Macau, ex-território português na China, é um dos lugares mais “deliciosos” do Oriente. Lá, além de boa comida chinesa, a cantonense, você pode se deliciar, com fartura e grande variedade de restaurantes, a comida macaense-portuguesa, uma mistura de sabores oriental e ocidental. Só que, vá de coração aberto, nada de “ai e ai”, com medo e restrições a este ou aquele sabor, ou então com horror à comida adocicada que é uma característica oriental.
Neste domingo, para encerrar a semana, fui procurar umas fotos de comidas tiradas nas minhas viagens de saudades à terra natal, e achei estas de 2010. São imagens que dispensam muitas palavras, pois para dizer a verdade, sou melhor em garfo e faca, ou melhor dizendo, de “fái chi” (pauzinhos para comer comida chinesa), do que de dar nomes a pratos ou seus detalhes, sou ruim nisso e me perdõe os erros, ou até não sou daqueles homens “mestres de cozinha”, mais especialista em fazer comida para não passar fome, se assim for preciso, mas felizmente, não é preciso.
Este porco assado com a pele bem torradinha foi servido num dos jantares do Encontro das Comunidades Macaenses. Trazido para as mesas num cerimonial com desfile de garçonetes e garcons é o primeiro a ser servido. Difícil é ver sobrar na mesa, pois é muito muito delicioso. É o melhor porco assado do mundo. A carne é macia, ao contrário de muitos porcos assados ocidentais.
Peixe? Os chineses sabem fazer muito bem, e é uma delícia! A garçonete reparte o peixe para você se servir melhor.
Cháu fán ou risoto misto. Tenho que reclamar que mesmo em Macau, não se faz mais chau fán como antigamente, nos meus tempos dos anos 60. Esse arroz para ser bom tem que ter cheiro de “fumaça” ou queimado no wók.
Min (macarrão chinês) com van tân com camarrão. O min é obrigatório em jantares festivos chineses, significa longa vida.
Tchi chéong fân ou enrolados de massa branca. Adoro com tim cheóng (molho preto adocicado), chi má chéong (molho de gergelim) e chi má (gergelim), é quase como uma ladainha exigir esses acompanhamentos. Assim mergulhado neles, ainda melhor, como na foto.
É obrigatório para mim e para a Mia. Ir a Macau e não comer “cáp peang” (waffer chinês) lá perto da Sé Catedral, faltou algo … Antigamente nos anos 60, os recheios eram melhores, mas tudo bem, na falta vai assim mesmo com o que tiver, mas para mim, sem leite condensado. Esta banca tradicional passou de pai para filha, e como ela é competente. Deu continuidade, digamos, politicamente certo dizer que é um caso dos jovens darem continuidade às tradições. Duvido que haja outro lugar na China que tenha cáp peang como este.
O Lai Kei ficou na vontade e na saudade. Fiquei de parar lá na volta do passeio a Tap Seac, mas acabei tomando um ônibus/autocarro na volta. É tradicional, existia desde os meus tempos antigos dos anos 50/60. Não saberia dizer como estão os sorvetes hoje. Fica para a próxima!
Abaixo, nas estreitas e apertadas ruelas do entorno do Mercado Vermelho há um comércio abundante de alimentos diversos. Bancas vendendo de tudo, e lá fomos comprar os nossos petiscos …
E foi nessa banca abaixo que compramos uma variedade de petiscos para comer no hotel (o Sintra). Era chá siu, siu háp (pato), porco assado etc.
Mesmo tendo tido um delicioso jantar na APOMAC (vide abaixo), não acreditavamos que conseguiriamos ainda cear destas delícias, mas, estavamos enganados. Comemos tudo …. huummm, uma delícia. Macau é uma tentação para a gente engordar, e sempre se volta para o Brasil com alguns quilos a mais. Daí vai um regime para emagrecer de novo!!!
Veja esta outra banca … huummm. O chinês tem uma habilidade danada para fatiar as carnes e as aves. Rapidinho que até parece que vai cortar o dedo também!
Esta já vende pato salmurado (láp há peang), bacon chinês, chouriço china etc., delícias que engordam e são gordurosos mas não há como resistir.
Antes de comer as delícias acima, fomos jantar na APOMAC, sempre um ambiente familiar e amigo. Especialista em comida macaense e portuguesa. Muito bom!
Comi um pato a cabidela e a Mia um pou kók kãi (frango à moda portuguesa). Muito bom, uma delícia! Deu saudades da minha casa nos anos 60 em Macau. Antes a Mia tomou um caldo verde.
Não, infelizmente não, fica para uma outra viagem a Macau, não comi estas casquinhas de siri, que gentilmente me emprestaram para tirar uma foto. Dizem que é um dos pratos preferidos do Chefe do Executivo de Macau. Imagine se não vou pedir um prato desse só pra mim!!! Até que 6 é pouco … mas deve ser uma super delícia.
A APOMAC, associação de aposentados e pensionistas de Macau, com seu dirigente Francisco Manhão, a Mia, e me desculpe, não tenho o nome do colega que estudou no Seminário (?), o primeiro à esquerda.
Viajar para Macau e não voltar com uns quilinhos a mais … é impossível! Apesar da alta de preços, ainda em relação ao Brasil, está barato. O grande problema, mas um grande problema, é não ter tempo para comer tudo o que quer em uma semana ou dez dias, nossa média de estadia. Não dá tempo para sentir fome, pois só se come … e a comida oriental parece que não enche, sempre quer mais … huummm!!! Depois na volta, dá aquela raiva que não comeu isso ou aquilo! Mas como? só se tomar dez refeições num dia …
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
Páginas digitalizadas do Anuário de Macau, Ano de 1962, o que aparentemente foi o último da série, ficamos aqui a conhecer quem eram as pessoas que ocuparam cargos no – Governo da Província e Repartições Públicas. Mesmo passados mais de 60 anos, agora que estamos na década com início em 2020, muitos nomes ainda estão […]
Hoje, 24 de Junho de 2022, comemora-se 400 anos de “A Maior Derrota dos Holandeses no Oriente” na sua tentativa de tomar Macau dos portugueses. Até a transição de soberania de Macau, de Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999, a data era comemorada como “DIA DE MACAU” ou “DIA DA […]
1 Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook. Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa […]
Amigo Rogério, desculpe este tratamento carinhoso, mas depois de ver e ler sobre estas iguarias, que me deixaram com a saliva a escorrer pelo canto da boca, sinceramente não sei o que dizer… simplesmente OBRIGADO por nos levar tambem nesta viagem!!! BEM HAJA.
Obrigado amigo Licínio, que bom que a postagem deu esta vontade pois é mútuo. Grande abraço!