Esta incrível foto de Carlos Dias de 1973 “Cold and Rainy (frio e chuvoso)”recebeu várias premiações:
International Salon of Photography approved by PSA (Photographic Society of America):
1973: CPA (The Chinese Photographic Association of Hong Kong) Bronze Trophy and Mr. Tong Ping-Tat Cup;
Hong Kong Y.M.C.A. International Salon (Bronze Medal); 1974: Singapore Inter. Salon of Photography (Trophy); Newcastle, Australia (Bronze Plaque); Oregon State Fair, USA (H.M.); Northwest Puyallup, Washington, USA (H.M.); Vietnam The Artistic Photographic Assoc. (APA Gold Medal); Madhya Pradesh, India (H.M.); The Photographic Society of H.K. (Gold Trophy); Thailand International Salon Photography (Bronze Medal); 1975: International, New Mexico State Fair, USA (2nd Place Award); Chicago CACCA, USA (H.M.); Foto Club Buenos Aires, Argentina (Mention); Toronto Inter. Salon of Photography, Canada (TCC Silver Medal); 35mm H.K. International Salon (Bronze Medal); Barreiro, Portugal (H.M.); Bilzen, Omni-Candid II, Belgium (Diploma); 1978: Malmo International Exhibition of Photography, Sweden (H.M.);
Atualização 18/12/2015: Esta postagem foi matéria e capa do Jornal Tribuna de Macau de 18/12/2015 neste link: http://jtm.com.mo/local/carlos-dias-fotografo-de-macau-facebook-popularizou/
“A minha vida fotográfica era pouco conhecida pela comunidade portuguesa de Macau, ao contrário do que acontece a muitos chineses que me conhecem e ainda se lembram de mim, dos anos 1970”, assim explica Carlos Dias sobre a época que se dedicava à fotografia, do início em 1969 até 1980.
Carlos, um fotógrafo por excelência, de fato, somente passou a ser conhecido pela malta macaense com a popularização do Facebook: “sinto-me satisfeito em postar as fotos na minha página criada há 2 anos, onde conto agora com quase 7000 seguidores”. As suas fotos, sempre de excelente qualidade e de beleza artística, recebem dezenas de “gostos (curtidas ou likes)”, dos seus fãs que fazem rasgados elogios. “Se não existisse a rede social é pouco provável que me voltaria a dedicar a esta atividade (fotográfica)”, assim resume.
O fotógrafo de Macau ainda conta um fato curioso “ainda muito recentemente, um amigo de mais de 30 anos, macaense e também fotógrafo amador, com quem durante vários anos trabalhei no mesmo departamento no Leal Senado de Macau, me confessou que não sabia que eu tirava fotografias no passado”. Isto revela a discrição do Carlos, que se traduz nas suas fotos, quase intimistas, a revelar uma solidão de olhar que transporta para composição da imagem que captura com a sua câmera. Se observar bem, gosta de enaltecer o elemento único.
As suas fotografias que têm basicamente Macau como tema, embora agora já passa das fronteiras do território, pelas Portas do Cerco, nos passeios fotográficos pelo continente chinês como observa: “naqueles tempos nem à China continental podíamos ir”, tem feito soberbas imagens sabendo-se aproveitar das belas paisagens com a sua capacidade de observação e escolha de ângulo.
Sobre a sua vida fotográfica, o macaense que estudou no Seminário de São José, além de Escola Infantil D. José da Costa Nunes e a Escola Madre Canossiana na pré-primária, conta “comecei a tirar fotos aos 26 anos de idade, após ter adquirido uma máquina SLR Pentax, Sportmatic, em 1969”. Daí até por volta de 1980, dedicou-se bastante à fotografia obtendo diversos prêmios em Salões Internacionais, como revela “em 1975, entrei para o “World Top Ten” (o primeiro em Macau) no grupo de fotografias a preto e branco de “Who’s Who in (Photography”, por The Photographic Society of America. Em 1980, conquistei o terceiro lugar no mesmo grupo. E nos anos 1970, os títulos fotográficos obtidos junto à FPSM (Fellow of the Photographic Society of Macao), MHFCBA (Honorary membrer of the Photo Club Buenos Aires), HonE.YMCAPC (Honorary Exhibitor of YMCA Photographic Society) e PSA Five Star Exhibitor (five star Exhibitor of the Photographic Society of America ) este também o 1º em Macau”.
