Distante apenas sete quilômetros de Gramado, fica a cidade de Canela com seus atrativos turísticos, em especial a Igreja de Pedra eleita uma das sete maravilhas do Brasil em 2010. É um município do estado do Rio Grande do Sul, situado na região da Serra Gaúcha
Na nossa breve excursão de 4 dias para esta região, o 2º dia foi dedicado a passeios por Canela e Gramado. Mesmo pelo curto tempo, deu para visitar os principais pontos turísticos de Canela que vou contar nas fotos comentadas a seguir:
CANELA
(Fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz – clicar nas fotos menores para ampliar)
A 1ª parada foi na Catedral de Nossa Senhora de Lourdes localizada no centro de Canela. Totalmente revestida de pedra basalto, o motivo de assim ser chamada de Catedral de Pedra, foi eleita em 2010 como uma das sete maravilhas do Brasil. A sua construção teve início em 1953. De estilo gótico inglês, a igreja possui uma torre de 65 metros de altura e um carrilhão de 12 sinos de bronze fabricados na Itália.
Em seu interior destacam-se três painéis que são telas pintadas pelo artista gaúcho Marciano Schmitz, retratando a “Aparição de Nossa Senhora”, a “Alegoria dos Anjos” e a “Anunciação”
Seus vitrais representam a ladainha de Nossa Senhora. O altar, cujo tema é a Santa Ceia, é uma obra de arte esculpida em madeira por Júlio Tixe, escultor uruguaio.
Uma das gratas cenas na praça da Catedral foi a exibição do violinista Jurgen Wentz a tocar o seu raro violino Thomason Eberly de 1776 fabricado em Nápoles, uma herança por gerações. Parecia algo cinematográfico, de uma combinação perfeita com a Catedral, irradiando um som que parecia um fundo musical para o belo cenário. Vendia cds e dvds de músicas variadas e populares de sua execução a um preço módico. Comprei quatro cds e pude comprovar a excelente qualidade e o seu talento musical. Parecia-me que o Jurgen (com dois pontos em cima do ‘u’) mais amava divulgar o seu talento e trabalho que obter ganhos financeiros com a venda de cds/dvds.
A HISTÓRIA DE CANELA (Wikipedia): A Serra Gaúcha foi habitada, antigamente, pelos índios caingangues. Nos séculos XVIII e XIX, estes foram desalojados violentamente por ação de matadores de indígenas, os chamados “bugreiros”. Estes foram contratados, pelo governo imperial brasileiro, para abrir espaço para a instalação de imigrantes europeus na região, visando a um “embranquecimento” da população brasileira, que, na época, era predominantemente negra ou mestiça . Ao mesmo tempo, a região era desbravada por descendentes de açorianos, os chamados “tropeiros”, que utilizavam a região para o descanso do gado.
Um dos mais importantes destinos turísticos do Rio Grande do Sul, a cidade de Canela teve seu primeiro núcleo urbano formado em 1903, quando o coronel João Ferreira Corrêa da Silva se instalou no local. Foi sob sua organização que se construiu a estrada para Taquara, de cujo território Canela fazia parte, e se instituíram os principais serviços. A principal praça de Canela recebeu o nome em homenagem a esse desbravador. O clima saudável e as belezas naturais deram sustentação à procura da cidade como centro de veraneio desde os anos 1930 e especialmente a partir dos 1940.
Foi nessa época também que surgiu o movimento emancipacionista liderado por Pedro Sander, Nagibe da Rosa, Danton Corrêa da Silva, Attilio Zugno e Pedro Oscar Selbach. Em 28 de dezembro de 1944, a Lei Estadual 717 criou o município, que foi instalado quatro dias depois em 1º de janeiro de 1945. A estrada de ferro e as usinas de Canastra e Bugres colaboraram para consolidar a importância de Canela (Wikipédia)
O entorno da praça central e a placa (foto abaixo da direita) em homenagem ao desbravador João Ferreira Corrêa da Silva.
O Parque Caracol, distante 6 kms. do centro de Canela, foi o nosso 2º destino. Situado no Parque Estadual de mesmo nome, recebe grande número de turistas que até formou fila de carros para ingresso nele..
