Em 2016, o Papa Francisco introduziu oficialmente mudanças na cerimônia de Lava-Pés, que é realizada durante a celebração da missa de Quinta-Feira da Semana Santa, passando a permitir a participação de mulheres, jovens, crianças, antes restrito a homens, conforme o rito introduzido em 1955.
O decreto papal acaba confirmando uma prática que já vinha sendo realizada no ano passado. Muda o texto do anterior que refere a “homens escolhidos” para “escolhidos entre o povo de Deus”, abrangendo pessoas de ambos os sexos e idades variadas.
O SIGNIFICADO DE LAVA-PÉS DE ACORDO COM A WIKIPÉDIA
Lava-pés é um rito religioso observado por diversas denominações cristãs e é baseado no relato de João 13:1-17, que menciona Jesus realizando-o durante a Última Ceia. A cerimônia é realizada na Quinta-Feira Santa da Semana Santa
Contexto
A origem da prática pode estar nos costumes referentes à hospitalidade das civilizações antigas, especialmente naquelas onde a sandália (um calçado aberto) era o principal tipo de calçado. O anfitrião, ao receber um hóspede, providencia uma vasilha com água e um servo para lavar-lhe os pés. Este costume aparece em diversos pontos do Antigo Testamento (veja, por exemplo, Gênesis 18:4, Gênesis 19:2, Gênesis 24:32, Gênesis 43:24 e I Samuel 25:41, entre outros), e também em outros documentos históricos e religiosos. Um típico anfitrião da região geralmente se curvava, beijava o hóspede e então oferecia a água e o servo para a lavagem dos pés. O costume também valia quando o hóspede usava sapatos como uma forma de cortesia. No trecho em I Samuel aparece pela primeira vez o ato de alguém realizar a lavagem como prova de humildade. Em João 12, Maria de Betânia ungiu Jesus, presumivelmente para agradecer-lhe por ressuscitar seu irmão Lázaro dos mortos.
A Bíblia relata a lavagem dos pés de Santos sendo praticada pela igreja antiga em I Timóteo 5:10, provavelmente como sinal de piedade, submissão ou humildade.
História
É possível que o ritual do lava-pés já fosse praticado durante a era apostólica, embora as evidências sejam escassas. Tertuliano (145–220), por exemplo, menciona a prática em sua obra “De Corona”, mas não oferece detalhes sobre quem a praticava ou como. O ritual também era praticado na Igreja de Milão (ca. 380), foi mencionado durante o Concílio de Elvira (300) e por Agostinho de Hipona (ca. 400). A observância do lava-pés na época do batismo era mantida na África, Gália, Mediolano, no norte da Itália e na Irlanda. De acordo com a “Enciclopédia Menonita”, a “Regra de São Bento” (529), utilizada pela Ordem dos Beneditinos, prescreve a lavagem dos pés para os hóspedes além da lavagem comunal como forma de humildade. . Aparentemente o costume foi iniciado pela Igreja de Roma, ainda que não relacionado com o batismo, por volta do século VIII. Os albigenses observavam o costume, ligado à Comunhão, e o costume dos valdenses era lavar os pés dos ministros quando em visita. Há evidências que o costume também era observado pelos hussitas.
Prática católica romana
Na Igreja Católica Romana, o ritual da lavagem dos pés é atualmente associada com a Missa da Última Ceia, que celebra de maneira especial a Última Ceia de Jesus, na Quinta-Feira Santa. Evidências da prática neste dia remontam pelo menos o século XII, quando “o papa lavou o pé de doze subdiáconos após sua missa e de treze pessoas pobres após sua ceia.”
De 1570 a 1955, o Missal Romano trazia, após o texto da missa da Quinta-Feira Santa, um rito de lavagem dos pés não relacionado com a missa. A revisão de 1955 pelo papa Pio XII inseriu-o na missa. Desde então, o rito é celebrado após a homilia que segue a leitura do evangelho — com o trecho referente à lavagem realizada por Jesus em João. Alguns homens pré-selecionados (veja acima a mudança introduzida por Papa Francisco em 2016, permitindo a participação de mulheres) — geralmente doze, mas o missal não prescreve um número — são conduzidos até cadeiras preparadas para cerimônia. O sacerdote, com a ajuda de ministros, derrama água sobre os pés de cada um e os enxuga.
No passado, a maior parte dos monarcas da Europa também realizavam o Lava-pés em suas cortes reais durante a Quinta-Feira Santa, uma prática que ainda era realizada pelo imperador do Império Austro-Húngaro e pelo rei da Espanha até o início do século XX.
Imagens da Missa da Quinta-Feira Santa na Igreja do Divino Espírito Santo, em São Paulo, com a cerimônia de Lava-Pés
(clicar nas fotos menores para ampliar)
O novo pároco optou por escolher aleatóriamente as pessoas para participar da cerimônia de Lava-Pés (foto à esquerda abaixo), mudando a prática anterior de escolha prévia.
Ao final de celebração da missa, o Santíssimo Sacramento é conduzido em procissão para outro local da igreja para ser feita a vigília e venerado pelos fiéis.
O ritual de tapar as imagens santas da igreja com pano (roxo, vermelho ou outra cor) na Quinta e Sexta-Feira Santa voltou a ser praticado na Igreja do Divino Espírito Santo.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
No livro “Meio Século em Macau” de J. J. Monteiro (José Joaquim Monteiro) composto por dois volumes, nas últimas páginas do Volume II estão as letras da canção “Macau (linda)”, que infelizmente não temos a gravação e nem se sabe se houve, talvez nos arquivos pessoais de algum macaense ou familiares. Trata-se de uma música […]
Os Brasões de Macau portuguesa são todos inspirados nos estilos heráldicos tradicionais da Europa. O primeiro brasão de armas de Macau foi usado até ao final do século XIX. É apenas constituído pelas armas de Portugal cercado pela inscrição Cidade do Nome de Deus, Não Há Outra Mais Leal. O segundo brasão de armas foi […]
A Sessão Solene de Abertura e Jantar de Boas Vindas do Encontro das Comunidades Macaenses – Macau 2019, oferecida pelo Governo da RAEM, foi realizada em 24 de Novembro de 2019 no Hotel Sheraton Grand Macao, Cotai Central, na Ilha da Taipa de Macau O Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, cujo mandato se […]
Comentários