Na festa de Natal de 2012 realizada pela Casa de Macau de São Paulo, Mariazinha Lopes Carvalho elaborou um texto em patoá, sua especialidade, para lembrar os velhos tempos do Natal em Macau. Convidou um conterrâneo para fazer a apresentação do texto, porém no dia anterior, ele teve que desistir por razões familiares graves, e assim, de improviso, a Yolanda Luz Ramos teve que se ajeitar para ocupar o seu lugar já no dia seguinte. A Nanete Placé tem participação especial no final do vídeo.
Mariazinha, até hoje, é a principal responsável pela preservação do patoá, antigo dialecto de Macau falado pelos macaenses de língua portuguesa e que é reconhecido como Patrimônio Intangível de Macau, porém ainda visando ser reconhecido a nível da China e Mundial pela UNESCO na forma de Teatro em Patoá.
Ela se preocupa, e com razão, pela preservação do patoá em São Paulo, uma vez que há poucos que se habilitam ou são capazes de representar em peças ou apresentações textuais, embora diversos macaenses locais ainda falem bem, ou mal, o dialecto. Lamenta ainda a perda de um bom parceiro, o Armando Ritchie, que retornou à sua terra natal em Macau. Praticamente a maior parte das peças e apresentações vistas na Casa de Macau de São Paulo são de sua autoria.
Uma peça teatral “O Encontro” por ela elaborada foi apresentada no Encontro das Comunidades Macaenses em Macau no ano de 1996. Inspirada no programa de tv “A Praça é Nossa” na qual, a praça na peça seria o Largo do Senado de Macau, contou com grande elenco formado por José Cândido Remédios, Mariazinha Carvalho, Yolanda Ramos, Victor e Natércia Luís, Clemente Badaraco e Telma Brito . Após isso, Macau nunca mais viu as suas obras em patoá, mais por falta de iniciativas e convites embora oportunidades teriam havido. Inclusive, as suas obras estão fadadas ao esquecimento pois estão em folhas de papel e arquivos no hd do computador, sujeitos à perda com ação do tempo ou por desuso do equipamento. Enfim, Macau sã assi e Macaense sã assi.
Rogério P D Luz, amante de fotografia, residente em São Paulo, Brasil. Natural de Macau (ex-território português na China) e autor do site Projecto Memória Macaense e o site Imagens DaLuz/Velocidade.


Memória - Bandeira do Leal Senado - para nunca ser esquecida -CIDADE DO SANTO NOME DE DEUS DE MACAU, NÃO HÁ OUTRA MAIS LEAL- Esta é a antiga bandeira da cidade de Macau do tempo dos portugueses, e que foi substituída após a devolução para a China em Dezembro de 1999
O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau (ex-território português na China por cerca de 440 anos e devolvida em 20/12/1999) sua história e sua gente.
Macaense – genericamente, a gente de Macau, nativa ou oriunda dos falantes da língua portuguesa, ou de outras origens, vivências e formação que assim se consideram e classificados como tal.
*Autoria de Rogério P.D. Luz,, macaense natural de Macau e residente no Brasil há mais de 40 anos.
Escrita: língua portuguesa mista do Brasil e de Portugal conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.


cartaz de Ung Vai Meng

O tema do blog é genérico e fala do Brasil, São Paulo, o mundo, e Macau - ex-colônia portuguesa no Sul da China por cerca de 440 anos e devolvida para a China em 20/12/1999, sua história e sua gente.
Escrita: língua portuguesa escrita/falada no Brasil, mas também mistura e publica o português escrito/falado em Portugal, conforme a postagem, e nem sempre de acordo com a nova ortografia, desculpando-se pelos erros gramaticais.

ESTE ANO, NA FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS,A PROCISSÃO VOLTOU A SAIR À RUA Texto e fotografias de Manuel V. Basílio Este ano, realizou-se no dia 8 de Outubro, na igreja de São Lourenço, a festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios, que até meados do século passado era a principal […]

Não poderia este blogue deixar de fazer mais um registo histórico de uma tradição mantida na Macau do ano de 2023, hoje, território da República Popular da China. Assim, o nosso colaborador, Manuel V. Basílio, macaense residente em Macau, nos dá o relato, com fotos, sobre a procissão de Nossa Senhora de Fátima realizada no […]

No Anuário de Macau do ano de 1962, nas páginas finais, vários anúncios publicitários encontravam-se publicados, os quais, reproduzimos abaixo para matar as saudades de quem viveu aquela época de ouro, ou então, para curiosidade daqueles que possam se interessar em conhecer, um pouco mais, aquela Macau de vida simples, sem modernidade, mas, mais humana.

Obrigado Primo. Tive muitas saudades em ouvir a nossa lingua falada. Vivo aqui na Australia e so tenho o meu irmao Joao para um pouco chuchumeca. Estou sempre cheio de saudades da familia que vivem por outras parte do mundo e de amigos que com a passagem de tanto tempo (mais de 45 anos) ja nao lembro dos nomes deles.
Que bom ter o teu comentário aqui, caro primo Jorge. Vivemos hoje a eterna saudade dos velhos tempos e dos convívios tanto familiares e pessoais em Macau. Pelo menos, bom ter o João próximo para um pouco de chuchumeca. Grande abraço a vocês e saudades! Rogério