Na região da Praça João Mendes, Praça da Sé e Praça Clóvis, e tendo como referência a Rua Tabatinguera, localizados no centro velho e histórico de São Paulo, já fiz postagens, recentemente sobre o Museu de Justiça de São Paulo e uma mais antiga da Igreja de Santa Luzia, que tem sido bastante pesquisada conforme mostram os números internos do provedor.
Vou acrescentar à lista a Igreja de Nossa Senhora de Boa Morte que fica na Rua do Carmo com entrada também pela Rua Tabatinguesa. Sempre que passo por lá, nunca deixo de dar uma parada na igreja e pedir para Nossa Senhora o que desejamos quando chegar a nossa vez de partir. A sua restauração foi excelente, pois a conhecia há tempos quando estava quase em ruínas, especialmente no fim dos anos 60 e início de 70. Na época era passagem quase que obrigatória por residir em S.Bernardo do Campo e apanhava o ônibus/autocarro no Parque Dom Pedro, precisamente no saudoso Parque Shanghai, isso nos também saudosos tempos da minha recente imigração para o Brasil em 1967.
Vamos conhecê-la com as fotos que fiz, sua história inclusive a origem da devoção à Nossa Senhora de Boa Morte, conforme pesquisa na internet:
Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte
A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte data de 1810 e foi construída num terreno que foi comprado pela Irmandade de Homens Pardos de Nossa Senhora de Boa Morte quando São Paulo ainda era uma aldeia. É uma das poucas remanescentes na cidade do estilo barroco colonial paulista. O nome “Boa Morte” deriva do pedido que os escravos que iram ser enforcados no Largo da Forca, no bairro de Liberdade, faziam a Nossa Senhora e a Igreja ficava no caminho do trajeto deles para a morte..
Dentro das imagens, pode-se ver a do Cristo, por volta do século XVI, que foi trazida do Pátio do Colégio ( foto abaixo).
Sofreu uma reforma em 1984, mas devido aos problemas com cupins e o mofo, foi fechada em 2005 e a restauração durou 3 anos, iniciando-se em 2006, e reaberta em 2009. Hoje é tombada como patrimônio histórico.
A Igreja também é conhecida como a primeira de São Paulo em que brancos e negros sentavam-se juntos. A sua reforma foi bancada pela iniciativa privada e o Estado e o seu espaço também passou a ter atividades culturais, como apresentação de corais.
Fica localizada na Rua do Carmo, esquina com a Rua Tabatinguera, no centro de São Paulo, próximo à Praça da Sé.
A origem da devoção a Nossa Senhora da Boa Morte
A devoção à Nossa Senhora da Boa Morte chegou aos cristãos do Ocidente, através da tradição cristã do Oriente, sob o título de “Dormição da Assunta”. Talvez, esse seja o culto mariano mais antigo, iniciado logo nos primeiros séculos do cristianismo. A última metade do século V foi marcada pela propagação de uma literatura apócrifa, isto é, escrita na época dos fatos, mas não incluída na Bíblia, sobre a morte e assunção da Virgem; e a construção de uma Basílica para venerar o túmulo da Mãe de Deus, por ordem da imperatriz Eudóxia. Isso acabou provocando a mudança do conteúdo temático do culto de 15 de agosto, para a “Dormição da Assunta”, já no início do século VI.
Os escritos apócrifos revelavam que, a Virgem Maria teria entrado em “Dormição”, isto é, entrado no sono da morte rodeada pelos apóstolos. O seu corpo imaculado foi levado por eles a um sepulcro novo no Getsêmani. Três dias depois, eles voltaram ao local e o encontraram vazio e com odor de flores. A Mãe fôra “Assunta”, isto é, subira ao céu em corpo e alma. No século VII, o imperador Maurício prescreveu que essa festa mariana fosse celebrada em todos os seus domínios, como uma das mais importantes. E finalmente, o Papa Sérgio I a introduziu na liturgia de Roma. Desse modo, o culto “Dormição da Assunta” ou “Dormição da Mãe de Deus” alcançou toda a Igreja, do Oriente e do Ocidente.
