Pelo 11º ano, a comunidade chinesa promoveu no bairro oriental da Liberdade, em São Paulo, a tradicional festa do Ano Novo Chinês, já uma data do calendário turístico da cidade.
Estima-se que cerca de 200 mil pessoas devem ter circulado na região no fim de semana de 13 e 14 de fevereiro, e para comportar o aumento de público, a festa normalmente realizada na Praça da Liberdade e a Rua Galvão Bueno, foi estendida para as ruas adjacentes como a Rua dos Estudantes, dos Aflitos e parte da Rua da Glória.
A comemoração de São Paulo é considerada uma das maiores festas do gênero fora da China e neste ano celebra o Ano do Macaco, o ano 4714 no calendário chinês que está mais de 2,5 mil anos à frente do ocidental. Mais de 40 barracas com comida oriental, principalmente a chinesa, ocuparam as ruas fechadas ao trânsito e tomadas de público que até provocava certo congestionamento na circulação. As barracas, lojas e restaurantes orientais certamente comemoravam os bons negócios.
(Fotografias exclusivas de/photos by Rogério P. D. Luz – clicar nas fotos para ampliar)
O DESFILE
No sábado, ao meio dia, iniciou-se o desfile de abertura da festa com a dança de dragão e de leão. Neste ano, o ponto de partida foi na Rua da Glória, para subir na Rua dos Estudantes e terminar na Praça da Liberdade. O pessoal que participa do desfile é na maioria composta por brasileiros, vários eram membros de academias de artes marciais: “isso é muito característico do povo brasileiro. É um povo que abraça muito bem as outras culturas e recebeu muito bem a cultura chinesa. Por isso que a festa que a gente faz na Praça da Liberdade já é considerada uma das maiores comemorações do gênero fora da China”, disse a organizadora do evento Kelly Lam à imprensa.
A dança de dragão garante prosperidade, sorte e boas energias.
O leão traz proteção e sorte nos negócios. É comum ver na porta de entrada de prédios no Oriente dois leões postados do lado esquerdo e direito para essa finalidade. Em São Paulo, veja no prédio do Banco da China na Rua Frei Caneca, próximo à Av. Paulista.
O PÚBLICO E AS BARRACAS
Tudo era vermelho na festa. Segundo a CRI-China Radio International: “o vermelho significa um valor e um sentimento especial para os chineses, sendo tão importante quanto a boa sorte, felicidade, entusiasmo, paixão, justiça e revolução. Além disso, acredita-se que o vermelho é capaz de afastar o mal e trazer a prosperidade. Na mentalidade do povo chinês, o vermelho simboliza um ambiente aconchegante e alegre. Em cerimônias de casamento, a noiva usa uma roupa vermelha e veste calçados vermelhos bordados com figuras de dragão e fênix e pode até cobrir toda a cabeça com um lenço vermelho. E toda a casa dos recém-casados deve ser decorada em vermelho. O vermelho é ainda a cor do amor. Segundo a lenda chinesa, o Deus do casamento usa uma corda fina vermelha para amarrar os pés de namorados que se tornarão finalmente um casal“.
O público estimado em 200 mil pessoas que circularam pela região nos dois dias, na maioria brasileiros, lotou as ruas e a praça, degustando nas mais de 40 barracas de alimentação na maioria, fora de souvenirs entre outros, cujos preços eram até módicos, fez a Liberdade ficar mais parecendo uma Chinatown. Antigamente era mais conhecida por bairro japonês, embora hoje com a crescente imigração chinesa, o certo é chamá-la de bairro oriental.
O PALCO NA PRAÇA DA LIBERDADE
Ao longo dos dois dias da festa, do início na manhã até o fim de tarde, havia apresentações no palco montado na praça, com corais, danças infantis, artes marciais, bandas de pop chinesa, desfile de trajes típicos, show de ilusionismo, demonstrção de pintura entre tantos outros, além de dança de dragão no solo. Os canais de televisão foram lá para registrar o evento proporcionando ampla divulgação para o Brasil e até o Exterior, dando para perceber a presença de gente de várias localidades fora de São Paulo.
LEÕES LEVAM SORTE E PROSPERIDADE PARA RESTAURANTE CHINÊS
O público brasileiro pode ver uma tradição chinesa durante a festa que consiste em o dono de um estabelecimento, no caso o restaurante “Banri – Taste of China”, a oferecer um alface pendurado numa vara ao leão que se ergue para apanhá-lo. Em seguida entra no estabelecimento para levar sorte e bons negócios.
Site oficial da organização: https://anonovochines.org.br/anonovochines/
No Facebook: https://pt-br.facebook.com/anonovochines
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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