A sua atração, Cascata do Caracol, despenca em queda livre de 131 metros por rochas basálticas em plena mata fechada. Tem serviço de bondinhos que leva os turistas para a sua base, porém no dia não estava funcionando. Além disso, conforme divulgação, pode descer por uma escadaria com 720 degraus.
Lá tiramos uma foto do grupo de excursão, que para felicidade do fotógrafo profissional, todos compraram uma cópia:
Dentro do parque há barracas para comprar souvenirs, incluindo tapetes de couro que uma das nossas excursionistas acabou levando um por preço aceitável. Compramos o nosso também por um bom preço, no portal de Gramado.
Na saída, estava lá um ônibus Bus Tour que você pode contratar para seus passeios o dia todo em Canela e Gramado. Uma boa pedida para quem viaja por conta própria, pois para nos principais pontos turísticos.
A próxima parada, após deixar o parque, foi no Castelinho Caracol que é uma das primeiras casas de Canela construída entre 1913 e 1915, com sistema de encaixes e parafusos, sem o uso de pregos.
Com pagamento de ingresso, você pode visitar o seu interior que é um museu com móveis e utensílios que pertenciam à família Franzen, e onde você pode apreciar um “Apfelstrudel” que dizem, o melhor da Serra Gaúcha. Se só interessar por ele, então peça na porta de entrada sem precisar entrar no recinto.
A última parada em Canela, antes do almoço em Gramado, foi no Mundo a Vapor que é um parque temático que reproduz em miniaturas, em funcionamento, de usinas hidrelétricas, máquinas de ferragem, siderúrgicas, olarias, entre outras, nos tempos em que eram movidas a carvão e a vapor. Além de miniaturas, há algumas máquinas e locomotivas em tamanho real. E como sempre, há também uma loja de souvenir e espaço para degustação.
O seu cartão postal é a fachada do prédio (foto acima) que reproduz em tamanho real o famoso acidente ferroviário acontecido em Paris, em 1895, quando uma locomotiva desgovernada cruzou em alta velocidade a estação de Montparnasse.
Monitor opera e explica o funcionamento de uma metalúrgica na foto acima, e assim acontece em outras maquetes de miniaturas de maquinários, dando uma boa ideia de como operam os centros produtivos. Nas fotos abaixo, uma fábrica de papel à esquerda e um trator a vapor à direita.
Uma usina termoelétrica na foto abaixo à esquerda e uma locomotiva a vapor em tamanho real, à direita.
À noite, fomos jantar na churrascaria Garfo e Bombacha que fica na estrada para o parque Caracol, a cerca de 5 km de Canela, que tem show de danças típicas gaúchas. A estrada vazia e bem escura fazia-me imaginar que pelo local tão isolado, devia ter ‘meia dúzia’ de pessoas, mas para surpresa, estava cheio de ônibus e vans e muita gente. Explica-se que é um destino de excursões e o público é só de turistas.
Na foto acima, ainda de dia, passamos pela churrascaria a caminho do parque Caracol. À direita, assim que você entra na churrascaria, assiste a uma palestra sobre o chimarrão que é uma bebida de origem indígena, ou seja, basicamente é um chá de erva-mate, quase um vício de muitos gaúchos ou naturais do Rio Grande do Sul.
A churrascaria é um galpão adaptado, cabendo centenas de pessoas e estava praticamente lotada. O churrasco é razoável sem nenhuma novidade, e como é preço único, você se serve à vontade com carnes, saladas e sobremesa. O espetáculo dura quase duas horas, até bastante longo, com variedades de danças que lembram os bailados portugueses também, além de exibições acrobáticas e homenagens às caravanas de turistas de todo Brasil, até de lugares longínquos como o Rio Grande do Norte a 4.000 kms de distância. No fundo, gostei, apesar de que, onde estava acomodado, tinha a visão parcialmente obstruída por um poste de suporte do telhado.
Outras vistas de Canela fotografadas a bordo do ônibus, no trajeto a locais de visita turística:
Fonte de consultas: Wikipédia e Paróquia de Canela
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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