No entanto, aos 37 anos de idade, no ano de 1980, “saí do círculo fotográfico por mais de 30 anos” a explicar que somente voltou a se dedicar à fotografia em Maio de 2013 quando ganhou de presente da sua filha uma máquina fotográfica profissional Canon 5D. A partir daí começou a estabelecer um roteiro fotográfico pelas ruas da sua terra natal com uma periodicidade semanal, além de gostar de fotografar eventos e festividades da cidade. Quando chove, lá está o Carlos com a sua câmera na rua: “a chuva e o reflexo do chão molhado são ideais para umas boas fotos, sobretudo à noite”.
Carlos Dias, que nunca foi profissional em fotografia, é autodidata, aprendeu todas as técnicas sozinho, a relatar que no ano de 1969 comprou “nas velharias no Lán Kuai Lao (ferro velho ou comércio de coisas usadas) por alguns avos (centavos) um livro usado sobre revelação e ampliação de fotografia”. O seu “quarto escuro” para esse trabalho era a única casa de banho (banheiro) do apartamento onde morava com seus familiares, que não eram poucos. Dava trabalho, pois tinha que proteger os papéis fotográficos sensíveis à claridade a cada vez que alguém tinha que ocupá-lo para fazer as suas necessidades. Hoje em dia, os papéis fotográficos não têm esse problema e meramente recebem a impressão por tinta e não mais por projeção da imagem sobre eles como nos tempos de negativos.
Nos tempos atuais, na era digital, a internet tem auxiliado nas suas pesquisas e uso de programas de edição de imagens, dentro dos quais, o seu destaque nas fotos publicadas na rede social que têm encantado seus seguidores, são de imagens em HDR, O que é isso? “O HDR – sigla para High Dynamic Range (Aumento do Alcance Dinâmico) – é uma técnica para imagens digitais que tem a função de contornar as limitações dos equipamentos de captura e de exibição, com o objetivo de obter muito mais detalhes da cena desejada, não perdendo assim informações de altas luzes e sombras. Essas limitações dos equipamentos acontecem porque (ainda) não é possível capturar todas as quantidades de tons e cores que nossos olhos enxergam. Essa técnica consiste em unir, no mínimo, três fotos simultâneas com exposições diferentes (alternando preferencialmente a velocidade do obturador), assim poderemos capturar vários tons de luz e sombras, e unimos essas fotos com exposições diferentes para resultar uma foto final rica em detalhes (fonte: Photopro)”. Em resumo, as imagens chegam a ficar parecendo pinturas sem deixar de perceber que são fotografias, mas surrealistas, e as cores ficam mais acentuadas. As fotos noturnas ou de baixa claridade ganham luminosidade. Para se ter um resultado final bom é preciso saber manipular bem o programa específico de edição.
Perguntado se teve algum livro fotográfico publicado, Carlos diz que não tinha pensado a respeito, embora tenha recebido sugestões nesse sentido. “Nunca tentei fazer esse pedido e sou avesso a fazê-lo” quando sugerido que poderia tentar obter apoio de alguma entidade ou organização governamental diante da qualidade dos seus registros fotográficos de Macau. Aliás, se me permite comentar, poderia se pensar num livro fotográfico patrocinado de Macau sob o olhar de filhos da terra de língua portuguesa, uma oportunidade e apoio que lhes faltam. Além do Carlos Dias, poderia agregar trabalhos de outros fotógrafos que já mostraram seus talentos em redes sociais ou noutros meios de divulgação.
Além de fotógrafo, Carlos revela “fui conselheiro honorário da Associação Fotógrafica de Macau (a mais antiga no território) e da The Photography Salon Society of Macao, onde fiz sempre parte de júri dos seus concursos (bienais) de salões internacionais de fotografia, desde a primeira edição das duas associações até à minha saída do círculo fotográfico em 1980. Em 2015, voltei a fazer parte do júri do 18º Salão Internacional da Associação Fotográfica de Macau. Também, nesse ano, fui designado “General Adviser” da Macao Digital Photography Association”. Quanto à sua participação em exposições, percebe-se que o seu talento não foi devidamente reconhecido até agora, como conta: “cheguei a participar em exposições conjuntas (2 vezes), uma na década de 1970 e outra mui recentemente, feita a pedido do Instituto de Formação Turistica de Macau, em Agosto do corrente ano de 2015 (veja a notícia neste link do Jornal Tribuna de Macau).
Foi muito difícil selecionar as fotos do Carlos Dias para publicação, mas vamos lá, ei-las devidmente autorizadas pelo fotógrafo macaense. Veja mais fotos na sua página no Facebook: https://www.facebook.com/Macau-%E6%BE%B3%E9%96%80%E6%94%9D%E5%BD%B1-Fotografia-186593838200108/?pnref=story
Fotografias de autoria de Carlos Dias
(clicar nas fotos menores para ampliar ou passe o mouse/rato para visualizar legendas)
MACAU CONTEMPORÃNEO
CHINA
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
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