A Igreja do Oriente, se dedicou ao culto da devoção da Mãe de Deus, até por ser a mais primitiva. Muitas igrejas cobertas de ícones sagrados foram erguidas em todos as regiões, nesse período bizantino. Os lugares sagrados, marcados pelos acontecimentos da Revelação do Mistério de Deus, foram guardados dentro de magníficos templos cobertos de ícones. Os ícones não foram feitos para adornar o templo, são pinturas que representam os símbolos sagrados da Igreja e descrevem o Evangelho. Assim, uma grande profusão de ícones invadiu a Igreja do Ocidente, especialmente os da Mãe de Deus. A Virgem Santíssima, além de ser invocada e representada em “Dormição”, foi chamada de “Assunta”, como seu filho foi elevada ao céu, pelo mérito de Cristo, obtendo a Redenção corpórea.
Venerar a Boa Morte de Nossa Senhora sempre foi uma grande festa, para os cristãos. Ela é a primissa da glorificação do corpo e da alma, assegurada por Cristo no final dos tempos. Antigamente o culto iniciava na véspera, com a deposição da imagem da Virgem “dormente”, num esquife e ficava exposta à visita dos fiéis até a manhã da festa, quando era retirada e colocada a imagem triunfal de Nossa Senhora da Assunção. Em algumas localidades essa tradição se manteve, inclusive nas Américas que herdou o culto dos missionários espanhóis e portugueses.
O dogma da Assunção de Maria só foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1950, como conseqüência lógica de intensos estudos históricos e teológicos patrocinados pela Igreja ao longo desses séculos. Ele só fez coroar uma fé sempre professada universalmente por todo o Povo de Deus. Nossa Senhora da Boa Morte
Fonte: http://www.igreja-catolica.com/nossa-senhora/nossa-senhora-da-boa-morte.php
Uma grande surpresa foi encontrada durante o restauro, uma pintura barroca representando o Coroamento da Virgem Maria, encontrada sob camadas de tinta cinza, em tábuas do forro de madeira sobre o altar. O antigo forro, anteriormente desmontado no chão da igreja, foi restaurado e recolocado no local. (fonte: Viva O Centro)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Nesta postagem, divulgamos duas histórias de Macau de autoria do Manuel V. Basílio, publicadas no Jornal Tribuna de Macau-JTM e que foram extraídas dos seus livros: A primeira viagem portuguesa no sul da China O primeiro acordo sino-português Nos artigos abaixo com os textos com ligação direta no JTM , clique em “continue reading” (continue […]
Pretendo ir até maio a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, mas até hoje aguardo resposta da minha pergunta..A IGREJA TEM REGISTRO DO PERÍODO EM QUE AÍ PERMANECEU O SENHOR DO BONFIM QUE A BAHIA OFERECEU A SÃO PAULO EM 1941?
FOTOS OU REGISTRO EM LIVROS.
Aguardo resposta.
Infelizmente Maria Lucila não tenho a informação que quer. Apenas tirei as fotos da igreja e coletei os dados na internet para publicação na postagem. Não sou um catedrático,pesquisador ou historiador do assunto.
ENTREI NA PÁGINA, A FIM DE VER AS IMAGENS DESSA IGREJA QUE NO ANO DE 1941, ABRIGOU O SENHOR DO BONFIM QUE A BAHIA OFERECEU A SÃO PAULO, E QUE HOJE SE ENCONTRA EM SANTO ANDRÉ, NA IGREJA SENHOR DO BONFIM.ACHOU ESTRANHO A MINHA
CURIOSIDADE? MAS É PARTE DO TEMA DA MINHA PESQUISA SOBRE A VIDA DESSE ESCULTOR QUE SE CHAMA PEDRO FERREIRA. A IMAGEM É RÉPLICA DO SENHOR DO BONFIM DE SALVADOR. NO ANO DE 1938, SÃO PAULO OFERECEU A BAHIA A RÉPLICA DA NOSSA SENHORA APARECIDA. NO ANO DE 40 A BAHIA RESOLVEU RETRIBUIR COM A RÉPLICA DO SENHOR DO BONFIM,E O ESCULTOR ESCOLHIDO FOI PEDRO FERREIRA. A IMAGEM CHEGOU AÍ NO ANO DE 1941.TENHO MUITOS ARTIGOS DE JARNAL. SERÁ QUE A IGREJA TEM ALGUM REGISTRO ESCRITO OU FOTOGRÁFICO DO FATO? ESPERO QUE ENTREM EM CONTATO COMIGO ATRAVÉS DO MEU E_MAIL.
MUITÍSSIMO GRATA
LUCILA FERREIRA DE PINHO