Você está na largo da Catedral da Sé, ergue os olhos e lá está aquele “monstro” de prédio. O Hotel Casino Gran Lisboa. Não há como escapar. Ele está bem pertinho, espiando Macau, contrastando a sua moderna estrutura com edificações antigas. O fotógrafo faz a festa, é click para cá e click para lá. Dá boas fotos de contraste, mas no fundo, um sentimento de tristeza. Nada contra o progresso e o modernismo de Macau, mas … tira aquele ar nostálgico, pois o “moderno” é nos imposto, marca a sua presença indeletável. Depois descendo a ladeira da Sé, que não me recordo o nome da rua … aquela onde a valente menina herdou do pai a banca de “cáp péang”, e olha que ela está “faturando” (ganhando) um bom dinheiro. Para mim e a minha esposa, é parada obrigatória. Ir a Macau e não comer “cáp péang”? É viagem perdida!!! Um pecado!!! Como não gosto do doce do leite condensado (leite águia para os antigos ou leite moça para os brasileiros) eu o dispenso. Então, continuando, depois da descida, você atravessa a Av. Praia Grande (do BNU à Santa Rosa), entra naquelas ruas para aceder/acessar a Av. D.João IV, lá está o “monstro” a contrastar com aqueles pobres e antigos prédios, inclusive tem um com uma árvore a nascer na varanda. Não foi plantada, mas como está abandonada, uma semente tratou de fazer nascer uma árvore … até que com o peso, ela caia, e tomara que não machuque ninguém. Dê uma olhada na foto. Nunca perceberam? Nem eu, pois foi a minha esposa Mia quem me alertou.
Nessa região, vi um “sám lôn ché” (triciclo/rickshaw/riquexá). Ôpa! vou tirar uma foto pois cada dia estão ficando mais raros, mas queria enriquecê-la com uma pessoa passando. Assim a foto não fica tão “fria”, pois uma pessoa dá vida e cria calor humano. Apontei a máquina à espera do tal “ser humano”. E … passa alguém … eu … click … mas espera aí … é a Rosa Cruz !!! Nossa (xiça) !!! Ela faz parte da comitiva de São Paulo para o Encontro 2010 !!! Mas que coincidência !!! Nós viemos do outro lado do mundo, do Brasil, e ela involuntariamente serviu de “modelo” para a minha foto.
Aliás nas travessas da região da Rua Pedro Lobo, almoçei num restaurante china e comi um delicioso “láp háp pei” (perna de pato salgado) acompanhado de “chá siu e síu háp” (lombo e pato). Um lugar “discreto” sem procurar olhar nos “detalhes” do “restaurante”, tal como deve se fazer nos pequenos restaurantes chineses, fartos em Macau. Esqueça as exigências de higiene, pois acaba sair “correndo” do local.
Antigamente a gente quando morava em Macau, pouco ligava. Falava “ch… porco” e vamos lá !!! Dedo dentro da tigela com caldo do “van tan min” é normal. Pra dar sabor extra … hehehe!!! Sem falar naquela famosa “tesoura” que ora corta as unhas do pé do cozinheiro, ora corta o “min” (macarrão), o “chói” (a verdura) … hehehe !!! Que nojo … arghhhhh, mas mesmo assim, a gente come e acha tudo muito “delicioso”. Macau Sã Assi …
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
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