Praça Minas Gerais: à direita, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, e à esquerda, a Igreja São Fracisco de Assis.
Localizada na Praça Minas Gerais da cidade histórica de Mariana no estado de Minas Gerais, Brasil, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, considerada um dos mais belos templos rococó mineiro, é vizinha da Igreja de São Francisco de Assis, formando um belíssimo cenário da cidade.
As suas obras de construções iniciaram-se em 1783 ou 1784, conforme as fontes consultadas, e igualmente tiveram o seu término em 1814 ou 1835. Não deu para apurar uma data conclusiva, pois podem ter determinada a data numa etapa da obra considerada concluída.
Visitei as duas igrejas num domingo, período da tarde, quando estavam com as portas fechadas, uma pena, pois poderia certificar melhor os estragos do incêndio de 1999, que quase destruiu a igreja por completo. O teto pintado pelo mestre Francisco Xavier Carneiro desabou, no entanto salvou-se o altar-mor e outras partes do prédio puderam ser recuperadas.
(Fotografias de/photos by Rogério P.D. Luz, salvo as atribuídas à Wikimedia Commons)
A Igreja Nossa Senhora do Carmo de acordo com a Wikipédia
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é uma igreja rococó em Mariana, Brasil.
Depois de se alojar na primitiva Capela de Nossa Senhora do Carmo (atual Capela Santo Antônio) e na Capela São Gonçalo (hoje inexistente), a Ordem Terceira do Carmo obteve permissão por carta régia, datada de 1784, para erguer seu templo definitivo. As obras iniciaram em 1784, tendo como encarregado o mestre pedreiro português Domingos Moreira de Oliveira, cujos sucessores terminaram o templo em 1835. Para o reconhecido historiador e crítico de arte Germain Bazin, é um dos mais belos templos rococó de Minas.
Embora tenha planta retangular, com capela única, apresenta traços de originalidade: as torres cilíndricas, modelo recentemente introduzido em Minas, são implantadas em recuo em relação à fachada. A capela-mor tem forro abobadado, com uma rosácea de arremate. O altar-mor tem refinada talha dourada rococó, com projeto do padre Félix Antônio Lisboa, meio‐irmão de Aleijadinho, e erguido entre 1797 e 1819, mas só recebeu o dourado em 1826 por Francisco Xavier Carneiro. Sua também era a grande pintura que decorava o forro da nave, perdida em um incêndio em 1999, quando a igreja estava sendo restaurada, ocasião em que foram perdidos também os dois altares do arco cruzeiro. Depois eles foram reconstruídos de maneira esquemática, para assinalar sua antiga presença e receber estatuária devocional. Restos carbonizados dos altares foram preservados e estão em exposição.
Na foto acima, enfeitando a fachada o escudo com três estrelas, a representar grandes santos carmelitas: Teresa D’Ávila, profeta Elias e o nobre Simão Stock que teve como missão espalhar a devoção à Virgem do Carmo pelo mundo ocidental (fonte: http://www.mariana.org.br).
A Igreja Nossa Senhora do Carmo é considerada um dos mais belos templos rococó de Minas Gerais. Mas, o que é rococó? Rococó é um estilo artístico que se desenvolveu na Europa no século XVIII. Surgiu em 1700, na cidade de Paris, buscando a sutileza em contraposição aos excessos e suntuosidades do Barroco. Espalhou-se pela Europa no século XVIII e chegou à América em meados deste século. Esteve presente na pintura, arquitetura, música e escultura. A palavra rococó tem origem no termo francês “rocaille” que é um tipo de decoração de jardim em formato de conchas.
Principais características:
– Uso de cores luminosas e suaves, em contraposição às cores fortes do Barroco;
– Estilo artístico marcado pelo uso de linhas leves, sutis e delicadas;
– Utilização de linhas curvas;
– Uso de temas da natureza: pássaros, flores delicadas, plantas, rochas, cascatas de águas;
– Uso de temas relacionados a vida cotidiana e relações humanas;
– Representação da vida profana da aristocracia;
– Arte sem influência de temas religiosos (exceção do Brasil);
– Busca refletir o que é refinado, agradável, sensual e exótico. (fonte: http://www.suapesquisa.com)
Nas fotos acima e abaixo, o pelourinho construído em 1970 em substituição ao que foi construído em 1750 por José Moreira Matos e demolido em 1871. No alto, o globo português representando as conquistas marítimas de Portugal. Dos dois braços, um segura uma balança que simboliza a justiça e noutro, uma espada a simbolizar a punição. Ao centro, o brasão português (fonte: http://www.mariana.org.br).
Fotos do interior da Igreja Nossa Senhora do Carmo extraídas da Wikimedia Commons:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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