Tirei esta foto em 2007 que mostra a região onde fica a estátua de Jorge Álvares em Macau. Imagine que há 163 anos atrás, em 1844, lá existia um um pequeno forte – fortim – que nossos avós ou bisavós o viram, quando viviam naquela Macau muito pacata. O francês Jules Itier lá esteve na época e tirou uma série de fotos, que hoje fazem parte do acervo do Museu Francês de Fotografia.
A Revista Macau de Janeiro de 1999, no excelente artigo de Beatriz Basto da Silva “Fortalezas Extramuros, Baluartes e Fortins”, nos conta brevemente a história deste Fortim de São Pedro:
Fortim de S. Pedro
A meio da Baía da Praia Grande, coadjuvando com as suas operações os Fortes de S. Francisco (a Norte) e do Bom Parto (a Sul), encontrava-se quase rasante e de atalaia ao Porto Exterior este fortim de pequenas dimensões.
Aparece referido em variadas plantas e gravuras antigas de Macau mas nada dele resta, coincidindo o local onde existiu com uma pequena praça onde se levanta hoje a estátua em memória de Jorge Álvares, o primeiro português a chegar à costa da China.
As referências escritas — entre elas a do cronista António Bocarro — permitem-nos datá-lo de 1622 e, em 1775, ainda se conservava a primitiva planta triangular.
A tarefa de assegurar a defesa da ampla baía foi substituída, com o tempo e o modo, pelo uso em casos de pompa e circunstância, quando se impunha saudar com salvas de artilharia a chegada de navios amigos, de novos governadores, de visitantes ilustres ou então nascimentos insignes, enlaces reais e outros acontecimentos de excepção.
Essa finalidade era, todavia, perigosa para a segurança dos edifícios próximos, entre eles a antiga residência do Governo, que teve de ser demolida por causa dos estragos da trepidação a que se juntava a inclemência dos tufões.
Em 1934 o que restava do velho fortim foi arrasado quando se traçou um novo arranjo e aproveitamento da Baía da Praia Grande.
Abaixo, a foto de Jules Itier de 1844 e a seguir a aquarela/aguarelade Georges Chinnery pintada entre 1833 a 1838 retratando o fortim:
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.


Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.


cartaz de Ung Vai Meng

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

ESTE ANO, NA FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS,A PROCISSÃO VOLTOU A SAIR À RUA Texto e fotografias de Manuel V. Basílio Este ano, realizou-se no dia 8 de Outubro, na igreja de São Lourenço, a festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios, que até meados do século passado era a principal […]

Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]

No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.


Comentários