A Igreja de Nossa Senhora do Rosário é a mais antiga construção religiosa da cidade, a contar da primeira capela, que existiu no mesmo local.
A primeira capela de Nossa Senhora do Rosário foi benta pelo Vigário da Vara Padre Dr. Manuel Cabral Camelo, em 1719, no mesmo local onde hoje se encontra. Onze anos antes, em primeiro de junho de 1708, quando São João del-Rei ainda era arraial, foi fundada a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. No dia 7 de Julho de 1720 foi colocada neste templo a imagem de Nossa Senhora do Rosário.
O templo tinha apenas uma torre, que ameaçou cair e foi derrubada, depois construíram-se mais duas (fonte: http://www.sjdr.com.br/historia/igrejas_monumentos/rosario/indice.html)
Na nossa viagem de turismo a Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, queríamos aproveitar um dia para visitar outras cidades históricas: Congonhas, São João del Rei e Tiradentes. Um dia não é suficiente para conhece-las detalhadamente, mas pelo menos ter estado lá era importante para planejar uma visita futura, talvez viajando de carro, pois fomos de avião para Belo Horizonte e depois de ônibus (autocarro) para Ouro Preto.
Na própria Rua Direita, onde estávamos hospedados, contratamos um tour que acabou só indo a gente mais a boa companhia de Francisco Alencar da cidade de Ouricuri, Pernambuco. O motorista/guia era o simpático e atencioso Luíz Orêia ao volante de um Fiat Doblô.
Nesta postagem vou falar e mostrar algumas imagens de São João del Rei, para onde nos dirigimos após visitar a cidade de Congonhas. A visita à cidade, distante cerca de 150 quilômetros de Ouro Preto, foi rápida. O motorista estacionou o Doblô no Largo do Rosário, onde está localizada a Igreja de N.Senhora do Rosário e o Solar das Neves. Era o centro histórico preservado e até que as ruas estavam limpas, e os prédios antigos bem conservados.
Após um breve passeio a pé neste trecho, o motorista Luíz passou diante da Igreja de São Francisco de Assis e após uma parada para fotos do Teatro Municipal, o carro seguiu por uma estrada interna, mais curta, para a badalada Tiradentes, a 13 km de distância.
Pelo guia de Cidades Históricas vi que havia muito para se visitar, além de tudo, era hora de almoço e as Igrejas estavam fechadas. Certamente voltarei um dia para um passeio mais completo pelo seu centro histórico.
* Fotografia de/Photos by Rogério P.D. Luz – clicar para aumentar/click to enlarge (Agosto/2012)
Solar das Neves. O sobrado pertence à família do ex-presidente Tancredo Neves, que lá morou alguns anos. A casa fica defronte ao largo da igreja de Nossa Senhora do Rosário.
São João Del Rei – Estado de Minas Gerais – Brasil
(fonte: site do Governo do Estado de MG)
Com o início da exploração aurífera no território das Minas Gerais, a região do Rio das Mortes tornou-se passagem forçada para aqueles que se dirigiam de Taubaté ou de Parati para as lavras de Ouro Preto ou do Rio das Velhas.
O Povoado do Arraial Novo de N.S. do Pilar foi marco inicial da hoje cidade de São João del Rei (criada em 1838), banhada pelo Rio das Mortes. A vila, com o nome de São João del Rei, surgiu em 1713, quando no arraial já havia uma população densa, duas igrejas e duas irmandades religiosas.
A cidade, ocupando o vale relativamente amplo do Córrego do Lenheiro, se destaca pelo seu acervo colonial, tanto na qualidade como na beleza das construções e das obras barrocas.
Na margem esquerda do córrego, próximo à Av. Rui Barbosa, localiza-se um belo conjunto arquitetônico colonial, com velhos sobrados e igrejas situadas geralmente em ruas estreitas, algumas tortuosas, e alguns largos, como o das Mêrces. Do outro lado do Lenheiro (margem direita), intercaladas às vezes com edificações mais modernas, destacam-se diversas construções coloniais.
Algumas das mais belas igrejas de Minas foram erguidas nesta cidade, onde são também famosas as festas religiosas tradicionais, principalmente a Semana Santa.
Destacam-se na cidade, dentre outras, a Catedral Basílica de N.S. do Pilar e as igrejas da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, de N.S. do Carmo, das Mêrces, do Rosário e algumas capelas.
Catedral Basílica de Nossa Senhora de Pilar: A devoção à Nossa Senhora do Pilar está presente em São João del-Rei, documentalmente, desde 1704 quando aqui se construiu uma primitiva capela em sua honra. Em 1721, tinha início, em seu lugar, a edificação desta igreja matriz que é hoje a catedral basílica de N. Sra. do Pilar de São João del-Rei. Seu frontispício neoclássico foi realizado por Cândido José da Silva, sobre desenho de Manoel Vítor de Jesus, a partir da terceira década do século XIX. O interior tem características do barroco mineiro em suas pinturas e talhas abundante e ricamente douradas a ouro. A capela-mor é admirável pela pujança da talha gorda e bem trabalhada, pelas girlandas e pencas de flores de modelado robusto e sensível, enxadrezamento florido e suportes rematados em voluptas e sensualismo das figurações de anjinhos e cariátides. (fonte: http://www.sjdr.com.br)
Abrigando variados acervos, citam-se os museus: Municipal, do Ex-Combatentes, Histórico, ferroviário e de Arte Sacra.
