Mais um ano de vida, e a Casa de Macau de São Paulo comemora o 27º ano da sua fundação em conjunto com o Dia de Macau de 24 de Junho, uma data que não é mais celebrada em Macau após a transição de soberania de Portugal para a China em 1999.
A festa realizada no domingo do dia 26 de junho ofereceu aos associados e seus amigos, um cardápio com o tradicional prato da gastronomia macaense – tacho, também conhecido por chau chau pele – que teve a companhia também de outro prato da terra: vaca estufada.
Dentro da programação cultural, o público assistiu à uma peça teatral em patuá (dialeto) de Macau “Anôte na Isquadra (à noite numa delegacia de polícia)”, que foi adaptada para dois personagens (Mariazinha de Carvalho e Armando Sales Ritchie). Esta peça de Miguel de Senna Fernandes, foi apresentada pelo grupo teatral Dóci Papiaçám di Macau no teatro do cassino Venetian em Macau, na celebração do seu 20º aniversário em 2013.
Antes, o presidente da associação macaense Frederico António apresentou a sua saudação e depois o público recebeu a benção de um sacerdote da região. Na parte musical, Brian Coatswith Alexandre cantou a sua versão acústica de “Macau, terra minha”, Tozé ou José de Senna Fernandes, um amante da música dos bons tempos dos anos 60, o Canicha ou Carlos Alberto dos Santos ou de nome artístico Charlie Santos acompanhado por Daniel Maia, autor da canção “Casa de Macau” e que desta vez não conseguiu conter a emoção ao cantá-la, e para finalizar, com a sua voz melodiosa, a Grace Kwan Rosário, que misturou canções americanas e chinesa.
Após cantar os parabéns diante de um bolo de aniversário decorado com a bandeira da associação, os associados foram também servidos como chá de tarde, salgados e doces chineses, batatada entre outras iguarias.
Vale destacar que a Casa de Macau de São Paulo sempre foi fiel à celebração do Dia de Macau de 24 de Junho, de acordo com as tradições e costumes macaenses originários da época da administração portuguesa, durante a qual, a maioria dos associados nasceu ou têm a sua origem de antepassados da época. Isso não se troca só pelo simples fato de ter ocorrido a transição. É importante nessa vida as pessoas serem leais à sua nacionalidade e às coisas nela ligadas. Uma tristeza ver que certos setores ou pessoas que, por cautela ou receio, ou até por apatia, desprezem ou passaram a ignorar as coisas da sua origem, como o Dia de Macau de 24 de Junho, com a troca de governo. Uma data que inegavelmente faz parte da Identidade Macaense, para quem realmente o é ou assim se sente.
(Fotografia de/photos by Rogério P. D. Luz –
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Peça teatral em patuá (dialeto) de Macau, com Mariazinha de Carvalho e Armando Sales Ritchie, hoje residente de Macau em visita a São Paulo:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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