Hospedados num hotel em Copacabana na nossa curta estadia no Rio de Janeiro em julho de 2018,, fomos visitar o Museu do Amanhã, combinando o fácil deslocamento via metrô e VLT (Veículos Leves sobre Trilhos).
Ao descer na estação Parada dos Museus do VLT, localizada na revitalizada Praça Mauá onde se encontra o terminal de navios de cruzeiro, logo se depara com o monumental edifício do museu com aquela extensa estrutura de aço que na hora servia de abrigo às pessoas do sol forte, num céu sem nuvens em pleno inverno.
(Fotografia de/photos by Rogério P D Luz)
O prédio do Museu do Amanhã
O museu foi inaugurado em 17 de dezembro de 2015, e atraiu cerca de 25 mil visitantes no primeiro final de semana do seu funcionamento. O projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava foi erguido ao lado da Praça Mauá, na zona portuária (mais precisamente no Píer Mauá).
O antigo píer desativado passou a abrigar essa construção pós-moderna, orgânica e sustentável que, atualmente, é um ícone da identidade local e cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Na cobertura móvel do edifício, placas de captação de energia solar apoiam-se sobre as grandes estruturas de aço, movimentando-se como asas a acompanhar o posicionamento do sol.
Lembro que há anos, nas viagens dos cruzeiros que tinha o Rio como primeiro porto de parada, a zona era bastante precária com o Viaduto Perimetral passando ao lado do porto. Hoje com esse viaduto demolido e toda a área revitalizada, ficou para os passageiros turistas uma boa impressão da cidade no desembarque, tendo o museu como uma boa alternativa de passeio na curta parada.
O Museu do Amanhã foi erguido em meio a uma grande área verde. São cerca de 30 mil metros quadrados, com jardins, espelhos d’água, ciclovia e área de lazer. O prédio tem 15 mil metros quadrados e arquitetura sustentável, baseada nos elementos da natureza. O projeto arquitetônico utiliza recursos naturais do local – como, por exemplo, a água da Baía de Guanabara, utilizada na climatização do interior do museu e reutilizada no espelho d’água.
O museu situa-se ao lado da Baía de Guanabara, defronte à porte Rio-Niterói
O Museu
A pretensão do Museu do Amanhã é inaugurar uma nova geração de museus de ciências no mundo, sendo considerado “de terceira geração”, com uma concepção que o posiciona como o primeiro museu global de “terceira geração“. A “primeira geração” de museus é voltada para os vestígios do passado, como os museus de história natural. A “segunda geração” busca difundir as evidências do presente, como os museus de ciência e tecnologia. A “terceira geração” destina-se a expor as mudanças, perguntas e a exploração de possibilidades futuras para a humanidade. A intenção do museu é conscientizar o visitante da sua parcela de contribuição para a construção do futuro. Trata-se de uma experiência sensorial, feita por meio de tecnologias interativas.
Clicar no link abaixo para conhecer o museu por completo
A exposição principal do Museu do Amanhã funciona no andar superior do prédio, e foi idealizada pelo doutor em cosmologia Luiz Alberto Oliveira junto a uma equipe de consultores que trabalharam na concepção do acervo. A seção convida o visitante a passar por uma experiência de cinco grandes narrativas que percorrem os pavilhões: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós. Elas trazem a experiência da vida na terra com ângulos e recortes temporais distintos. No térreo há um auditório, salão para exposição temporária, restaurante, bilheteria, loja de souvenirs e café.
Pavilhão Cosmos (de onde viemos?)
O primeiro módulo de visitação da exposição principal é o Cosmos. Nesse pavilhão, um grupo de visitantes é formado para entrar em um domo revestido com painéis de reprodução de vídeo, onde eles assistem a uma obra audiovisual de cerca de 8 minutos, em 360 graus. O filme traça uma narrativa sobre a formação do universo e da vida na terra com sobreposições de animações digitais e imagens captadas em câmera que causam grande impacto sensorial ao público.
Pavilhão Terra (quem somos?)
O objetivo dessa segunda etapa da exposição principal é fazer o visitante questionar sobre a pergunta “Quem somos?“. Para essa seção, foram construídos três grandes cubos de sete metros de altura. Um deles fala sobre a vida como matéria. Do lado de fora, é apresentado, por um painel luminoso, o planeta Terra inteiro. Do lado de dentro, se expõe as movimentações que fazem o globo funcionar, como o fluxo dos ventos, dos oceanos e das placas tectônicas.
O segundo cubo, designado para representar a vida, mostra, na parede de fora, uma esquematização do DNA dos seres vivos. Na parte de dentro, a segunda construção expõe imagens de diversos organismos que compõem um ecossistema, como animais e plantas. O terceiro e último cubo representa o pensamento e apresenta, na parte interna, imagens e ilustrações que retratam de diversos momentos, ações e sentimentos da vida humana no planeta.
Pavilhão Antropoceno (onde estamos?)
O terceiro recorte da exposição principal do Museu do Amanhã trata de como a ação do homem mudou a geologia do planeta Terra, traçando um panorama atual e trazendo dados sobre os impactos ambientais e sociais desse choque entre humanos e o planeta. O nome “antropoceno” foi retirado de um termo inventado por Paul Crutzen, vencedor do Prêmio Nobel de Química de 1995. O prefixo grego antropo está relacionado com o ser humano; e o sufixo ceno relembra as eras geológicas.
Para expor os números e fatos, o Museu do Amanhã levantou seis totens luminosos, de 10 metros de altura, que foram dispostos em círculos. Acomodados em assentos estofados, os visitantes assistem a vídeos transmitidos nesses painéis, com o objetivo de questionarem a ação humana no planeta Terra.
Pavilhão de Amanhãs (para onde vamos?)
A quarta parte da visita à exposição principal do museu fala sobre o mundo e a vida na Terra no futuro, tentando responder à pergunta: “Para onde Vamos?“. Construído em formato de origâmi, o pavilhão conta com mais treze telas que revelam informações e ao mesmo tempo fazem uma estimativa de como será o planeta e a vida no futuro, apresentando conceitos como o da hiperconectividade e resgatando a importância da sustentabilidade.
O visitante é convidado a interagir com jogos, sendo que um deles – denominado “O jogo das Civilizações” – tem, como ideia, fazer com que os participantes gerenciem os recursos do planeta pelos próximos 50 anos, a fim de garantir a preservação da humanidade.
Pavilhão Nós (Como queremos ir?)
O final do percurso da exposição principal é o pavilhão “Nós”, onde o visitante entra numa espécie de oca, ou casa dos povos indígenas do Brasil, que é ambientada com uma iluminação que simula o nascimento e o pôr do sol. O objetivo desse recorte da exposição é fazer com que o visitante reflita sobre si mesmo, e sobre como suas ações têm impactos para a sociedade e para o planeta.
Ao centro da oca (foto abaixo), encontra-se a única peça museográfica da exposição principal do Museu do Amanhã: uma churinga feita de madeira, achada em um antiquário em Paris. O objeto é uma ferramenta cheia de significado para as tribos aborígenes da Austrália. As inscrições feitas na peça de 2 metros de altura remetem uma ligação entre o passado, o presente e o futuro, e são desenhos que se correlacionam com a proposta da exposição principal do Museu do Amanhã.
O entorno do Museu do Amanhã
A ponte que dá acesso à Ilha das Cobras, vizinha da Ilha Fiscal. Lá se encontram os navios de guerra do Brasil e o desativado Porta-Aviões São Paulo.
O interior do museu proporciona interessantes enquadramentos fotográficos
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Comentários