Vale a pena visitar a casa de Bárbara Heliodora, o Pelourinho e outros, apreciar as belas linhas do prédio da Prefeitura e do Antigo Grande Hotel.
Outros atrativos são as pontes de pedra da Cadeia e do Rosário (ambas datadas de 1800), além do Chafariz da Legalidade.
São dignas de serem escutadas as bicentenárias orquestras Ribeiro Bastos e Lira Sanjoanense, famosas pela execução de peças sacras do Barroco Mineiro.
São João del Rei, que teve o início de seu povoamento ligado à mineração do outro, hoje já se destaca nacionalmente pela beleza e qualidade de seus objetos de estanho, produzidos em cerca de uma dezena de estabelecimentos.
Citam-se ainda, como outras opções turísticas e de lazer a bela vista que se descortina do alto do Cristo Redentor e o passeio de “Maria – Fumaça” de São João del Rei a Tiradentes.
O alegre convívio durante todo o ano com os habitantes da cidade se torna mais intenso durante o carnaval, um dos melhores do estado.
Igreja de São Francisco de Assis
Sua localização, em ampla praça ajardinada e terreno elevado, contribui para realçar seu conjunto majestoso e artístico, um dos mais belos de Minas Gerais e do Brasil. Quando são seis horas da tarde, na primavera, o sol bate sobre as palmeiras imperiais e sua sombra forma, na “mini-rua” dentro do jardim, as cordas de uma lira. Do alto da torre, quando se olhava para o jardim, a “mini-rua” tinha o formato de uma lira, e as sombras da palmeira completavam o conjunto, só que um de nossos prefeitos modificou o formato da “mini-rua” que agora nao parece tanto com uma lira. Nas torres ficam os sinos, um grande na da esquerda e os três: pequeno, meão e grande, na da direita.
A igreja é dotada de um adro, que é uma “área” muito grande em volta de toda a igreja, delimitado por balaústres (tipo um muro) de mármore branco vindos de Portugal, com parapeito de pedra azul, até determinado ponto e daí em diante por balaústres e parapeitos de cimento. Um portão largo de ferro, ladeado de gradil de ferro, fecha o adro na parte inferior da frente; lateralmente existem dois portões menores.
É uma construção arrojada, principalmente tomando-se em conta a época em que foi feita (princípios do século XIX) e pelo fato de ser de pedra lavrada. O templo, todo construído de alvenaria, foi iniciado em 1774. Tem mais de 55 metros de comprimento e 15 de largura, por uma altura de 30 metros nas duas torres. (fonte: http://www.sjdr.com.br)
Teatro Municipal
Construído em 1893, foi reformada entre 1922 a 1925 e restaurada na década de 90. O site www.sjdr.com.br dá mais detalhes: “seu aspecto atual apresenta imponente fachada em estilo greco-romano, a qual se atinge por meio de espaçosa escadaria, guarnecia, em ambos os lados, de artísticas balaustradas semicirculares. Essa fachada ostenta no térreo três majestosas portas romanas, sobre cada uma das quais se esculpe um rosto alegórico, representando, respectivamente o drama, a comédia e a tragédia. A cada extremidade, situam-se as janelas retangulares se postam por detrás de rica balaustrada. A janela central se separa das demais, por uma belíssima coluna grega de cada lado, sendo, que, a cada extremo alteiam-se duas colunas geminadas, também no mesmo estilo grego. Para fora das colunas , mostram as paredes, em cada lado, primoroso rendilhado ornamental, como primorosíssima é a ornamentação, em forma de escudos, encima cada um dos janelões. Por sobre os referidos rendilhados, inscrevem-se os nomes do conspícuos artistas: Alvarenga Peixoto, Severiano de Resende, Rodrigues de Melo, Ribeiro Bastos e Cláudio Manoel.
O tímpano do frontão, com 8 m e 50 cm de comprimento e 1 m e 50 cm de altura, foi esculpido em alto relevo com figuras alegóricas referentes a música e ao drama, pelo escultor Hugo Taddei e pelo decorador José Baia. No centro, ladeado por figuras mitológicas, aparece em relevo o brasão de São João del-Rei. Coroando o monumental edifício, vemos estátuas, com 2m e 20 cm de altura, representando Apolo, em pé ladeado por figuras alusivas à Poesia e à música, estas sentadas, obra do escultor Waldemar Rodgonoff.
Mia ao lado de Francisco Alencar, e o guia Luíz Orêia no Centro Histórico de S.J.del Rei, tendo ao fundo, a Igreja de N.Senhora do Rosário
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Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
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