Nesta data de 19 de Março celebra-se a festa litúrgica de São José, ou seja, é Dia de São José. Em Macau (ex-território português na China), neste ano e nos dois últimos, a data tem sido marcada com a celebração da santa missa na Igreja de São José com a assistência da Associação dos Antigos Alunos do Seminário de São José, escola que deixou de funcionar e é anexa à igreja.. Os antigos alunos promovem neste dia seu Encontro Anual que se completa com um jantar após a missa, e que será assunto de outra postagem.
Com a entronização do Papa Francisco, jesuíta, no Vaticano, no Dia de São José, a celebração da data e o Encontro dos antigos alunos ganha mais importância neste ano, pois a Igreja e o Seminário de São José foram fundados pelos jesuítas, tal como a história da igreja é contada na enciclopédia livre Wikipedia:
(fotografia de/photos by Rogério P.D. Luz em 2007)
” uma igreja imponente, exuberante, elegante, majestosa e solene … a Igreja de São José e as Ruínas de São Paulo são exemplos únicos de arquitectura barroca na China (UNESCO 2001)”
IGREJA DE SÃO JOSÉ -MACAU
A HISTÓRIA
Anexa ao Seminário de São José, a Igreja de São José foi construída pelos jesuítas, em 1758, para satisfazer as necessidades religiosas dos seminaristas. Segundo o “Atlas mundial de la arquitectura barroca”, uma publicação da UNESCO de 2001, a Igreja de São José e as Ruínas de São Paulo são exemplos únicos de arquitectura barroca na China. É uma igreja imponente, exuberante, elegante, majestosa e solene.
“fachada tipicamente barroca, de cor predominantemente amarela, é encimada por um frontão curvo, apresentando a insígnia dos jesuítas ao centro”
A fachada da igreja tem uma largura de 27 metros e uma altura máxima de 19 metros. Esta fachada tipicamente barroca, de cor predominantemente amarela, é encimada por um frontão curvo, apresentando a insígnia dos jesuítas ao centro. A fachada é ornamentada por decorações de estuque pintadas a branco em relevo.
A planta da igreja segue o modelo de uma cruz latina, medindo 16 metros por 27 metros. Os seus três altares encontram-se ricamente ornamentados e o altar-mor apresenta frontões sustentados por quatro colunas em espiral, decoradas em talha dourada. O coro-alto (situado na entrada da igreja) é suportado por 4 colunas salomónicas, típicas do estilo maneirista. O ponto mais alto da igreja é constituído por uma cúpula monumental cujo diâmetro é de 12,5 metros e cuja altura máxima de 19 metros. A cúpula é decorada por dois círculos de janelas quadrangulares paralelas para a infiltração da luz e para a ventilação do ar. No alta-mor, mais imponente do que os altares laterais, encontra-se as imagens de São José (em 2007, na foto, estava a imagem do Sagrado Coração de Jesus ), de Santo Inácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus) e de São Francisco Xavier. Os altares laterais são dedicados ao Sagrado Coração de Jesus (em 2007, na foto, a imagem de São José estava em altar lateral) e à Nossa Senhora de Imaculada Conceição.
“O altar-mor encontra-se ricamente ornamentado e apresenta frontões sustentados por quatro colunas em espiral, decoradas em talha dourada.
A Igreja de São José possui uma colecção de peças de arte sacra, de grande valor religioso e artístico, e esta colecção incluiu uma das relíquias mais preciosas de Macau, um osso do úmero do braço direito de São Francisco Xavier, que anteriormente fazia parte da colecção de arte sacra da Igreja da Madre de Deus (actuais Ruínas de São Paulo). Uma porta atrás do altar dá acesso a um antigo poço e um pequeno jardim. As condições acústicas desta igreja católica são excepcionais, tornando-se assim ideal para concertos durante o anual “Festival Internacional de Música de Macau”.
“uma das relíquias mais preciosas de Macau, um osso do úmero do braço direito de São Francisco Xavier”
“A cúpula é decorada por dois círculos de janelas quadrangulares paralelas para a infiltração da luz e para a ventilação do ar”
“O coro-alto (situado na entrada da igreja) é suportado por 4 colunas salomónicas, típicas do estilo maneirista”
São José
José é um personagem célebre do Novo Testamento bíblico, marido da mãe de Jesus Cristo. Segundo a tradição cristã, nasceu em Belém da Judeia, no século I a.C., era pertencente à tribo de Judá e descendente do rei Davi de Israel. No catolicismo, ele é considerado um santo e chamado de São José.
Segundo a tradição, José foi designado por Deus para se casar com a jovem Maria, mãe de Jesus, que era uma das consagradas do Templo de Jerusalém, e passou a morar com ela e sua família em Nazaré, uma localidade da Galileia. Segundo a Bíblia, era carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado seu filho.
São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado “protetor da Igreja Católica Romana”; por seu ofício, “padroeiro dos trabalhadores” e, pela fidelidade a sua esposa, como “padroeiro das famílias”, sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.
História
O lugar que José ocupa no Novo Testamento é discreto: está totalmente em função de Cristo e não por si mesmo. José é um homem silencioso, e pouco aparece na Bíblia. Não se sabe a data aproximada de sua morte, mas ela é presumida como anterior ao início da vida pública de Jesus. Quando este tinha doze anos, de acordo com o Evangelho de Lucas (cap. 2), José ainda era vivo, sendo que em todos os anos a família ia anualmente a Jerusalém para a festa da Páscoa. Na Páscoa desse ano, “o menino Jesus permaneceu em Jerusalém sem que seus pais soubessem”, os quais “passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos” e, por fim, o reencontraram no Templo da Cidade Santa “assentado entre os mestres, ouvindo-os e interrogando-os, os quais se admiravam de sua inteligência e de suas respostas”. “Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados” e Maria, sua mãe, diz-lhe: “Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura”, sendo essa sua última referência a José estando vivo. (Wikipedia)
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.
Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
cartaz de Ung Vai Meng
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.
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