Quando visitar o Jardim Botânico no Rio de Janeiro, saiba que um macaense contribuiu para a sua criação no século XIX, nos anos de 1809 e 1812.
A publicação ‘Educação em Macau’ editada para o VIII Encontro da Associação das Universiades de Língua Portuguesa AULP, realizado no território ainda sob administração portuguesa em 1998, traz um breve relato a respeito. E, a Wikipédia bem que confirma, embora discretamente, no histórico sobre o parque.
Acrescenta aquela publicação que, nos séculos XVII e XVIII, o fascínio pelas “cousas da China” nos tempos da coroa portuguesa no Brasil, está implicitamente associado ao nome de Macau.
Vejamos:
“Foi por Macau que o Brasil foi conhecendo o longínquo e fascinante Império da China e o fabuloso e desejado Oriente.
E foi um macaense, o Senador Botado de Almeida, quem deu um decisivo contributo ao enriquecimento botânico do Brasil e à criação de seu Jardim Botânico, criado por alvará de 1 de Março de 1811, segundo o Barão do Rio Branco.
Fugido da Ilha de França, o Senador macaense, com mais alguns portugueses, aportava à baía de Guanabara em Junho de 1809, num navio carregado de sementes exóticas,”as primeiras espécies vindas do estrangeiro”.
Eram “vinte caixotes de plantas exóticas, e árvores de especiarias”, que foram de imediato remetidas para a Real Quinta e “para o jardim da Lagoa de Freitas”.
De volta a Macau, Botado de Almeida enviou para o Rio, em 1812. um lote de sementes de arbusto do chá.”
A referência a esta contribuição macaense na enciclopédia livre Wikipédia está neste trecho do histórico sobre o Jardim Botânico:
“… Em termos administrativos, o alvará de 1 de março de 1811 “Cria a Real Junta de Fazenda dos Arsenais, Fábricas, e Fundição da Capitania do Rio de Janeiro e uma Contadoria dos mesmos Arsenais (…) dirigindo também um estabelecimento de um jardim botânico da cultura em grandes plantas exóticas que mando que se haja de formar na dita fazenda da Lagoa (…).”
No ano seguinte (1812), chegaram, ao Real Horto, as primeiras mudas de chá (Camellia sinensis, planta denominada anteriormente como Tea viridis), enviadas de Macau pelo senador daquela colônia portuguesa no Extremo Oriente, Dom Rafael Botado de Almeida. Visando dinamizar essa cultura, em 1814 o Príncipe-regente faz trazer para trabalhar no jardim um grupo de cerca de 300 chineses.”
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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