Visitar o Palácio de Verão em Beijing (Pequim), é sentir como os imperadores da China milenar e de sabedoria viviam no seu palácio de veraneio localizado nos subúrbios da capital chinesa, com uma superfície de 290 hectares ou 2 milhões e 900 mil metros quadrados, a maior parte de água, no Lago artificial Kunming.
Na nossa viagem a caminho de Macau em novembro de 2019, fizemos uma parada de 2 dias e meio na capital da China, aproveitando que é concedido visto temporário ao turista que permanecer no país por até seis dias, porém restrito à permanência nos limites da cidade. Neste caso, não será preciso pagar para obtenção do visto, antes da viagem, no consulado chinês.
Devido à curta permanência em pleno inverno com temperatura a zero graus, estabelecemos os nossos passeios na primeira metade do dia da chegada ao centro comercial, o segundo dia foi para visitar na parte da manhã o Palácio de Verão e em seguida a Grande Muralha da China. O último e terceiro dia foi dedicado à Cidade Proibida e rumando à noite para o aeroporto, para uma viagem de 3 horas ao aeroporto de Hong Kong e em seguida tomar rumo a Macau.
A rápida visita ao Palácio de Verão, teve duração de 1 hora e meia com chegada às 09:00 horas da manhã, após um percurso de 22 km de carro do hotel no centro da cidade. Quem queira detalhadamente conhecer essa que é uma das principais atrações turísticas, ainda nos limites de Beijing, o certo seria dedicar quase um dia pela sua extensão como poderão ver no mapa a seguir. No entanto, ficamos satisfeitos, por assim podermos dizer, que lá estivemos e tivemos uma noção de como é esse belo jardim imperial. Ficou aquela vontade de retornar para conhecer melhor seus palácios e curtir a paz, o bem estar e tranquilidade que o local proporciona ao visitante.
Em mandarim, o idioma oficial da China, Beijing é a palavra certa. Na campanha da China para promoção das Olimpíadas de 2008, o governo mostrou ao mundo o nome da sua capital através do slogan – Beijing 2008.
Pequim, que vem de Pekin, usado no passado, tem como origem os tempos em que a região tinha como idioma, o cantonês, que é usado no Sul da China, como em Hong Kong, Macau, Cantão etc.
Publicação e fotos de/photos by Rogério P D Luz
Fonte: A história segundo a Wikipédia
Pagode de Incenso Budista, também referido como Torre da Fragrância do Buda, na Colina da Longevidade
O Yiheyuan (em chinês tradicional: 頤和園; em chinês simplificado: 颐和园; em Pinyin:Yíhé Yuán), também conhecido como Palácio de Verão, é um palácio localizado em Pequim, China. “Yiheyuan” significa literalmente “Jardim da Harmonia Cultivada”.
O Yiheyuan é dominado principalmente pela Colina da Longevidade (60 metros de altura) e pelo Lago Kunming. Cobre uma área de 2,9 quilômetros quadrados, três quartos dos quais são de água. O central Lago Kunming, que se estende por uma área de 2,2 quilômetros quadrados, é totalmente artificial, tendo o solo escavado servido para construir a Colina da Longevidade. Nos seus compactos 70.000 metros quadrados de espaço construído encontra-se uma variedade de palácios, jardins e outras estruturas de arquitetura clássica.
Histórico
Quando o Imperador Wányán Liàng, da Dinastia Jin (1115-1234), mudou a sua capital para a zona de Pequim, tinha um Palácio da Montanha de Ouro construído no local da atual Colina da Longevidade. Durante a Dinastia Yuan (1279-1368), a colina teve o seu nome alterado de “Montanha de Ouro” para “Colina Proibida” (Weng Shan). Esta troca de nome é explicada por uma lenda, segundo a qual havia sido encontrado na colina, em tempos, um jarro com um tesouro dentro. Diz-se que a perda do jarro terá coincidido com a queda da Dinastia Ming (1368-1644), tal como tinha sido predito por quem o achara. Em 1749, o Imperador Qianlong encomendou trabalhos para os jardins imperiais aos quais a colina pertencia, dando o nome atual à Colina da Longevidade em celebração do 60º aniversário da sua mãe.
O Palácio de Verão teve início como o Jardim das Ondas Claras (em chinês tradicional: 清漪園; em chinês simplificado: 清漪园; em Pinyin:Qīngyī Yuán), em 1750 (15º ano de reinado do Imperador Qianlong). Os artesãos reproduziram estilos de arquitetura de jardim de vários palácios da China. O Lago Kunming foi criado através da ampliação de um corpo de água já existente, para imitar o Lago Oeste em Hangzhou.
O complexo palaciano sofreu dois ataques importantes. O primeiro durante invasão aliada anglo-francesa de 1860 (com o Velho Palácio de Verão também saqueado ao mesmo tempo), e o segundo durante o Levante dos Boxers, num ataque levado a cabo pelas forças aliadas em 1900. O jardim sobreviveu, tendo sido reconstruído em 1886 e em 1902.
