Num único lugar você faz uma viagem cultural ao Interior do Estado de São Paulo, além da própria capital paulista. É o que aconteceu no XVIII Festival da Cultura Paulista Tradicional que foi realizada na cidade de São Paulo, no antigo Parque do Trote e que durou dez dias, encerrando no último domingo, dia 21 de setembro.
Confesso que foi a primeira vez, e não será a última, que fomos ao evento anual. Gostamos muito, tanto que fomos duas vezes, pois pudemos sentir como se estivesse numa Festa do Interior. No grande espaço do Parque Vila Guilherme – Trote, na Avenida Nadir Dias de Figueiredo, de fácil acesso, que integra também o antigo Mart Center do bairro de nome do parque, estavam lá reunidos a culinária, artesanato, folclore, manifestações culturais e musicais de mais de 200 cidades do interior paulista, bem como da capital. Era um universo de caipiras, caiçaras, tropeiros, quilombolas, indígenas e ciganos.
Nos seus estandes, barracas ou tendas, cada município ostentava o seu nome orgulhosamente. A Mia procurava aquelas da região noroeste do estado de sua origem. Estima-se que mais de um milhão de visitantes teriam visitado o espaço nos dez dias de programação, das 9h às 21h, sendo que nos dias de semana havia grande número de escolares vindos em caravanas formadas pelas suas escolas.
CULINÁRIA
Receitas tradicionais da cultura caipira, comida tropeira, pescados, doces e sobremesas, incluindo goiabada cascão, doce de leite, cocada de jaca, doce de casca de limão e paçocas, estes foram alguns dos itens culinários encontrados nos cerca de 100 espaços em recinto fechado ou barracas ao ar livre. Alguns países, como o Paquistão, Perú ou os Açores, ou comida de outros estados como o acarajé da Bahia, também marcaram a sua presença na feira. Cozinhados no forno e fogão a lenha, vários espaços ofereciam comida caipira por quilo, custando entre R$ 15,00 a R$ 19,00 o prato, servindo-se até enchê-lo. E, para desgraça de quem está fazendo regime, na banca de Tarumã, noroeste paulista, vendiam pururuca a R$ 6,00 0 saco e impossível resistir de levar alguns para casa e acompanhar nas refeições, e é o que fizemos. Ah, para quem tem saudade de café no coador, também tinha, daquele muito adoçicado como se costuma fazer no Interior, lembrando o que era preparada pela minha saudosa sogra.
Ah … tia … essa pururuca era uma tentação irresistível, até bom para um prato da minha terra Macau: tacho ou chau chau pele.
GRUPOS FOLCLÓRICOS E DE DANÇAS REGIONAIS
A tradicional dança Catira, grupos folclóricos regionais e de diversos países como Portugal, Perú, Equador, Alemanha etc., dança cigana e de indígenas, e tantos outros, se apresentavam todos os dias em palco montado ou em espaços improvisados, ou até desfilando. Era praticamente 10 dias de shows durante todo o funcionamento da feira. Um show de diversidade de cultura popular num lugar só, algo difícil de encontrar normalmente.
ARTESANATO
Cerca de 160 espaços no grande pavilhão foram destinados ao artesanato que apresentava o que é produzido pelas comunidades tradicionais de todo o estado de São Paulo. Eram ceramistas, escultores, santeiros, rendeiras, ceramistas, trançados, bordados. Uns a mostrar e executando seus ofícios durante o Festival. Podia-se também comprar brinquedos como carrinhos de madeira, peteca, bonecas de pano e de palha de milho, ou bolinha de gude, coisas que passam longe de vídeo games
Para ainda criar mais clima de Interior no recinto havia desfile de carros de bois.
FOLCLORE
Talvez você não saiba, como eu não sabia, São Paulo é um reduto no País dos bonecos gigantes. Daí que também se realizava em conjunto com a feira, o XXII Festival de Bonecos de Rua e Cabeções com desfile pelo parque e praça próxima. Eram grupos vindos de Caraguatatuba, Caçapava, Monteiro Lobato, Tatuí, Redenção da Serra e Torrinha.
MÚSICA
Apresentações musicais era o que não faltava também no palco, com duplas caipiras, violeiros, sanfoneiros, bandas e fanfarras etc, uma riqueza musical tanto do estado de São Paulo como de alguns países, como as que vi no primeira visita originárias do Perú e do Equador. Além disso, fora do palco principal um conjunto de bandolim e violas se apresentavam e vendiam seus CDs, ou de artistas ciganos no seu próprio espaço.
Um grupo musical de Araras tocou músicas da festa de Folia de Reis, dos 3 Reis Magos.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Foi graças a um dvd distribuído por um dos seus filhos, que possibilitou ao Projecto Memória Macaense – PMM montar diversos vídeos filmados por Hércules António que nos trazem velhas e memoráveis lembranças daquela Macau antiga que mora no coração dos macaenses e daqueles que tiveram vivência no território. Os vídeos publicados no YouTube nos […]
No livro “Meio Século em Macau” de J. J. Monteiro (José Joaquim Monteiro) composto por dois volumes, nas últimas páginas do Volume II estão as letras da canção “Macau (linda)”, que infelizmente não temos a gravação e nem se sabe se houve, talvez nos arquivos pessoais de algum macaense ou familiares. Trata-se de uma música […]
Os Brasões de Macau portuguesa são todos inspirados nos estilos heráldicos tradicionais da Europa. O primeiro brasão de armas de Macau foi usado até ao final do século XIX. É apenas constituído pelas armas de Portugal cercado pela inscrição Cidade do Nome de Deus, Não Há Outra Mais Leal. O segundo brasão de armas foi […]
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