Macau podia ser pequena, mas era bem protegida por várias fortificações. Uma delas, em Coloane, que tinha a função, acabou voltando contra aqueles a quem deveria proteger na sua primeira ação. Veja como aconteceu:
BATERIA DE COLOANE
do livro de autoria de Jorge Graça – Fortificações de Macau, Concepção e História – uma edição do Instituto Cultural de Macau em 1985
Localização: Esta Bateria localiza-se na costa ocidental da ilha de Coloane, perto do Templo Chinês e voltada para a Ilha da Montanha.
Objectivo: A Bateria vigiava e controlava a navegação no canal entre as ilhas de Coloane e da Montanha. Era uma fortificação costeira e defendia também a aldeia piscatória de Coloane de qualquer tentativa de um inimigo potencial desembarcar na sua costa.
Desenho: Esta fortificação, com um desenho muito simples, é uma esplanada meio hexagonal, com um parapeito de 90 cm de altura e uma plataforma para a única arma com que estava apetrechada. Tem uma guarita e um depósito de munições enterrado. O acesso à plataforma era feito por 6 pequenos degraus de pedra.
História: Esta Bateria foi construída cm Dezembro de 1884. Em 1810 Coloane não era mais do que um local de encontro e base para bandos de piratas que actuavam fora das águas de Macau. A autoridade portuguesa estava representada por um único cabo aposentado e um «Tipu» (oficial local responsável pela manutenção da paz nesta área). O Governador, ao tempo, Eduardo Marques, decidiu ocupar militarmente a Ilha. A 12 de Julho de 1910 um pequeno corpo de tropas desembarcou em Coloane. Os piratas tentaram opor-se ao desembarque ocupando a Bateria e disparando o seu único canhão. (Por ironia do destino ou negligência das autoridades, a única vez que a Bateria entrou em acção foi contra aqueles que era suposta proteger). Contudo, não foram bem sucedidos e, como resultado, fugiram para as montanhas. As operações de «limpeza» continuaram até 19 do mesmo mês. Cerca de 26 crianças, raptadas pelos piratas, foram libertadas. Posteriormente, o Governador tornou permanente a ocupação da Ilha, não só construindo um Quartel e concentrando aí tropas e polícia, como desenvolvendo o comércio e as comunicações com a Ilha da Taipa e Macau.
* Nota: conforme informação complementar de Arnaldo Pereira (Macau), “este fortim ainda é conhecido em Coloane como Pau (canhão) Toi (mesa) Chai (filho ou pequeno). Fica naquela subida por detrás do pagode. Não era só uma. São duas guaritas que ainda sobrevivem hoje em dia. Um perto do restaurante ‘O Manel’ e o outro por detrás da escola da Taipa ao pé do pedregulho”.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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