Republicação da postagem do Presépio Napolitano que já foi desmontado no Museu de Arte Sacra de São Paulo
Um presépio com 1.600 peças italianas do século XVIII, dispostas num cenário que ocupa 110 m2, a representar, além da cena da natividade de Jesus de Nazaré, um vilarejo com seus habitantes nos afazeres do dia-a-dia e trabalhadores como ferreiro, vendedores, sapateiro, é um dos motivos para você visitar o Museu de Arte Sacra de São Paulo.
Situada numa das principais artérias da cidade, Avenida Tiradentes, por onde circulam milhares de carros todos os dias, o Museu talvez não tenha sido visitado por muitos dos seus cidadãos, como eu, até sábado passado. Com aquele pensamento “outro dia visito”, a gente acaba não visitando as atrações da própria cidade, enquanto que visitamos as de outras cidades do país e do exterior. Aqui faço uma autocrítica.
O cenário faz a gente viajar pelo tempo e pode fazer você perder um bom tempo a apreciar todos os detalhes e a expressão dos rostos. Procurei capturar alguns deles nas fotos a seguir, mas sempre se percebe que faltou muita coisa. Ainda vou voltar outra vez.
Veja o que o site oficial do Museu de Arte Sacra no – http://www.museuartesacra.org.br/pt/exposicoes/show/exposicao-virtual–cenas-do-presepio-napolitano – descreve a respeito do presépio, e não deixe de visitá-lo. Além da exposição do presépio, você visita a Capela do Frei Galvão, onde o primeiro santo brasileiro está enterrado, o rico e bem organizado museu de arte sacra além de apreciar a edificação do Mosteiro da Luz do século XVIII e que conserva os traços originais (conheça nas próximas postagens).
Presépio Napolitano do Museu de Arte Sacra de São Paulo
texto do site oficial – exposição por tempo indeterminado desde 23/10/2013
(fotografias de/photos by Rogério P.D. Luz – clicar nas fotos para ampliar)
Francisco Matarazzo Sobrinho, o “Ciccilo”, adquiriu o Presépio Napolitano na Itália, em 1949. O conjunto de 1.600 peças, confeccionadas em Nápoles no século XVIII, remontavam uma vila napolitana setecentista. Entre obras de artesãos anônimos, peças de artistas eruditos, conhecidos como figurinai, como Francesco Cappiello, Francesco Ingaldi, Giuseppe Gallo, Lorenzo Mosca, Matteo Bottigliero, Nicolla Somma, demonstram alto nível técnico.
No Brasil, Ciccilo desejava montar o presépio segundo a cenografia original. Entregou a empreitada a Lourdes Duarte Milliet, esposa do artista Sergio Milliet e irmã do estudioso Paulo Duarte. Para a reconfecção das vestimentas, Gabriella Pascolato, proprietária da Tecelagem Santa Constancia, forneceu os tecidos. As figuras foram recompostas pelo artesão Gregório Tinell; a cenografia, por Tullio Costa, com colaboração de Ítalo Bianchi.
Assim, em 4 de outubro de 1950, o Presépio Napolitano foi aberto para visitação pública na Galeria Prestes Maia, permanecendo em exposição por onze meses. Depois, foi recolhido e passou cinco anos guardado na Metalúrgica Matarazzo. Em 1956, o conjunto transferido para o antigo Pavilhão do Folclore, no Parque do Ibirapuera, onde permaneceu em exposição até 1985. Porém, as condições ambientais e técnicas do local colocavam este importante acervo em risco, razão que motivou sua transferência para o Mosteiro da Luz, que abriga o Museu de Arte Sacra de São Paulo.
Em 1998, o Museu resgatou o projeto do presépio. Paralelamente, o Museu reformou a antiga residência do capelão do Mosteiro da Luz para abrigar o conjunto. O artista Silvio Galvão foi chamado para desenvolver a cenografia, seguindo a concepção criada em 1950 por Tullio Costa. Em 1999, o Presépio Napolitano voltou a ser aberto à exposição pública, em condições que garantiam – e ainda hoje garantem – sua correta instalação, manutenção e preservação.
* Site: www.museuartesacra.org.br/pt
*Horários: Terça a sexta – 9:00 às 17:00 / Sáb. e Dom. – 10:00 às 18:00 / Segundas- fechado (Expo do presépio e a Capela – entrada gratuita / no Museu paga ingresso e no sábado é grátis)
Onde fica: Avenida Tiradentes, 676 – Luz -São Paulo – SP – telefone:11 3326-3336 (perto da Pinacoteca do Estado)
Estação Metrô Tiradentes (linha Jabaquara-Tucuruvi – saída Rua Jorge Miranda – ao lado do Museu)
Estacionamento para carro: gratuito – após passar o prédio amarelo da ROTA entre à direita na Rua Jorge Miranda nº 43 (informações do site)
Fotografia: é permitido fotografar sem o uso de flash, inclusive no museu (posição: 10/05/2014). Visitas monitoradas em grupo no museu: agendar previamente.
*Site do artista Sílvio Galvão que desenvolveu o cenário. Veja fotos do trabalho: http://www.silviogalvao.com.br/repertorio/repertorio053.html
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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