimmy Lam, bom conhecedor de música, e acabaram por produzir um fundo musical mais alegre e tal como queria, isso após longas horas de trabalho.
A decisão para a gravação desta versão em patuá “Brigádo Papá Mamá”, veio após ter cedido o novo fundo musical da canção para a filha do macaense “Bijou” (John Herterland), também de Toronto, homenagear o seu pai na festa das Bodas de Ouro cantando a versão em inglês. Teve ótima aceitação e todos gostaram muito.
A gravação foi realizada na casa do seu amigo Jimmy Lam, que com teclado fez todos os arranjos musicais, posteriormente mixados por Naio que foi o vocal da canção, que ora aqui é disponibilizada:
“Brigádo Papá Mamá”
versão em patuá de “Obrigado Pai e Mãe” de Carlos Lemos, letras, música e vocal,
arranjos musicais de Jimmy Lam
(clicar na seta para ouvir e acompanhe com as letras mais abaixo)
– Quelóra lárga iou vem fóra / Na vôs sâ braço vôs colo iou
Iou senti unga calor / Di paixám co amor
– Quelóra iou piquinino / Pâ iou vôs cuida
Co paciência co carinho / Iou sâ vida vôs sâ lumiá
– Brigádo Papá Mamá / Pâ tudo quanto já fazê pâ iou
Sâ divéra bençam di Dios / Tem vôsotro, iou-sâ Papá Mamá
– Co instuga dóci cançãm / Iou querê mostra pâ vôs
Iou sâ amor co gratidám / Iou querê pâ vôs
– Brigádo Papá Mamá / Pâ tudo quanto já fazê pâ iou
Sâ divéra bençam di Dios / Tem vôsotro, iou-sâ Papá Mamá
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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