Em 1888, foi dado ao palácio o nome atual, Yihe Yuan, o qual serviu como refúgio de Verão à Venerável Imperatriz Cixi. Esta Imperatriz desviou 30 milhões de taels (unidade de peso chinesa) de prata (ao que parece destinados originalmente à marinha chinesa – Frota Beiyang), para a reconstrução e ampliação do Palácio de Verão.
Em Dezembro de 1998, a UNESCO incluiu o Palácio de Verão na sua Lista do Patrimônio Mundial. Esta organização mundial declarou o Palácio de Verão uma “excelente expressão da criativa arte de desenho de jardim paisagístico chinês, incorporando trabalhos da espécie humana e da natureza num conjunto harmonioso”. (Wikipédia)
O mapa abaixo mostra o roteiro do nosso passeio rápido pelo Palácio de Verão de 1 hora e meia, sem entrar nas edificações que algumas estavam fechadas, e que foi adotado pela agência de turismo contratada no saguão do Hotel Novotel Beijing Peace com guia que falava inglês e espanhol.
O mapa mais claro da área de 2.900.000 m2 do Palácio de Verão encontrado no Google. A entrada fica no lado direito, início da linha vermelha. Fonte: Chinatoursmap que tem como origem o livro – China – da Dorling Kindersley Limited (clicar para aumentar).
Após a entrada principal no leste do Palácio, a primeira atração é o Hall (sala) de Benevolência e da Longevidade onde a Imperatriz Cixi se sentava.
Em seguida, já é visto o Lago Kunming, que fica congelado no rigor do Inverno permitindo caminhada, e de onde se pode avistar a Colina da Longevidade e a Torre da Fragrância de Buda:
O Pagode do Incenso Budista ou Torre da Fragrância do Buda (Foxiang Ge), com altura de 41 metros e três andares, em primeiro plano na encosta sul da Colina da Longevidade, está erguido sobre uma base de pedra com 20 metros de altura. É suportado por oito pilares em madeira:
A margem do Lago (artificial) Kunming revela um ambiente tipicamente chinês:
Seguindo pela margem do Lago Kunming, do lado direito, fica o Hall das Ondulações do Jade:
O Hall da Felicidade e da Longevidade, antes do acesso ao Longo Corredor:
No Hall da Felicidade e Longevidade fica o acesso ao Longo Corredor com seus 728 metros de extensão. Esta passarela tem mais de 14 mil pinturas panorâmicas:
Ao longo do corredor, encontram-se quatro quiosques que simbolizam respectivamente as quatro estações do ano: Quiosque da Beleza Eterna da Primavera, Quiosque das Ondas do Verão, Quiosque das Águas do Outono e Quiosque Qingyao. Mas, estes quiosques, além de embelezar o ambiente, têm outra função: são precisamente estes quiosques os que marcam os pontos de desnivelamento do terreno e de virada de direção do corredor, fazendo com que os altibaixos no terreno e as viradas de direção do corredor fiquem despercebidos (Fonte: CRI.CN):
Um dos costumes dos chineses da Terceira Idade é de se reunirem em praças e jardins para cantoria como vemos nas imagens, ou prática de dança:
O Pagode do Incenso Budista ou Torre da Fragrância do Buda visto já nas proximidades, porém para visitá-lo exigiria um tempo maior de visita, pois é alcançado por extensas escadarias:
O pavilhão abaixo faz parte do complexo da Colina de Longevidade que tem logo atrás, no topo, o Pagode do Incenso Budista ou Torre da Fragrância do Buda:
O arco ornamental diante do complexo da Colina de Longevidade, com típica inscrição de quatro ideogramas na placa azul ao centro:
Passeio de barco pelo Lago Kunming:
Segue-se, após o complexo da Colina da Longevidade, pelo Longo Corredor à próxima atração que é o Barco de Mármore, passando por quiosques, área de descanso e pavilhões com loja de souvenirs:
Outro dos quatro quiosques, ao longo do Corredor, que simbolizam respectivamente as quatro estações do ano: Quiosque da Beleza Eterna da Primavera, Quiosque das Ondas do Verão, Quiosque das Águas do Outono e Quiosque Qingyao:
As pinturas do quiosque:
O Barco de Mármore, cuja superestrutura é feita de madeira, pintada de branco de modo a parecer mármore. Conta a história que a Imperatriz Cixi pagou por essa extravagância dispendiosa com fundos destinados à modernização da Marinha Imperial:
A caminho da saída norte do Palácio de Verão, as construções como arco ornamental, ponte, pequena marina para barcos de turismo pelo lago, pavilhões e pagode.
As duas pontes que conduzem à saída norte:
A saída norte do Palácio de Verão e fim de passeio após cerca de 1 hora e meia. Agora é apanhar a van da empresa de turismo e seguir para a Grande Muralha da China a cerca de 70 km:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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Deve ser incrível conhecer a China. Lindas fotos!
Obrigado Nicole pelo comentário. Realmente é incrível e experiência inédita. É uma cultura e turismo diferente do mundo ocidental.
Imagino… a gente aprende muito quando viaja para lugares tão diferentes dos nossos.